“Não fiz nada que o secretário de Estado não soubesse” diz a ex-secretária sobre o caso gémeas

A ex-secretária de António Lacerda Sales disse esta sexta-feira que não fez nada que o antigo secretário de Estado da Saúde não soubesse, revelando que teve orientações para contactar Nuno Rebelo de Sousa e hospital sobre as gémeas luso-brasileiras.

© Folha Nacional

“Eu não fiz nada que o secretário de Estado da Saúde não soubesse”, afirmou Carla Silva, após ser questionada pelo deputado do PS João Paulo Correia na comissão parlamentar de inquérito ao caso das gémeas tratadas em 2020 no Hospital de Santa Maria (Lisboa) com o medicamento Zolgensma.

De acordo com o relatório da Inspeção Geral de Atividades em Saúde (IGAS), sobre este caso, foi Carla Silva quem contactou o Hospital de Santa Maria para marcar a consulta das gémeas – uma informação já negada por Lacerda Sales.

No relatório, o IGAS explicou que Carla Silva remeteu informações como “a identidade das crianças, data de nascimento, diagnóstico e datas em que os pais poderiam estar presentes” para o Hospital de Santa Maria sob orientação do ex-secretário de Estado. Hoje, no parlamento, a ex-secretária de Lacerda Sales adiantou que entrou em contacto com o filho do Presidente da República, Nuno Rebelo de Sousa, a pedido do ex-governante do gabinete da então ministra da Saúde Marta Temido.

“O secretário de Estado [da Saúde] pediu para contactar Nuno Rebelo de Sousa. Eu contactei Nuno Rebelo de Sousa, identifiquei-me e pedi os dados clínicos [das crianças], e depois encaminhei o email para Ana Isabel Lopes”, que era responsável pelo departamento de pediatria do Hospital de Santa Maria, disse aos deputados.

Últimas de Política Nacional

O CHEGA alcançou um novo marco na sua curta, mas ascendente história política: ultrapassou os 70.000 militantes, reforçando a sua posição como uma das maiores forças partidárias em Portugal. Com este crescimento, o partido liderado por André Ventura aproxima-se do objetivo declarado de se tornar o maior partido português em número de militantes.
O Presidente do CHEGA anunciou que vai pedir a audição do governador do Banco de Portugal no parlamento, depois de questionar se a divulgação das previsões económicas depois as eleições teve como objetivo favorecer o Governo.
O líder do CHEGA acusou o primeiro-ministro de querer trair a votação dos portugueses nas últimas eleições legislativas e avisou que o seu partido "não vai fazer acordos, como outros fizeram", se estiverem em causa "políticas erradas".
O Ministério Público instaurou um inquérito ao caso de uma cirurgia que Hugo Soares, líder parlamentar do PSD, realizou no ano passado no Hospital de Santo António, no Porto, confirmou hoje à Lusa a Procuradoria-Geral da República (PGR).
Mais dois nomes estão na ribalta por corrupção e não só. E o que não surpreende, nem ao CHEGA, nem a ninguém, é serem nomes ligados ao PS e PSD.
O CHEGA avisou, mas ninguém ouviu. A imigração está a escalar em Portugal e agora é o próprio Governo e a AIMA que admitem.
A distribuição dos lugares no hemiciclo da Assembleia da República continuou hoje sem reunir consenso na conferência de líderes e será agora alvo de um projeto de deliberação elaborado pelo presidente da Assembleia da República.
O líder do CHEGA, André Ventura, criticou hoje a recondução das ministras da Justiça e da Saúde no novo Governo e acusou o primeiro-ministro de "teimosia", dizendo que esperava mudanças em "áreas-chave".
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, conta receber hoje o primeiro-ministro, Luís Montenegro, para lhe apresentar a composição do XXV Governo Constitucional, ao qual prevê dar posse na quinta-feira.
O deputado do PSD José Pedro Aguiar-Branco foi hoje reeleito presidente da Assembleia da República, com 202 votos a favor, 25 brancos e três nulos, na primeira reunião plenária da XVII Legislatura.