Jovens vão poder optar entre ficar no regime de IRS atual ou no novo

Os jovens que já se encontrem a usufruir do atual regime de IRS vão poder optar, em janeiro, entre manter-se neste ou optar pelo novo regime hoje aprovado pelo Governo que reduz as taxas para um terço das 'normais'.

© Folha Nacional

“Não há nenhum jovem que fique pior do que está hoje porque aqueles que já estão a beneficiar hoje do IRS jovem, a partir de janeiro podem escolher se preferem o regime que já têm ou se preferem optar pelo regime que vamos aplicar a partir de 01 de janeiro de 2025”, afirmou a ministra da Juventude e Modernização, Margarida Balseiro Lopes.

A ministra falava no final da reunião de hoje do Conselho de Ministros, que decorreu em Braga, e onde foram aprovadas várias medidas dirigidas aos mais jovens.

O regime hoje aprovado pelo Governo dirige-se aos rendimentos de trabalho (categorias A e B) dos jovens até aos 35 anos que não ultrapassem os 81.199 euros coletáveis anuais, e distingue-se do anterior por, em vez de conceder uma isenção, reduzir as taxas de IRS aplicáveis para um terço do valor das que atualmente são aplicadas aos oito primeiros escalões do imposto.

Assim, e como explicou o primeiro-ministro, Luís Montenegro, que também participou no ‘briefing’ do Conselho de Ministros, os jovens até aos 35 anos vão passar a pagar uma taxa de IRS entre 4,4% e 15% – sendo esta a taxa máxima aplicável a quem tem rendimentos ao nível do referido 8.º escalão.

Para tal, disse a ministra, haverá uma tabela “com as novas taxas que representam um terço das taxas gerais que estão atualmente no artigo 68.º do código do IRS”.

Este modelo distingue-se do anterior em que há um benefício fiscal para os jovens que acabaram de concluir o seu ciclo de estudos e que se traduz num desconto do IRS, prevendo-se uma isenção de 100% do rendimento, até um montante máximo de 40 vezes o indexante de apoios sociais (IAS), no primeiro ano da medida.

No segundo ano, a isenção abrange 75% do rendimento, no terceiro e quarto anos é de 50%, sendo de 25% no quinto e último do benefício – com a redução da isenção a ser acompanhada por uma descida do limite máximo anual de rendimento.

O IRS Jovem preconizado pelo Governo liderado por Luís Montenegro tem um custo de mil milhões de euros no horizonte da legislatura.

Já a medida do IRS Jovem aprovada pelo anterior Governo e em vigor no Orçamento do Estado para 2024 terá um custo de cerca de 200 milhões de euros em 2024.

Últimas de Economia

O indicador de confiança dos consumidores diminuiu em novembro, após dois meses de subidas, enquanto o indicador de clima económico aumentou, divulgou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).
Os gastos do Estado com pensões atingem atualmente 13% do PIB em Portugal, a par de países como a Áustria (14,8%), França (13,8%) e Finlândia (13,7%), indica um relatório da OCDE hoje divulgado.
Os prejuízos das empresas não financeiras do setor empresarial do Estado agravaram-se em 546 milhões de euros em 2024, atingindo 1.312 milhões de euros, com a maioria a apresentar resultados negativos, segundo um relatório do Conselho das Finanças Públicas (CFP).
Os preços dos hotéis na região de Lisboa aumentaram 26,7% na Web Summit, face à semana anterior, para uma média de 151 euros, segundo um estudo da NOVA Information Management School, com dados da Host Intelligence, divulgado hoje.
A Comissão Europeia desembolsou hoje 1,06 mil milhões de euros em subvenções a Portugal, na sequência do seu sétimo pedido de pagamento ao abrigo do Mecanismo de Recuperação e Resiliência.
Os concursos de empreitadas de obras públicas promovidos até outubro aumentaram 56% em número e 31% em valor, em termos homólogos, respetivamente para 6.620 e 9.164 milhões de euros, anunciou hoje a associação setorial AICCOPN.
A Comissão Europeia alertou hoje para “novos desafios” relacionados com a crise habitacional que aumentam os riscos de pobreza e de desigualdade social em Portugal, dado haver mais pessoas com encargos excessivos de habitação.
A Comissão Europeia alertou hoje que Portugal "corre o risco de exceder significativamente" o teto máximo para despesas líquidas definido ao abrigo do plano de médio prazo, embora falando numa situação orçamental "próxima do equilíbrio" em 2026.
Portugal exportou até setembro 53,3 milhões de pares de sapatos no valor de 1.321,7 milhões de euros, mais 3,8% em quantidade e 2,1% em valor face ao período homólogo, anunciou hoje a associação setorial.
O valor mediano de avaliação bancária na habitação foi 2.025 euros por metro quadrado em outubro, mais 17,7% do que no mesmo mês de 2024, disse hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).