Trump assegura que EUA não se envolverão na crise da Síria

O Presidente eleito dos EUA, Donald Trump, anunciou hoje que não vai envolver o seu país na crise na Síria - com a ofensiva lançada por rebeldes contra o regime - e culpou o ex-Presidente Barack Obama pela situação.

© Facebook de Donald J. Trump

Numa mensagem na rede social Truth Social, Trump escreveu que “os combatentes da oposição síria, num movimento sem precedentes, assumiram o controlo de várias cidades durante uma ofensiva muito bem coordenada e estão agora nos arredores de Damasco para executar, claro, uma grande operação para acabar com Al-Assad”, referindo-se ao ataque dos ‘jihadistas’ contra o Presidente sírio, Bashar al-Assad.

Trump acusa Obama de ter sido incapaz de “honrar os seus compromissos” na Síria e de deixar a situação nas mãos da Rússia, “que está tão envolvida na Ucrânia que parece incapaz de parar esta marcha, literalmente falando, através da Síria, um país que protegeram durante anos”.

Trump defende que a decisão da oposição de expulsar Al-Assad e as forças russas do país “é possivelmente a melhor coisa que pode acontecer” a Moscovo.

“Na realidade, a Síria nunca trouxe grandes ganhos para a Rússia. Talvez seja o melhor que lhes podia acontecer. Serviu apenas para fazer Obama parecer estúpido”, acrescentou o Presidente eleito, que tomará posse no próximo mês.

Trump considera que a Síria “é um desastre” e que, uma vez que “não é um país amigo”, os Estados Unidos “não devem ter nada a ver com isto”.

“Esta luta não é nossa. Deixemos acontecer o que tem de acontecer. Não nos vamos envolver”, conclui o Presidente republicano eleito.

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