Enfermeiros exigem reunião com ULS do Arco Ribeirinho

Os enfermeiros da Unidade Local de Saúde do Arco Ribeirinho (ULSAR) exigiram hoje o agendamento urgente de uma reunião com a administração para regularizar questões relacionadas com a progressão de carreira e o pagamento de "milhares de horas extraordinárias".

© facebook do SEP

 

Numa moção hoje aprovada em plenário convocado pelo Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, estes profissionais elencam várias questões relacionadas com a carreira cuja resolução entendem estar ao alcance do Conselho de Administração da ULSAR, unidade do distrito de Setúbal que tem cerca de 800 enfermeiros.

“Nesta Unidade Local de Saúde ainda não foram resolvidos problemas que noutras instituições da região já estão a ter desenvolvimentos”, disse à agência Lusa Zoraima Prado, do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP).

Um dos problemas apontados pela sindicalista prende-se com a falta de pagamento do suplemento de função (150 euros) de enfermeiros especialistas e a não atribuição de 1.5 pontos nos anos de progressão no período compreendido entre 2004 e 2014.

Os enfermeiros exigem ainda o pagamento de todas as horas de trabalho extraordinário bem como o gozo efetivo dos descansos compensatórios acumulados.

Zoraima Prado explicou que o serviço de cirurgia do Hospital do Barreiro tem atualmente três mil horas de trabalho não pagas.

“Isto não é admissível. O objetivo dos enfermeiros com este plenário é discutir os problemas que têm, perceber quais as responsabilidades do conselho de administração, exigir soluções e o imediato agendamento de uma reunião”, disse, adiantando que desde que foram criadas as Unidades Locais de Saúde que não conseguem ter uma reunião, o que não acontece com as ULS de Almada/Seixal e da Arrábida, também do distrito de Setúbal, onde estes constrangimentos já foram ultrapassados.

Outra das questões apontadas por Zoraima Prado é a regularização da situação de dezenas de enfermeiras do Hospital do Barreiro que não tiveram avaliação de desempenho por terem estado grávidas.

A sindicalista entende que este tipo de problema acaba por ter impacto nos serviços.

“Agrava-se o êxodo de profissionais para fora do Serviço Nacional de Saúde. Infelizmente notamos que se volta a sentir no serviço público de saúde uma debandada de enfermeiros para o estrangeiro ou para prestadores privados”, disse, adiantando que a região de Setúbal está a ser “bastante afetada”.

A ULSAR tem como área de influência direta os concelhos de Barreiro, Moita, Montijo e Alcochete, integrando o Hospital Distrital do Montijo, o Hospital Nossa Senhora do Rosário (Barreiro) e os centros de saúde de Alcochete, Barreiro, Quinta da Lomba, Moita, Montijo e Baixa da Banheira.

Últimas do País

Uma das mais urgentes prioridades para o CHEGA na Câmara Municipal do Porto é pressionar o Executivo de Pedro Duarte a tomar decisões sobre o MetroBus na Avenida da Boavista.
O Conselho das Finanças Públicas confirma o pior cenário: o Serviço Nacional de Saúde afundou as contas públicas em 2024, absorvendo 93% de todos os prejuízos das empresas do Estado.
Portugal está a gastar mais de 40 milhões de euros por ano com reclusos estrangeiros, as prisões estão sobrelotadas, as agressões a guardas aumentam e o sistema aproxima-se do limite.
O Instituto Nacional de Emergência Médica registou este ano 28 intoxicações por monóxido de carbono, mais 10 do que em todo o ano de 2024, e alertou, esta quinta-feira, para os riscos de braseiras, esquentadores e fogões em locais com pouca ventilação.
A idade da reforma deverá subir para os 66 anos e 11 meses em 2027, um aumento de dois meses face ao valor estabelecido para 2026, segundo os cálculos com base nos dados provisórios divulgados hoje pelo INE.
O número de pedidos para indemnizações por abusos sexuais na Igreja Católica aumentou para 93, disse hoje a coordenadora do Grupo VITA.
O Estado está a ser ultrapassado dentro da sua própria casa: cerca de 300 fogos públicos foram tomados ilegalmente e o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU) admite não ter mãos a medir. Lisboa lidera o caos, os despejos duplicam e a vigilância é impossível num património espalhado por 493 bairros.
O presidente da associação de médicos tarefeiros, que hoje se reuniu com o Ministério da Saúde, prevê entregar à tutela até ao final do ano as suas propostas para disciplinar a prestação de serviços nos hospitais públicos.
A Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF) avalia os quase dois anos de expansão das Unidades Locais de Saúde (ULS) como “acidentados” num país onde as assimetrias criaram integração de cuidados “muito diferente nos vários locais”.
Elementos do Departamento de Investigação Criminal (DIC) da PSP do Porto terminaram ao início desta manhã de realizar buscas a “várias residências dos Super Dragões no distrito do Porto, avançou fonte da PSP do Porto.