Ventura acusa PSD de “desespero” e diz que Direita deve olhar para futuro

O presidente do CHEGA acusou o PSD de desespero por ter anunciado uma coligação pré-eleitoral com o CDS-PP e considerou que a direita deve olhar para o futuro e não recorrer a soluções do passado.

© Folha Nacional

“Eu acho que há aqui um certo desespero do espaço não socialista em tentar arranjar qualquer forma para bloquear o crescimento do CHEGA, mas não é a recuperar partidos que estão mortos ou que não estão no parlamento, ou que não têm força significativa, que isso vai acontecer”, afirmou André Ventura.

O líder do CHEGA falava aos jornalistas à entrada para o jantar do Grupo Parlamentar do CHEGA, que decorreu em Oeiras (distrito de Lisboa).

André Ventura considerou que, “ao trazer o mesmo nome de uma coligação histórica e, aliás, de memória bastante viva, liderada por Francisco Sá Carneiro, o PSD mostra que, na verdade, preferiu, em vez de olhar para a frente, olhar para trás”.

“O que eu penso que os portugueses estavam à espera e esperam do bloco não socialista é uma alternativa de futuro. Uma alternativa que tem 40 anos e que teve o seu espaço histórico não é de certeza aquilo que os portugueses querem”, alegou, defendendo que os portugueses “gostavam de ter uma alternativa para o futuro” que “dissesse que é diferente”.

Os presidentes do PSD e do CDS-PP vão propor aos órgãos nacionais dos seus partidos uma coligação pré-eleitoral, a Aliança Democrática, para as legislativas de março e as europeias de junho, que incluirá também “personalidades independentes”.

Na nota à imprensa, intitulado “Constituição da Aliança Democrática” (o nome das primeiras coligações celebradas entre PSD e CDS-PP nos anos 80), refere-se que este acordo está “em sintonia com os compromissos regionais para as eleições nas Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores de 2023 e 2024, respetivamente, e com os entendimentos de base local para as eleições autárquicas de 2025”.

O presidente do CHEGA recusou que esta coligação vá colocar dificuldades ao seu partido nas eleições legislativas de março e disse que “o CHEGA nunca aceitaria estar presente numa coligação pré-eleitoral”.

“É relativamente indiferente, o CHEGA fará o seu caminho tal como tinha previsto”, indicou.

Apontando que “há três partidos que lutam pela vitória: o PS, o PSD e o CHEGA”, afirmou que “certamente não é nenhuma coligação pré-eleitoral ou pós-eleitoral que impedirá que o CHEGA faça esse caminho”.

André Ventura considerou também que esta coligação não vai contribuir para uma maioria de direita.

“Nós temos uma luta titânica pela frente, que é vencer o Partido Socialista. Penso que CHEGA e PSD deviam concentrar-se em vencer o Partido Socialista e ter mais votos que a esquerda toda no parlamento. Se nos deslocamos daí, o mais provável é o Partido Socialista sair beneficiado por esta situação”, acrescentou.

Ventura desvalorizou a presença do CDS-PP e disse que uma coligação “poderia fazer algum sentido” com a Iniciativa Liberal.

“Se houvesse uma coligação PSD com IL, por exemplo, isso matematicamente já tinha outro impacto, porque a IL tem outra expressão política”, sustentou.

O presidente do CHEGA defendeu também que a coligação não se poderá chamar Aliança Democrática, uma vez que “o PPM não está nesta coligação e a lei dos partidos obriga que sejam os mesmos partidos para ter o mesmo nome”.

Últimas de Política Nacional

A publicação hoje em Diário da República do mapa oficial com os resultados das eleições legislativas de 18 de maio determina que a primeira reunião da Assembleia da República da nova legislatura se realize na terça-feira, 03 de junho.
O presidente do CHEGA, André Ventura, afirmou esta noite que as próximas autárquicas serão uma "prova de fogo" e que o partido tem a "obrigação de ganhar" em várias autarquias e freguesias.
O Tribunal de Contas (TdC) condenou três funcionários da Câmara de Pedrógão Grande por infrações financeiras, no caso relativo ao desvio de dinheiro do município, segundo a sentença à qual a Lusa teve hoje acesso.
O objetivo é simples: perceber quanto dinheiro é gasto independentemente da sua natureza, em cada ministério. A sua implementação? O início da legislatura.
De 58 passaram a 60 deputados, depois de eleger dois novos deputados pelos círculos Fora da Europa e da Europa, ultrapassando o PS que não elegeu nenhum. “Obrigado e parabéns a todos nós!”
O presidente do CHEGA, André Ventura, classificou hoje como “uma patetice” o candidato à liderança socialista José Luís Carneiro considerar que o PS se mantém como segunda força política por ter mais votos do que o CHEGA.
O presidente do CHEGA, André Ventura, disse hoje que o partido não vai acompanhar a moção de rejeição do programa do próximo governo anunciada pelo PCP, considerando que uma nova crise política “é indesejável”.
Henrique Gouveia e Melo, antigo chefe do Estado-Maior da Armada e ex-coordenador da ‘task force’ da vacinação contra a covid-19, apresenta hoje, em Lisboa, a sua candidatura à Presidência da República.
"Esta vitória prova que os emigrantes estão cansados de serem esquecidos por PS e PSD, e reconhecem que só o CHEGA os defende com coragem, com verdade e com determinação”, disse André Ventura.
O CHEGA vai propor uma alteração à Lei de Enquadramento Orçamental para obrigar os governos a apresentar o valor estimado de "desperdício, de desvio e de fraude" em cada ministério.