Reino Unido rejeita proposta de Bruxelas para facilitar mobilidade de jovens

O Governo do Reino Unido rejeitou uma iniciativa da Comissão Europeia para uma flexibilização das condições de mobilidade para cidadãos com idades entre os 18 e os 30 anos, indicando que não faz sentido depois do ‘Brexit’.

© facebook.com/rishisunak

Um porta-voz do executivo britânico, citado pela Europa Press, disse que Londres não irá “aplicar um regime de mobilidade juvenil a nível da UE, a liberdade de circulação acabou e não há planos para a reintroduzir”.

Em vez disso, o Governo está empenhado em negociar possíveis acordos desta natureza numa base país a país.

O Partido Trabalhista britânico, favorito nas sondagens, também já veio a público anteriormente para deixar claro que não prevê quaisquer alterações se chegar ao poder.

Um porta-voz citado pela BBC garantiu que “não haverá regresso ao mercado único, à união aduaneira ou à livre circulação” se os trabalhistas vencerem.

A proposta apresentada esta semana por Bruxelas aos governos da UE27 tem como objetivo reduzir os obstáculos que os jovens europeus têm encontrado desde o ‘Brexit’ para viajar, estudar ou residir em território britânico, e vice-versa.

Bruxelas propõe que o cenário a negociar permita aos cidadãos entre os 18 e os 30 anos “permanecer até quatro anos no país de destino”, embora deixe claro que não se trata de “devolver” aos britânicos os direitos fundamentais da UE que perderam com o divórcio, como a liberdade de circulação no interior do bloco.

Mais concretamente, a UE apela à adoção de medidas “inovadoras” para ultrapassar os principais obstáculos à mobilidade dos jovens, de modo a que estes possam deslocar-se para efeitos de formação, trabalho ou para viver durante um período mais longo.

Assim, Bruxelas pretende que os critérios a respeitar para beneficiar do acordo (idade, duração máxima da estada, condições de elegibilidade, regras de verificação do cumprimento) não sejam sujeitos a condições como um emprego ou um curso, ou a quotas de entrada.

Em todo o caso, esclarece, o novo quadro não substituirá os outros regimes existentes que regulam os vistos ou as autorizações de residência, mas será complementar e adaptado aos jovens.

Últimas de Política Internacional

A Comissão Europeia escolheu hoje dois corredores de eletricidade e de hidrogénio que abrangem Portugal como projetos de interesse comum e mútuo para receber apoio da União Europeia (UE).
O Presidente dos Estados Unidos avisou hoje que o espaço aéreo da Venezuela deve ser considerado “totalmente fechado”, numa altura em que Donald Trump está a aumentar a pressão sobre aquele país e o confronto com Nicolás Maduro.
Um incêndio na zona mais sensível da COP30 lançou o caos na cimeira climática e forçou a retirada imediata de delegações, ministros e equipas técnicas, abalando o ambiente das negociações internacionais.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, anunciou hoje “medidas enérgicas” contra os colonos radicais e seus atos de violência dirigidos à população palestiniana e também às tropas de Israel na Cisjordânia.
A direita radical francesa quer que o Governo suspenda a sua contribuição para o orçamento da União Europeia, de modo a impedir a entrada em vigor do acordo com o Mercosul.
O ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão, Abbas Araghchi, afirmou hoje que Teerão não está a enriquecer urânio em nenhum local do país, após o ataque de Israel a instalações iranianas, em junho.
O Governo britânico vai reduzir a proteção concedida aos refugiados, que serão “obrigados a regressar ao seu país de origem logo que seja considerado seguro”, anunciou hoje o Ministério do Interior num comunicado.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, anunciou hoje uma reformulação das empresas estatais de energia, incluindo a operadora nuclear Energoatom, que está no centro de um escândalo de corrupção há vários dias.
A China vai proibir, temporariamente, a navegação em parte do Mar Amarelo, entre segunda e quarta-feira, para realizar exercícios militares, anunciou a Administração de Segurança Marítima (MSA).
A Venezuela tem 882 pessoas detidas por motivos políticos, incluindo cinco portugueses que têm também nacionalidade venezuelana, de acordo com dados divulgados na quinta-feira pela organização não-governamental (ONG) Fórum Penal (FP).