UE critica EUA por apelo à contenção de Israel enquanto fornece armas

O alto-representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros criticou hoje a postura dos Estados Unidos da América (EUA) de apelarem à contenção de Israel em Gaza, mas continuarem a fornecer armamento.

© Facebook de Josep Borrell

 

“Até o Presidente dos EUA disse ontem [domingo] que as operações [militares de Israel] já são desproporcionadas, excessivas, que o número de vítimas mortais é intolerável”, sustentou Josep Borrell, à entrada para uma reunião com os ministros da UE com a pasta do desenvolvimento, em Bruxelas.

O chefe da diplomacia europeia pediu a Washington “mais do que palavras”.

“A UE também acredita que o número de vítimas mortais é intolerável, há possibilidade de o fazer baixar? A UE não está a fornecer armas a Israel, outros estão”, acrescentou Josep Borrell.

Os governantes europeus reúnem-se hoje com o subsecretário-geral das Nações Unidas e responsável pela Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (UNRWA) Philippe Lazzarini.

O responsável da principal agência das Nações Unidas para apoiar a população palestiniana vai fazer um ponto de situação sobre as contribuições para a organização e também o inquérito que está em curso para averiguar a alegada participação de elementos da organização nos atentados de 07 de outubro de 2023 em Israel.

A acusação foi feita por Telavive e levou vários países a suspenderem o apoio à agência.

Portugal e outros países optaram pelo reforço das contribuições, face à suspensão do financiamento de outros países, como o Reino Unido e a Alemanha.

Últimas de Política Internacional

O vice-presidente chinês Han Zheng apelou às empresas norte-americanas para “aproveitarem a oportunidade” de reforçar os laços económicos com a China, num encontro com o empresário Elon Musk, avançou hoje a imprensa chinesa.
O Presidente da Argentina, Javier Milei, reuniu-se em Washington com a diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, com quem acordou o lançamento de um novo programa para o país.
Donald Trump toma hoje posse como o 47.º presidente norte-americano, numa cerimónia em Washington marcada pela presença de políticos internacionais populistas e de direita radical, mas com escassos responsáveis governamentais e sem líderes da União Europeia (UE).
Donald Trump anunciou hoje a intenção de emitir uma ordem executiva, na segunda-feira, para suspender a lei que proíbe o TikTok no país, propondo que a rede social seja controlada a 50% por acionistas americanos.
O Presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, viajará hoje à tarde para Washington acompanhado da mulher, Melania, para iniciar as festividades da sua segunda posse, que será na próxima segunda-feira.
A primeira-ministra italiana, Georgia Meloni, vai deslocar-se a Washington na segunda-feira para participar na tomada de posse do novo Presidente norte-americano, Donald Trump, sendo a única líder da União Europeia (UE) a marcar presença.
O Governo francês de François Bayrou superou hoje uma moção de censura, com os votos favoráveis de três partidos de esquerda da coligação Nova Frente Popular (NFP), sem o apoio do Partido Socialista (PS).
O candidato presidencial moçambicano Venâncio Mondlane disse hoje, no Facebook, que sexta-feira vai apresentar medidas governativas para os primeiros 100 dias do seu alegado mandato, pois é o "Presidente eleito pelo povo".
O chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, assegurou hoje que o Acordo de Parceria Estratégica Global que Moscovo vai assinar na sexta-feira com o Irão não é dirigido contra nenhum país, referindo-se aos Estados Unidos.
O Conselho da União Europeia (UE) prolongou hoje até 20 de janeiro do próximo ano as restrições contra "os que apoiam, facilitam ou permitem ações violentas" por parte do Hamas e da Jihad Islâmica Palestiniana.