EUA encerram embaixada em Kiev por receio de ataque aéreo russo

A embaixada dos Estados Unidos em Kiev vai encerrar depois de ter sido alertada para um "possível ataque aéreo significativo" contra a Ucrânia, após Moscovo ter ameaçado responder ao uso de mísseis norte-americanos de longo alcance contra território russo.

© D.R.

A embaixada dos Estados Unidos diz que “recebeu informações precisas sobre um possível ataque aéreo significativo no dia 20 de novembro”, indica o portal oficial da legação diplomática.

“Como medida de precaução, a embaixada vai ser encerrada e os funcionários da embaixada são aconselhados a procurar abrigo em caso de ataque”, refere a mesma nota, recomendando aos cidadãos dos Estados Unidos na Ucrânia para procurarem abrigo em caso de alerta aéreo.

Pouco depois do anúncio dos Estados Unidos, a embaixada espanhola em Kiev anunciou que não vai prestar serviços durante o dia de hoje devido ao “risco acrescido de ataques aéreos em toda a Ucrânia”, anunciou a delegação diplomática numa mensagem eletrónica enviada aos espanhóis residentes na Ucrânia.

Numa mensagem de correio eletrónico enviada aos residentes espanhóis, a embaixada de Madrid em Kiev recomenda a tomada de medidas de segurança como a procura de um abrigo antiaéreo.

 Na terça-feira, o chefe da diplomacia russa, Sergei Lavrov, referiu-se a uma resposta aos disparos ucranianos de mísseis ATACMS (MGM-140 Army Tactical Missile System) norte-americanos contra a Rússia, denunciando o que classificou como “envolvimento dos Estados Unidos”.

“Veremos isto como uma nova fase da guerra ocidental contra a Rússia e reagiremos em conformidade”, afirmou aos jornalistas no Rio de Janeiro, Brasil, após a reunião do G20.

O Exército ucraniano atacou a região fronteiriça russa de Briansk com os mísseis norte-americanos ATACMS, disse um alto funcionário ucraniano à Agência France Presse após o anúncio de Moscovo.

No domingo, Washington autorizou a Ucrânia a atacar o território russo com os mísseis de longo alcance fornecidos pelos Estados Unidos, dando assim resposta a um pedido de Kiev.

Últimas de Política Internacional

A Venezuela tem 1.074 pessoas detidas por motivos políticos, segundo dados divulgados na quinta-feira pela organização não-governamental (ONG) Encontro Justiça e Perdão (EJP).
Na quarta-feira, o primeiro governo liderado por uma mulher em Itália cumpre três anos de mandato (iniciado a 22 de outubro de 2022).
A Polónia aprovou uma nova lei que isenta do pagamento de imposto sobre o rendimento todas as famílias com pelo menos dois filhos e rendimentos anuais até 140 mil zlótis (cerca de 33 mil euros).
O Parlamento Europeu (PE) adotou hoje legislação que facilita a retirada do direito de viajar sem visto para a União Europeia (UE) a partir de países que apresentem riscos de segurança ou violem os direitos humanos.
A Comissão Europeia disse hoje apoiar o plano do Presidente norte-americano, Donald Trump, para acabar com o conflito em Gaza, quando se assinalam dois anos da guerra e negociações indiretas estão previstas no Egito entre Israel e o Hamas.
O primeiro-ministro francês, Sébastien Lecornu, apresentou hoje a sua demissão ao Presidente, Emmanuel Macron, que a aceitou, anunciou o Palácio do Eliseu num comunicado, mergulhando a França num novo impasse político.
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, vai encontrar-se com o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, ao início da tarde, em Copenhaga, na Dinamarca, para uma reunião bilateral.
A presidente da Comissão Europeia saudou hoje o plano do Presidente norte-americano, Donald Trump, para terminar com a guerra em Gaza e que já tem aval israelita, indicando que a União Europeia (UE) “está pronta para contribuir”.
O partido pró-europeu PAS, da Presidente Maia Sandu, venceu as eleições legislativas na Moldova com mais de 50% dos votos, e deverá manter a maioria absoluta no Parlamento, segundo resultados oficiais após a contagem de 99,52% dos votos.
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, questionou hoje a utilidade das Nações Unidas, acusando a organização de não o ter ajudado nos esforços para resolver os conflitos no mundo, e criticou o reconhecimento da Palestina.