André Ventura afasta qualquer acordo com Miguel Albuquerque na Madeira

O líder do CHEGA, André Ventura, afirmou no sábado que não haverá acordos com o PSD de Miguel Albuquerque após as eleições na Região Autónoma da Madeira porque o partido tem "tolerância zero" para a corrupção.

© Folha Nacional

André Ventura fez estas declarações num jantar comício realizado em Boliqueime, no concelho de Loulé, que contou com cerca de 150 apoiantes e durante o qual agradeceu a vitória do CHEGA nas eleições legislativas no Algarve.

“Todos sabem uma coisa, que nós não nos damos com corruptos”, afirmou o presidente do CHEGA.

André Ventura garantiu que, “independentemente do que diga Miguel Albuquerque”, líder do PSD da Madeira e candidato do partido às eleições para o parlamento regional, há “uma linha vermelha” que o CHEGA não passa.

“Seja quais forem as maiorias que forem dadas, e espero que o CHEGA cresça muito, não haverá connosco nenhum acordo na Região Autónoma da Madeira, porque nós temos tolerância zero para a corrupção”, assegurou.

O presidente da terceira força partidária mais votada nas últimas legislativas falou para os cerca de 150 participantes no jantar depois de, durante a tarde, ter participado, em Faro, na reunião do 17.º Conselho Nacional do partido.

No encontro do partido em Faro, os conselheiros nacionais eleitos na VI Convenção Nacional foram empossados e votaram favoravelmente as contas anuais do partido – orçamento para 2024 e contas do exercício de 2023 -, tendo feito também uma análise dos resultados eleitorais e da situação política geral.

“Foi aqui nesta terra [Algarve] que nós ganhámos e eu achei que era simbólico, porque um dia eu quero – eu ou o CHEGA – ganhar em todo o país, e acho que devemos cultivar os momentos em que vencemos”, disse André Ventura aos comensais, enaltecendo a vitória do partido no distrito de Faro.

André Ventura considerou que teve “uma derrota” ao não vencer as eleições a nível nacional, mas frisou que se um partido com cinco anos conseguiu vencer no Algarve e “quebrar o bipartidarismo”, também é possível no futuro vencer a nível nacional.

“Vencer no distrito inteiro não é a minha vitória nem a vitória porque lutei enquanto presidente do partido, mas é uma grande vitória para a história e eu agradeço-vos a todos por esta vitória”, disse Ventura aos militantes e dirigentes da região algarvia.

André Ventura disse “não aceitar viver num país em que se diga que PS e PSD têm de governar sempre e é impossível um dia o CHEGA Governar”.

“Acredito que comigo ou não comigo, um dia vamos vencer as eleições legislativa em Portugal”, afirmou.

André Ventura criticou também o novo Governo do PSD por causa da imigração, dizendo que, antes de vencer as eleições, os social-democratas mostraram-se favoráveis a controlar as fronteiras e reverter a extinção do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, mas agora já fala no programa da Aliança Democrática (coligação entre PSD, CDS e PPM) da agência para as migrações.

“Sabemos bem que Portugal precisa de imigrantes, mas há uma coisa que sabemos, precisamos de uma polícia a controlar as nossas fronteiras, prometeram-nos que iríamos ter controlo das nossas fronteiras, mas não o fizeram, porque são fracos e frouxos na imigração, como nós nunca fomos e nunca seremos”, afirmou.

Últimas de Política Nacional

O Presidente do CHEGA manifestou-se esta quinta-feira "chocado" com o valor dos dois imóveis adquiridos pelo secretário-geral socialista, que estimou entre 1,3 e 1,4 milhões de euros, e exigiu saber se há fundos públicos na origem das aquisições.
O líder do CHEGA acusou o PCP de ser responsável por milhões de euros em despesa pública, apontando a criação de institutos, fundações, nomeações políticas e cargos autárquicos como principais causas.
O CHEGA lidera as intenções de voto na Área Metropolitana de Lisboa, com 28,8%, enquanto o PS e a AD perdem terreno, de acordo com a última sondagem da Aximage, para o Folha Nacional.
O IRS está a surpreender pela negativa. Muitos portugueses estão a receber menos e alguns até a pagar. André Ventura fala em “fraude” e acusa Montenegro de ter traído a promessa de baixar impostos.
O Ministério Público (MP) abriu uma averiguação preventiva no qual é visado o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, confirmou à Lusa a Procuradoria-Geral da República (PGR).
“Se eu tenho uma má compreensão da Economia, deem-me uma oportunidade, porque o homem que está à minha frente destruiu a Economia”, afirmou André Ventura, que acusou Pedro Nuno Santos de ter sido responsável por “arruinar a TAP, a ferrovia e a CP”, apontando o dedo à gestão feita durante a sua passagem pelo Governo.
O líder parlamentar do CHEGA anunciou esta terça-feira que, na próxima legislatura, o seu partido vai apresentar uma proposta de comissão parlamentar de inquérito sobre os dados do Relatório de Segurança Interna (RASI), considerando que estão errados.
Luís Montenegro ocultou do Tribunal Constitucional (TC) três contas à ordem em 2022 e 2023, contrariando a lei n.º 52/2019.
O partido mantém-se em terceiro lugar, mas volta a subir nas sondagens, ultrapassando pela segunda vez a fasquia dos 20% e ficando agora a apenas oito pontos percentuais do partido mais votado.
Já são conhecidas as listas de candidatos a deputados do partido CHEGA para as próximas legislativas. Entre as alterações anunciadas, destaca-se a escolha de Pedro Frazão para encabeçar a candidatura em Aveiro — círculo onde irão concorrer também os líderes do PSD e do PS. O Presidente do partido, André Ventura, voltará a liderar a candidatura por Lisboa.