Pedro Nuno acusa AD de querer abdicar em quatro anos de valor equivalente a PRR

O secretário-geral do PS acusou hoje a Aliança Democrática de prever “um rombo” nas contas públicas de 23,5 mil milhões de euros em quatro anos, o equivalente a um segundo PRR, avisando que a esse programa se seguiria austeridade.

© Folha Nacional

Num discurso num comício na Expocenter, em Viseu, Pedro Nuno Santos defendeu que as próximas eleições de 10 de março vão ser uma escolha entre “um Governo estável e responsável” ou “um Governo que apresenta ao país uma aventura fiscal” e uma “irresponsabilidade orçamental”.

Segundo dados apresentados pelo líder socialista, o programa da coligação composta pelo PSD, CDS-PP e PPM faria com que o país perdesse, em quatro anos, o equivalente a 23,5 mil milhões de euros: “16,5 de receita fiscal, com mais algumas medidas de despesa”.

Pedro Nuno Santos comparou este valor, que qualificou de “rombo”, ao do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) que, segundo disse, era para custar inicialmente 16,6 mil milhões de euros, mas é hoje de 22,2 mil milhões.

“O que a AD propõe perder em quatro anos é um segundo PRR”, acusou, acrescentando que o PRR “paga a requalificação das escolas, está a pagar centros de saúde, novos e requalificados, está a pagar casas, a apoiar empresas”.

“O que nós precisamos é de capital para investir, não é de destruir receita fiscal, capacidade orçamental, colocando o Estado em risco”, sustentou.

O secretário-geral do PS prosseguiu defendendo que a “irresponsabilidade orçamental” da AD tem a austeridade como “outro lado da moeda”.

“Que ninguém se engane: depois de um programa de irresponsabilidade orçamental, um programa que custará ao Estado em quatro anos 23,5 mil milhões de euros, o que acontece a seguir é o esvaziamento, é o definhamento, é a degradação dos serviços públicos”, defendeu.

Para Pedro Nuno Santos, “não dá para ter tudo ao mesmo tempo” e “não existe em lado nenhum” um sítio em que se abdique de 16,5 mil milhões de euros de receita fiscal e se aumenta a despesa social.

“Mas esse é o projeto irresponsável que a AD e o resto da direita têm para apresentar a Portugal. Esta é a escolha entre um Governo estável e responsável, que quer avançar, quer o progresso económico e social, e um Governo que promete tudo, promete aquilo que é impossível realizar e vai acabar a afetar e a atingir os mesmos de sempre: o povo e quem trabalha”, afirmou.

Últimas de Política Nacional

O candidato presidencial André Ventura afirmou hoje que, se for eleito Presidente da República, admite vir a decretar estados de exceção para "dar poder extraordinário" à polícia e outras autoridades para combater o crime.
O presidente do CHEGA pediu ao Governo que faça cedências nalguns pontos, como o trabalho por turnos, para se aprovar uma nova legislação laboral, reiterando a sua disponibilidade para um acordo nesta matéria.
Os partidos entregaram 2.176 propostas de alteração ao Orçamento do Estado para 2026 (OE2026), num novo recorde, de acordo com a informação disponível no 'site' da Assembleia da República.
O CHEGA entregou esta sexta-feira, 7 de novembro, mais de 600 propostas de alteração ao Orçamento do Estado para 2026 (OE2026), no último dia do prazo definido pelo Parlamento, que coincidiu com o encerramento das audições na especialidade.
O partido liderado por André Ventura quer acabar com as portagens nas autoestradas para aliviar os custos das famílias e empresas, mas o ministro das Finanças rejeita a medida, defendendo que o princípio “utilizador-pagador” deve manter-se para proteger as contas públicas.
O CHEGA apresentou uma proposta de alteração ao Orçamento do Estado para 2026 que pretende reduzir e uniformizar a taxa de IVA aplicada ao setor da hotelaria e restauração, fixando-a em 13% para todos os serviços, incluindo bebidas alcoólicas e refrigerantes.
O CHEGA passou a integrar o executivo da Câmara Municipal de Sintra, na sequência de um acordo político que o presidente da autarquia, Marco Almeida, considera ser “um sinal de respeito pela vontade democrática dos sintrenses”.
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, revelou ter investido 637.239,59 euros na construção da sua habitação em Espinho, entre 2016 e 2021. Este montante não inclui os 100 mil euros aplicados em 2015 na compra do terreno onde o imóvel viria a ser edificado.
O prazo de entrega para propostas de alteração ao Orçamento do Estado para 2026 (OE2026) termina hoje, dia que marca também o final das audições na especialidade no parlamento.
A Câmara aprovou a nomeação de Rui Emanuel Moreira da Rocha para o conselho de administração dos SMAS, por proposta do presidente socialista Fernando Ferreira.