Portugal mantém apoio sem reservas à Ucrânia e “pelo tempo que for preciso”

O Presidente da República garantiu hoje que Portugal manterá “pelo tempo que for preciso” o apoio a vários níveis à Ucrânia e condenou a “guerra injusta, ilegal e imoral” provocada pela invasão russa.

© Facebook da Presidência da República

 

“Com os nossos parceiros europeus e da Aliança Atlântica, manteremos o apoio inequívoco, político, militar, financeiro e humanitário, pelo tempo que for preciso”, assegurou Marcelo Rebelo de Sousa numa mensagem publicada em português e ucraniano no site da Presidência na internet.

A Presidência da República adiantou à agência Lusa que hoje, dia em que se assinala o segundo aniversário da invasão pela Rússia, o Palácio de Belém vai estar, desde o pôr do sol, iluminado com as cores da Ucrânia.

Na sua mensagem, o chefe de Estado português manifesta, em nome dos portugueses e em seu próprio nome, a “profunda admiração pela coragem, determinação e resiliência exibidos” pelo povo ucraniano, qualidades que, recorda, teve oportunidade de testemunhar quando visitou a Ucrânia no verão passado.

“Nesta data, quero ainda prestar homenagem aos muitos milhares de vítimas mortais desta violenta guerra perpetrada pela Rússia”, refere Marcelo Rebelo de Sousa.

O Presidente da República salienta ainda que Portugal mantém a sua “condenação absoluta da guerra injusta, ilegal e imoral” que continua a ser levada a cabo pela Rússia, em “violação flagrante” do Direito Internacional e da Carta das Nações Unidas.

“Não devemos, também, esquecer-nos dos milhares de crianças ucranianas que foram deportadas involuntariamente para a Rússia, apelando ao regresso em segurança de todos estes menores”, refere a mensagem.

Marcelo Rebelo de Sousa assegura também que Portugal mantém o “compromisso inabalável” para com a soberania e integridade territorial da Ucrânia e que as autoridades e os portugueses “continuarão a acolher em Portugal todos aqueles que aqui se quiserem abrigar”.

“O lugar da Ucrânia é na União Europeia”, salienta o chefe de Estado, que manifesta a sua satisfação pelas decisões do Conselho Europeu de conceder à Ucrânia o estatuto de candidato à União Europeia e de abrir as negociações de adesão.

“Apoiamos também a aspiração da Ucrânia em aderir à NATO, esperando que esse momento possa chegar em breve”, refere o Presidente da República, reiterando, no final do texto, que “até que a plena integridade soberana da Ucrânia seja restabelecida e a ordem internacional restaurada, Portugal continuará a oferecer o seu apoio, sem reservas”.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Os aliados ocidentais da Ucrânia têm fornecido armas a Kiev e aprovado sucessivos pacotes de sanções contra interesses russos para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra.

Últimas de Política Nacional

O Ministério Público (MP) pediu hoje penas entre os cinco e nove anos de prisão para os ex-presidentes da Câmara de Espinho, Miguel Reis (PS) e Pinto Moreira (PSD), por suspeitas de corrupção no processo Vórtex.
O presidente do CHEGA, André Ventura, anunciou hoje que o seu partido votará contra o novo pacote laboral no parlamento se o Governo não ceder em matérias como o despedimentos e alterações na área da parentalidade.
A mensagem gerou indignação, o caso abalou o ministério e levou a uma demissão, mas o inquérito interno concluiu que não houve infração disciplinar. Nataniel Araújo sai ilibado e continua como chefe de gabinete da Agricultura.
Os vereadores e deputados municipais do CHEGA têm rejeitado a criação da Comunidade Intermunicipal da Península de Setúbal.
Bruxelas paga, Lisboa faz campanha: Ângelo Pereira (PSD) e Ricardo Pais Oliveira (IL) estiveram no terreno eleitoral enquanto recebiam vencimentos do Parlamento Europeu, prática proibida pelas regras comunitárias.
A comissão parlamentar de inquérito (CPI) ao INEM decidiu hoje suspender os trabalhos durante o período de Natal e Ano Novo e na segunda semana de janeiro, devido às eleições presidenciais.
Num mês em que as presidenciais já se travavam mais nos ecrãs do que nas ruas, André Ventura esmagou a concorrência: foi o candidato que mais apareceu, mais falou e mais minutos ocupou nos principais noticiários nacionais.
O Ministério da Saúde voltou a entregar um contrato milionário sem concurso: 492 mil euros atribuídos diretamente ao ex-ministro social-democrata Rui Medeiros, aumentando a lista de adjudicações diretas que colocam a Saúde no centro da polémica.
A nova sondagem Aximage para o Diário de Notícias atira André Ventura para a liderança com 19,1% das intenções de voto. Luís Marques Mendes surge logo atrás com 18,2%, mas o maior tremor de terra vem do lado do almirante Gouveia e Melo, que cai a pique.
André Ventura surge destacado num inquérito online realizado pela Intrapolls, uma página dedicada à recolha e análise de inquéritos políticos, no contexto das eleições presidenciais marcadas para 18 de janeiro.