FNE alerta que não haverá professores suficientes no início do ano letivo

A Federação Nacional da Educação (FNE) defendeu hoje que será impossível resolver a falta de professores nas escolas “a tempo do início do ano letivo”, independentemente do plano que o Governo venha a adotar.

© D.R.

“Independentemente do plano que possa vir a ser implementado, é um facto que não há professores em número suficiente no início deste ano letivo para dar resposta a todas as necessidades”, disse o secretário-geral da FNE, Pedro Barreiros, antes de entrar para uma reunião com a equipa do Ministério da Educação, Ciência e Inovação sobre as medidas do Plano +Aulas +Sucesso.

Pedro Barreiros lembrou que são precisas medidas imediatas com impacto “já no início do ano letivo”, e outras a longo prazo, como a formação de professores, “para que daqui a quatro ou cinco anos” o problema não se repita.

Sobre o programa do ministério que pretende reduzir o número de alunos sem turmas, Pedro Barreiros defender que as “medidas de urgência não podem fazer com que aqueles que já estão a acumular funções sejam chamados a acumular com outras”, criando “um horário impensável”.

O Plano +Aulas +Sucesso pretende atrair professores aposentados, conseguir que fiquem mais tempo aqueles que se iriam agora reformar, oferecer mais horas a quem já está nas escolas ou que está a fazer doutoramentos.

Pedro Barreiros voltou hoje a sublinhar que é preciso “ser realista”: “O problema da falta de professores não vai ser resolvido a tempo do início do ano letivo”, alertou.

Depois da FNE, o ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre, o secretário de Estado Adjunto e da Educação, Alexandre Homem Cristo, e o secretário de Estado da Administração e Inovação Educativa, Pedro Dantas da Cunha, irão reunir-se com a Federação Nacional dos Professores (Fenprof).

Seguem-se as restantes dez organizações sindicais de professores – FENEI, SIPE, FEPECI,  SPLIU e SNPL, ASPL, SIPPEB, SEPLEU, Pró-Ordem e S.TO.P.

Últimas do País

A Plataforma em Defesa do SNS manifestou-se hoje, junto à entrada do Hospital Dona Estefânia, em Lisboa, contra o encerramento do serviço de neonatologia, rejeitando que as medidas anunciadas sejam apenas de reorganização.
A percentagem de utentes com médico de família atribuído deve manter-se nos 85,37% até 2027, contrariando as previsões divulgadas no ano passado, que contavam abranger 98% dos utentes, segundo um despacho hoje publicado.
Quase 1.600 chamadas foram reencaminhadas para o Serviço de Informação a Vítimas de Violência Doméstica através da linha criada em 2023 pela IKEA para facilitar o contacto confidencial com aquela linha de apoio, anunciou a empresa.
Cerca de 50 mil mulheres ou meninas foram mortas pelos respetivos companheiros ou outros familiares em 2024 – uma a cada 10 minutos do ano em todo o Mundo -, segundo relatório das Nações Unidas hoje divulgado.
Os empresários Carlos Tavares, Tiago Raiano, Paulo Pereira e Nuno Pereira entregaram uma proposta conjunta para aquisição de 85% da companhia aérea açoriana Azores Airlines, foi hoje divulgado.
A operação 'Portugal Sempre Seguro', que juntou várias polícias e entidades do Estado, registou 60 detenções nos últimos seis dias, 32 das quais relacionadas com crimes rodoviários, segundo resultados provisórios divulgados esta segunda-feira.
Quase 50 elementos da Frontex vão reforçar os aeroportos portugueses em 2026 para trabalharem em conjunto com os polícias da Unidade Nacional de Estrangeiros e Fronteiras da PSP no controlo das fronteiras aéreas, revelou à Lusa aquela polícia.
A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) instaurou um processo-crime por abate clandestino e 38 processos de contraordenação a talhos, por infrações como o desrespeito das normas de higiene, foi hoje anunciado.
Um homem de mais de 50 anos foi descoberto sem vida num canavial em Queijas, com marcas claras de "morte violenta".
Um sismo de magnitude 2,7 na escala de Richter foi sentido hoje na Terceira, nos Açores, no âmbito da crise sismovulcânica em curso na ilha, informou o Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores (CIVISA).