Orbán pede pacto Meloni-Le Pen face a “oportunidade histórica” para direita radical

O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, apelou hoje a um acordo entre as líderes da direita radical de Itália e França, que concorrem às eleições europeias em diferentes famílias políticas, para aproveitar uma "oportunidade histórica" para "mudar" Bruxelas.

©Facebook de Viktor Orbán

“Esta Comissão Europeia fracassou na agricultura, na guerra, na imigração e na economia. Agora deve sair”, defendeu Orbán numa entrevista ao italiano Il Giornale, na qual também apelou a uma maior cooperação entre os partidos de direita radical, num contexto que considerou uma “oportunidade histórica para realizar uma mudança”.

“Os partidos de direita devem colaborar. Estamos nas mãos de duas mulheres que devem chegar a um acordo”, explicou o líder húngaro, referindo-se à primeira-ministra italiana e líder dos Irmãos de Itália, Giorgia Meloni, e à líder da União Nacional em França, Marine Le Pen – ambos partidos de direita radical, mas que pertencem a duas famílias políticas europeias diferentes.

Meloni – favorita para vencer as eleições em Itália – concorre com o grupo dos Conservadores e Reformistas Europeus (ECR), e Le Pen com o grupo Identidade e Democracia (ID), enquanto Orbán – um aliado ideológico e em sintonia com ambas – não está vinculado a nenhuma família política.

Apesar desta atual situação, na entrevista Orbán assinalou que a sua força política, o Fidesz, quer aderir ao ECR.

“Queremos aderir ao ECR, mesmo sabendo que há questões que nos podem separar de alguns partidos que dele fazem parte, a começar pela visão sobre a guerra na Ucrânia”, observou o primeiro-ministro húngaro.

Orbán também não poupou críticas à gestão da mais recente legislatura da UE, acusando Bruxelas de usar “instrumentos de chantagem” contra países como a Hungria, nomeadamente tentando impor “políticas de género e de imigração”.

“É uma questão política. O respeito pelo Estado de Direito não tem nada a ver com isso. Resistimos, temos estratégias para defender a nossa soberania”, concluiu Orbán, que sublinhou que a sua luta “é contra o federalismo de Bruxelas”.

Últimas de Política Internacional

O Parlamento Europeu (PE) adotou hoje legislação que facilita a retirada do direito de viajar sem visto para a União Europeia (UE) a partir de países que apresentem riscos de segurança ou violem os direitos humanos.
A Comissão Europeia disse hoje apoiar o plano do Presidente norte-americano, Donald Trump, para acabar com o conflito em Gaza, quando se assinalam dois anos da guerra e negociações indiretas estão previstas no Egito entre Israel e o Hamas.
O primeiro-ministro francês, Sébastien Lecornu, apresentou hoje a sua demissão ao Presidente, Emmanuel Macron, que a aceitou, anunciou o Palácio do Eliseu num comunicado, mergulhando a França num novo impasse político.
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, vai encontrar-se com o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, ao início da tarde, em Copenhaga, na Dinamarca, para uma reunião bilateral.
A presidente da Comissão Europeia saudou hoje o plano do Presidente norte-americano, Donald Trump, para terminar com a guerra em Gaza e que já tem aval israelita, indicando que a União Europeia (UE) “está pronta para contribuir”.
O partido pró-europeu PAS, da Presidente Maia Sandu, venceu as eleições legislativas na Moldova com mais de 50% dos votos, e deverá manter a maioria absoluta no Parlamento, segundo resultados oficiais após a contagem de 99,52% dos votos.
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, questionou hoje a utilidade das Nações Unidas, acusando a organização de não o ter ajudado nos esforços para resolver os conflitos no mundo, e criticou o reconhecimento da Palestina.
Os Estados Unidos impuseram hoje a Lei Magnitsky à mulher do juiz brasileiro Alexandre de Moraes e ainda à empresa da qual Viviane Barci e os filhos são sócios.
A NATO vai reforçar a vigilância e segurança no flanco leste da Aliança Atlântica, depois do incidente em que drones russos entraram no espaço aéreo da Polónia, anunciou hoje a organização.
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, homenageou hoje, numa cerimónia solene no Pentágono, as vítimas dos atentados de 11 de Setembro de 2001 em Nova Iorque e Washington, que causaram cerca de 3.000 mortos.