Partido britânico quer imposto sobre trabalhadores estrangeiros incluindo futebolistas

O Partido Reformista britânico propôs hoje aumentar em 45% a contribuição para a segurança social das empresas que empreguem imigrantes, incluindo clubes de futebol, no âmbito da campanha para as eleições legislativas de 04 de julho.

© Facebook de Richard Tice

 

“Se querem empregar pessoas sem passaporte britânico, pensamos que é perfeitamente razoável que paguem um suplemento à segurança social”, afirmou hoje o presidente do partido Reform UK, Richard Tice, num evento em Londres.

Em vez de uma taxa de cerca de 13,8%, o político sugere que as empresas paguem 20% de contribuição para a segurança social, um aumento de 6,2 pontos percentuais.

“Pensamos que é um valor perfeitamente razoável a pagar”, defendeu.

Tice disse que as empresas mais pequenas, com cinco ou menos trabalhadores, e o setor da saúde e da assistência social, estariam isentas deste “imposto aos empregadores sobre a imigração”.

“Acreditamos que, ao longo de um ciclo eleitoral [cinco anos], este imposto sobre a imigração dos empregadores irá angariar mais de 20 mil milhões de libras (23,5 mil milhões de euros), defendeu.

Em declarações à agência Lusa, Tice defendeu que esta taxa se deve aplicar aos clubes de futebol britânicos.

“Os clubes têm de pensar que talvez queiramos que mais jovens futebolistas britânicos brilhantes tenham uma oportunidade adicional”, justificou.

Assumido adepto do Liverpool, onde joga o internacional português Diogo Jota, o presidente dos Reformistas afirmou que adora todos os jogadores do clube, mas o imposto “tem de ser aplicado de forma justa”.

Associado à direita radical populista, o Partido Reformista, que substituiu o Partido do Brexit, defende o fim da imigração ilegal e um maior controlo da imigração legal, aberta apenas a profissionais especializados.

“A nossa economia tem um vício terrível, a droga da mão-de-obra barata do estrangeiro. E essa droga está a ser vendida em todas as esquinas pelo Partido Trabalhista e pelos Conservadores”, acusou Tice.

O novo imposto pretende ser “a cura para este vício”.

“A imigração inteligente, altamente qualificada, pode ser uma coisa ótima. Mas tem um preço, tem um custo”, argumentou.

Richard Tice disse que as receitas do imposto seriam usadas para a formação profissional de jovens britânicos e para investir em infraestruturas e serviços públicos.

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