Lucro da IP quase quadruplica para 36,8 ME no 1.º trimestre

A Infraestruturas de Portugal (IP) registou um lucro de 36,8 milhões de euros no primeiro trimestre, cerca de 280% superior aos 9,7 milhões do mesmo período do ano passado, segundo o relatório de execução orçamental publicado no ‘site’.

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Nos primeiros três meses do ano, o resultado líquido obtido representou uma variação positiva de 12,4 milhões euros face ao valor previsto no Plano de Atividades e Orçamento (PAO) 2024-2026, que era de 24,4 milhões de euros.

Naquele período, o resultado operacional foi positivo em 76,6 milhões de euros, registando-se uma variação negativa de 1,6 milhões de euros face ao valor previsto em PAO e um aumento de 18,4 milhões de euros face ao mesmo período de 2023.

Já nos rendimentos operacionais registou-se um desvio negativo de 28,6 milhões de euros face ao PAO, justificado sobretudo pela descida das vendas e prestações de serviço em 15,9 milhões de euros, devido às variações negativas dos rendimentos das receitas com portagens (-7,7 milhões de euros), da Consignação do Serviço Rodoviário (-3,7 milhões de euros) e dos Serviços Ferroviários (-3,7 milhões de euros).

Foi ainda influenciado pelo valor das indemnizações compensatórias correspondentes ao primeiro trimestre, no valor de 22,3 milhões de euros, que representa menos 10,4 milhões de euros face ao previsto em PAO.

Relativamente ao período homólogo, a IP registou um aumento dos rendimentos de vendas e prestações de serviço de 8,4 milhões de euros (+3%), devido essencialmente ao aumento dos rendimentos dos Contratos de Construção (cinco milhões de euros) e dos Serviços Ferroviários (4,5 milhões de euros), e do valor das indemnizações compensatórias em 8,6 milhões de euros.

Entre janeiro e março, a IP registou 257,2 milhões de euros em gastos operacionais (25,3 milhões abaixo do previsto em PAO), tendo reduzido os gastos com conservação, reparação e segurança rede rodoviária (-7,2 milhões de euros), dos outros fornecimentos e serviços externos (-5,3 milhões de euros), dos gastos com pessoal (-3,6 milhões de euros), e dos gastos/reversões de depreciação e de amortização (-6,7 milhões de euros).

A 31 de março deste ano, o resultado financeiro da IP foi negativo em 43,4 milhões de euros, o que reflete uma melhoria de 2,8 milhões de euros face ao orçamento, e a dívida financeira, em termos nominais, totalizava 3.845,9 milhões de euros, o que representa um decréscimo de 159 milhões de euros face a 31 de março de 2023.

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