MNE francês defende Europa com “segundo seguro de vida” além da NATO

O chefe da diplomacia francês defendeu hoje uma Europa da Defesa, um “segundo seguro de vida” além da NATO, em resposta às polémicas afirmações do ex-presidente norte-americano Donald Trump sobre Estados-membros que não pagam a sua parte

©Facebook de Stéphane Séjourné

 

“Precisamos de um segundo seguro de vida, não como substituto da NATO, não contra a NATO, mas em complemento da NATO”, afirmou Stéphane Séjourné numa conferência de imprensa conjunta com os homólogos alemão e polaco.

O ministro dos Negócios Estrangeiros francês insistiu na necessidade de agir em relação ao pilar europeu da NATO (Organização do Tratado do Atlântico-Norte, bloco de defesa ocidental) e de construir uma indústria da Defesa.

“Para comprarmos europeu no âmbito das nossas indústrias da Defesa e para nos prepararmos em caso de conflito”, sublinhou.

“É o sentido da história”, observou, acrescentando que não se trata de ingerência nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, mas que é necessário a Europa preparar-se para a possibilidade de o ex-presidente e atual pré-candidato presidencial republicano Donald Trump regressar à Casa Branca, exortando a que “se passe de uma guerra de posições a uma guerra de soluções”.

Questionado sobre as críticas de Donald Trump, segundo quem nem todos os países contribuem com a sua quota-parte para a NATO, Stéphane Séjourné recordou que França duplicou o seu orçamento para a Defesa.

“O movimento já se iniciou e o meu país não faltará ao compromisso”, declarou.

“A Aliança Atlântica não é um contrato com uma empresa de segurança”, afirmou, por sua vez, o chefe da diplomacia polaca, Radoslaw Sikorski.

Últimas de Política Internacional

Os eurodeputados à esquerda do hemiciclo começaram hoje a cantar a música da resistência italiana “Bella Ciao” depois da intervenção de Viktor Orbán no Parlamento Europeu (PE), impedindo o início da intervenção da presidente da Comissão.
O Supremo Tribunal norte-americano decidiu hoje manter a decisão que proíbe a realização de abortos de emergência que violem a lei no Texas, um dos Estados com a proibição mais rigorosa de abortos no país.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afirmou hoje que Israel tem a obrigação de trazer de volta os seus reféns, ao assinalar o primeiro aniversário do ataque do grupo extremista palestiniano Hamas em solo israelita.
A líder da direita radical francesa, Marine Le Pen, afirmou hoje que a "fraca legitimidade democrática" do Governo liderado por Michel Barnie, conduzirá à sua queda e a legislativas antecipadas, permitidas a partir de julho de 2025.
Mais de 155 milhões de brasileiros podem votar hoje para escolher novos prefeitos e membros das Câmaras Municipais nos 5.569 municípios do país sul-americano lusófono.
O Parlamento Europeu reúne-se, entre segunda e quinta-feira, numa sessão plenária dominada pela situação no Médio Oriente e na qual o polémico primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, irá apresentar as prioridades da presidência semestral da UE, que Budapeste exerce atualmente.
O político e dirigente da oposição ao regime venezuelano Edmundo González Urrutia afirmou hoje que vai “tomar posse a 10 de janeiro como Presidente da Venezuela”.
A Comissão Europeia vai levar Portugal ao Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE) por falhas no combate à poluição das atividades industriais, foi esta quinta-feira divulgado em Bruxelas.
O primeiro-ministro de Timor-Leste, Xanana Gusmão disse hoje que as prioridades de cooperação com Portugal continuam a ser a educação e a justiça, apesar do aumento das áreas prioritárias no próximo programa estratégico.
O ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Israel Katz, anunciou hoje ter declarado o secretário-geral da ONU, António Guterres, "persona non grata" no país, criticando-o por não ter condenado o ataque massivo do Irão a Israel na noite de terça-feira.