Netanyahu exige segurança de Israel para aceitar trégua com Hezbollah

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, disse aos enviados norte-americanos que hoje visitaram Jerusalém que qualquer discussão para um cessar-fogo com grupo xiita libanês Hezbollah terá como prioridade a segurança de Israel.

© Facebook Israel Reports

“A questão principal (…) é a capacidade e a determinação de Israel em fazer cumprir o acordo e impedir qualquer ameaça à sua segurança por parte do Líbano” para permitir o regresso das pessoas deslocadas ao norte do país, disse o líder israelita aos enviados dos Estados Unidos da América (EUA, um aliado tradicional de Telavive), Amos Hochstein e Brett McGurk, segundo um comunicado divulgado pelo gabinete de Netanyahu.

Antes do encontro com o primeiro-ministro, os dois enviados da Casa Branca (presidência norte-americana) para o Médio Oriente tinham sido recebidos pelo ministro da Defesa israelita, Yoav Gallant.

“As discussões centraram-se nos desafios e oportunidades estratégicas na região, nomeadamente nos acordos de segurança relacionados com a zona norte (de Israel) e no Líbano”, referiu a mesma nota do gabinete governamental, indicando ainda que Netanyahu abordou também o conflito em curso na Faixa de Gaza.

Sobre esta situação, o governante insistiu na necessidade de garantias sobre a libertação dos reféns ainda retidos no enclave palestiniano pelo grupo extremista Hamas.

O fogo cruzado fronteiriço entre o grupo xiita libanês Hezbollah e Israel, iniciado em 08 de outubro de 2023, evoluiu nas últimas semanas para uma situação de guerra, com bombardeamentos constantes das forças israelitas, que também têm efetuado incursões terrestres.

Os ataques israelitas mataram dirigentes de topo do Hezbollah e têm provocado a fuga de dezenas de milhares de pessoas, tanto para outras zonas do Líbano como para a Síria. Os números citados pelas agências internacionais apontam para mais de 1,2 milhões de deslocados.

Mais de 2.700 pessoas foram mortas no Líbano por ataques israelitas desde outubro de 2023, principalmente desde 23 de setembro deste ano quando se iniciaram os bombardeamentos de Israel contra o sul e o leste do país e Beirute, a capital libanesa.

O Hezbollah iniciou ataques contra o norte de Israel a partir do sul do Líbano em apoio ao Hamas, um dia depois de um ataque do grupo extremista palestiniano ter desencadeado uma ofensiva israelita na Faixa de Gaza.

O ataque do Hamas em Israel causou cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns.

Após o ataque, Israel desencadeou uma ofensiva em grande escala na Faixa de Gaza, que já provocou mais de 43 mil mortos, na maioria civis, e um desastre humanitário, desestabilizando toda a região do Médio Oriente.

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