CHEGA alerta para tempo recorde no processo de nacionalidade das gémeas e responsabiliza antiga ministra da Justiça

Segundo o Consulado Português no Brasil, o processo de atribuição de nacionalidade, a menores de idade, demora “no mínimo um ano”, ao contrário dos “apenas 14 dias” de duração do processo das gémeas luso-brasileiras.

© Folha Nacional

O presidente do CHEGA, André Ventura, acusou esta terça-feira a antiga ministra da Justiça, Catarina Sarmento e Castro, de ter influenciado o processo de atribuição de nacionalidade às gémeas luso-brasileiras, tratadas no Hospital Santa Maria.

As bebés conseguiram nacionalidade portuguesa em apenas “14 dias”, contrariando o tempo médio para um processo de atribuição de nacionalidade que é, segundo o Consulado Português no Brasil, “no mínimo um ano”.

“Acha razoável um processo de atribuição de nacionalidade, a menores de idade, ter demorado apenas 14 dias, quando o Consulado de Portugal no Brasil explica tratar-se de um processo que demora no mínimo um ano?”, começa por questionar André Ventura, sublinhando que Catarina Sarmento e Castro está na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) ao caso das gémeas luso-brasileiras, “por ser responsável da justiça e por ser responsável política num tempo que tem a sua relevância”.

“As gémeas conseguiram a nacionalidade em menos de 15 dias, tal como todas as outras crianças”, respondeu a ex-governante, transpondo, no entanto, esse tipo de responsabilidade aos consulados: “todo este processo de nacionalidade de crianças no estrangeiro é levado a cabo pelos consulados”.

“Os menores têm diferentes processos de atribuição de nacionalidade”, acrescentou.

Catarina Sarmento e Castro é o terceiro nome chamado à CPI ao caso das gémeas, para esclarecer a atribuição de nacionalidade às duas crianças. No seu discurso de arranque, a antiga ministra da Justiça vincou que o caso remonta a 2020, dois anos anteriores à sua tomada de posse, a março de 2022, no 23.º governo constitucional.

Durante o inquérito, o líder do CHEGA fez ainda sobressair que há registos de “representantes do cônsul dirigirem-se ao hospital para obter registos e criar o cartão de cidadão” e, por isso, questiona a antiga ministra se tem conhecimento de outro caso idêntico, ao que Catarina Sarmento e Castro justificou essa ação com a criação de uma “plataforma eletrónica que serviu para colocar transparência ao processo, acompanhada com a Inteligência Artificial para dar celeridade aos processos”.

“Sabe por que é que não sabe de outro caso como este, porque não aconteceu”, rematou Ventura.

“A verdade é que o poder político se mobilizou para dar a uns, o que não dá aos outros. A ministra veio dizer que pediu esclarecimentos, mas não admite que não tem dados sobre o caso. E os prazos continuam sem bater certo”, finaliza o presidente do CHEGA.

Últimas de Política Nacional

O grupo parlamentar do CHEGA/Açores enviou hoje um requerimento à Assembleia Legislativa Regional a pedir esclarecimentos ao Governo dos Açores na sequência da anunciada saída da Ryanair da região.
A Comissão de Assuntos Constitucionais chumbou a iniciativa do CHEGA para impedir financiamento público a mesquitas, classificando-a de inconstitucional. Ventura reagiu e avisa que Portugal “está a fechar os olhos ao radicalismo islâmico até ser tarde demais”.
O ex-presidente da Câmara de Vila Real Rui Santos está acusado pelo Ministério Público (MP) de prevaricação, num processo que envolve mais cinco arguidos e outros crimes como participação económica em negócio e falsas declarações.
André Ventura disparou contra PS e Governo, acusando-os de manter um Orçamento “incompetente” que continua a “sacar impostos” aos portugueses. O líder do CHEGA promete acabar com portagens, subir pensões e travar financiamentos que considera “absurdos”.
O Parlamento começa esta quinta-feira a debater e votar o Orçamento do Estado para 2026 (OE2026) na especialidade, numa maratona que se prolonga por cinco dias e culmina com a votação final global a 27 de novembro.
O presidente do CHEGA, André Ventura, considerou hoje que a União Geral de Trabalhadores (UGT) está a ser "fortemente manipulada pelo PS" no âmbito das alterações à lei laboral propostas pelo Governo PSD/CDS-PP.
Uma nova sondagem da Aximage para o Folha Nacional confirma a reviravolta política que muitos antecipavam: André Ventura salta para a liderança das presidenciais e ultrapassa Gouveia e Melo.
A Assembleia Municipal de Oeiras rejeitou o voto de pesar apresentado pelo CHEGA pela morte do agente da Polícia Municipal Hugo Machado, de 34 anos, com o INOV, liderado por Isaltino Morais, a votar contra e todos os restantes partidos a abster-se.
O candidato presidencial e presidente do CHEGA, André Ventura, considerou hoje que, se a greve geral de 11 de dezembro, convocada pela CGTP e pela UGT, avançar, é “culpa” da forma “atabalhoada” com que o Governo tratou a questão.
Cerca de cem delegados vão debater o futuro do SNS e definir o plano de ação da Federação Nacional dos Médicos (Fnam) para os próximos três anos no congresso que decorre no sábado e domingo, em Viana do Castelo.