ULS Algarve a “fazer tudo” para otimizar recursos e não fechar serviços

O diretor clínico da Unidade de Saúde Local (ULS) do Algarve garantiu que "tudo está a ser feito" para otimizar os escassos recursos humanos, de forma a garantir as urgências e a assistência médica nas várias especialidades.

© D.R

“Os problemas são sempre os mesmos e prendem-se com a falta de recursos humanos, mas estamos a fazer as coisas para otimizar os poucos médicos que temos”, disse José Manuel Almeida, em declarações à agência Lusa.

De acordo com o clínico, há especialidades onde a falta de médicos é mais carenciada, “o que obriga a encontrar respostas mais organizadas” que garantam a assistência médica na região, que no verão recebe milhares de visitantes.

Segundo José Manuel Almeida, a dificuldade na contratação continua a ser o principal problema para preencher o quadro de médicos especialistas e assegurar as escalas nas urgências das unidades hospitalares de Faro e Portimão.

“Enquanto que em outras regiões do país em que se fecharam urgências, podem ter respostas em rede, no Algarve, se tivermos problemas, estamos isolados, porque as urgências mais próximas que podem dar resposta, por exemplo, às nossas crianças, estão a 300 quilómetros”, destacou.

Face à falta de médicos, adiantou, a ULS do Algarve está a tentar encontrar, “respostas com os parcos recursos existentes e trabalhar com o Ministério da Saúde para que se transforme o Algarve numa área atrativa para novos recursos humanos”.

Segundo José Manuel Almeida, a ULS/Algarve tem trabalhado com os autarcas algarvios “para que seja disponibilizado algum alojamento que possa servir para atrair médicos”, sendo a escassez e os elevados custos da habitação problemas que dificultam a ida de médicos para o Algarve.

Na opinião do clínico, a contratação e fixação de médicos passa também por a ULS “ser cada vez mais atrativa do ponto de vista dos seus processos e modelos de trabalho”.

“Estamos a trabalhar para que a ULS seja atrativa na logística própria de médicos que têm de se deslocar para a periferia do país, mas também para criar condições de trabalho com novas tecnologias, sendo também importante o novo hospital” do Algarve, notou.

Questionado sobre o funcionamento dos serviços de urgência pediátrica nos hospitais de Faro e de Portimão, o responsável “disse que está sempre garantida” a assistência da especialidade com “um pediatra disponível” no Algarve.

“Os clínicos gerais a trabalhar connosco estão habilitados a ver crianças. No entanto, face ao parco número de pediatras, garantimos sempre na urgência pediátrica, para as tarefas que só os pediatras são capazes de desempenhar, a presença de um”, explicou.

José Manuel Almeida deu como exemplo a inexistência de pediatras nos Serviços de Urgência Básica (SUB), onde 20% da procura são de crianças, “sendo praticamente irrisório o número de transferências para a urgência pediátrica”.

Segundo o clínico, os casos “mais graves de Pediatria devem ser vistos no hospital de Faro, unidade que tem cuidados intensivos pediátricos e especialidades que não sendo pediátricas resolvem os problemas do trauma”.

“Ao fim de dezenas de reuniões que fizemos com os diversos interlocutores, decidimos que ia haver um pediatra permanentemente no Algarve, e não nesta ou naquela unidade”, referiu.

José Manuel Almeida adiantou que a ULS/Algarve está a trabalhar “para a contratação de mais pediatras, nem que seja no regime de mobilidade, e quando houver pediatras, será reaberta em permanência a urgência de Pediatria do hospital de Portimão”.

“Não consigo é garantir que tenho pediatra em Portimão sempre, porque não há. Não sendo um Serviço de Urgência Básica de Pediatria, pode, no entanto, ter apoio do pediatra do bloco de partos”, notou.

José Manuel Almeida acrescentou que a situação “está a ser gerida com pinças”, sendo o serviço de Portimão uma organização que permite que as crianças sejam assistidas, “controlando o número de transferências que é preciso fazer para Faro, garantindo que aqueles cuidados mais emergentes estão entregues ao pediatra e que há pediatra disponível”.

Últimas do País

Os sindicatos representativos dos trabalhadores da SPdH/Menzies, antiga Groundforce, desconvocaram a greve marcada para 31 de dezembro e 01 de janeiro, após assinatura de acordos com os acionistas da empresa, validados pelo Governo.
As livrarias portuguesas já se podem candidatar à segunda edição do cheque-livro e os jovens nascidos em 2007 ou 2008 poderão levantar o seu ‘voucher’ de 30 euros a partir de 02 de janeiro, anunciou hoje o governo.
Cinco urgências hospitalares de Ginecologia e Obstetrícia serão encerradas no sábado, enquanto no domingo fecham quatro destes serviços e um de Pediatria, segundo dados do Portal do Serviço Nacional de Saúde.
Doze pessoas morreram e 453 foram detidas por conduzirem com níveis de álcool no sangue considerados crime nos primeiros oito dias das operações Natal e Ano Novo da GNR e PSP, anunciaram as corporações.
A Polícia Judiciária (PJ) deteve ontem em Lisboa o jovem alemão de 19 anos suspeito do triplo homicídio ocorrido na terça-feira em São Vicente, Cabo Verde, que vitimou o seu pai e a mulher e enteada deste.
Os doentes classificados como urgentes no hospital de Matosinhos esperavam ao início da manhã de hoje mais de 12 horas para primeira observação nas urgências gerais, segundo dados do portal do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Dez pessoas, entre as quais cinco crianças, foram hoje feridas sem gravidade por intoxicação por monóxido de carbono numa habitação nos arredores de Coimbra, disse fonte dos bombeiros.
Doze pessoas morreram e 433 pessoas foram detidas por conduçãoem sob efeito de álcool entre 18 e 24 de dezembro, no âmbito da operação de Natal e Ano novo, anunciaram hoje em comunicado a GNR e PSP.
Os doentes classificados como urgentes no hospital Amadora-Sintra enfrentam hoje tempos de espera de mais de 11 horas para a primeira observação nas urgências gerais, segundo dados do portal do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
O diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS), Álvaro Almeida, estimou hoje que há cerca de 2.800 internamentos indevidos nos hospitais, quer devido a situações sociais, quer a falta de camas nos cuidados continuados.