Fatura da água difere entre concelhos e pode chegar até 650 euros

Um estudo divulgado pela DECO PROTESTE revela uma disparidade no valor pago pela água entre concelhos, que pode atingir os 650 euros.

© D.R.

A análise, que abrangeu os 308 municípios portugueses, conclui que “as diferenças nas faturas podem chegar a centenas de euros para o mesmo nível de consumo anual, comprometendo o acesso equitativo a serviços essenciais”.

O estudo baseou-se nas tarifas em vigor a junho de 2024, excluindo IVA, a Taxa de Recursos Hídricos (TRH) e a Taxa de Gestão de Resíduos (TGR), sendo consideradas duas situações de consumo anual: 120 m³ e 180 m³.

Nos consumos anuais de 180 m³, os cinco concelhos com as faturas mais altas são: Fundão, Oliveira de Azeméis, Santa Maria da Feira, Amarante e Espinho. Do outro lado da balança, Vila Nova de Foz Côa, Castro Daire, Terras do Bouro, Vila Flor e Vila Nova de Paiva registam os valores mais baixos.

No caso de consumos anuais de 120 m³, os concelhos onde as faturas são mais elevadas são Amarante, Oliveira de Azeméis, Ovar, Albergaria-a-Velha e Baião. No entanto, os cinco concelhos com os valores mais reduzidos coincidem com os de 180 m³: Vila Nova de Foz Côa, Castro Daire, Terras do Bouro, Vila Flor e Vila Nova de Paiva.

A associação de defesa ao consumidor salienta que não há explicação válida para esta disparidade e destaca positivamente a intenção da Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR) de regulamentar, avaliar e auditar a definição e aplicação de tarifas.

“A DECO PROTESTE sempre rejeitou aumentos de preços em sistemas ineficientes ou justificados por fenómenos como a seca ou inundações. Uma maior regulação e consequente harmonização permitirá mais justiça no acesso a serviços essenciais”, afirmou a porta-voz da DECO.

Últimas de Economia

A economia portuguesa vai crescer 1,9% em 2025 e 2,2% em 2026, prevê a Comissão Europeia, revendo em alta a estimativa para este ano e mantendo a projeção do próximo.
A Comissão Europeia prevê que Portugal vai registar um saldo orçamental nulo este ano e um défice de 0,3% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2026, segundo as projeções divulgadas hoje, mais pessimistas do que as do Governo.
A taxa de juro no crédito à habitação desceu 4,8 pontos para 3,180% entre setembro e outubro, acumulando uma redução de 147,7 pontos desde o máximo de 4,657% em janeiro de 2024, segundo o INE.
A Comissão Europeia estimou hoje que a inflação na zona euro se mantenha em torno dos 2%, a meta do Banco Central Europeu (BCE) para estabilidade de preços, até 2027, após ter atingido recordes pela guerra e crise energética.
A Comissão Europeia previu hoje que o PIB da zona euro cresça 1,3% este ano, mais do que os 0,9% anteriormente previstos, devido à “capacidade de enfrentar choques” face às ameaças tarifárias norte-americanas.
Mais de 20 contratos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) foram considerados irregulares pelo Tribunal de Contas (TdC), tendo os processos seguido para apuramento de responsabilidades financeiras, avançou à Lusa a presidente da instituição.
Os Estados Unidos suspenderam as negociações de um acordo comercial com a Tailândia devido às tensões na fronteira com o Camboja, após Banguecoque suspender um entendimento de paz assinado em outubro com a mediação do Presidente norte-americano.
A despesa do Serviço Nacional de Saúde (SNS) com medicamentos nos hospitais subiu quase 15%, entre janeiro e setembro, de acordo com dados hoje publicados pelo Infarmed.
O Instituto Nacional de Estatística (INE) confirmou hoje que a taxa de inflação homóloga foi de 2,3% em outubro, menos 0,1 pontos percentuais do que a verificada em setembro.
O número de passageiros movimentados nos aeroportos nacionais aumentou 4,8% até setembro, face ao mesmo período de 2024, para 57,028 milhões, segundo dados divulgados hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).