Azerbaijão diz que Rússia prometeu punir responsáveis por queda de avião

A procuradoria-geral do Azerbaijão disse hoje que a Rússia prometeu identificar e punir os envolvidos na queda de um avião comercial do Azerbaijão na quarta-feira, que Baku acredita ter sido atingido por fogo russo.

© D.R.

De acordo com o procurador-geral do Azerbaijão, Kamran Aliyev, o chefe do Comité de Investigação Russo, Alexander Bastrykin, disse-lhe que “estão a ser tomadas medidas intensivas para identificar os culpados e responsabilizá-los criminalmente pelas suas ações”.

Moscovo prometeu ainda “realizar uma investigação completa, exaustiva e objetiva” deste acidente, além das investigações realizadas no Cazaquistão, onde o avião caiu, adiantou a procuradoria do Azerbaijão, em comunicado de imprensa.

A Rússia rejeitou qualquer responsabilidade neste acidente, que provocou 38 mortos, apesar das acusações feitas pelo Azerbaijão.

Segundo a procuradoria do Azerbaijão, Moscovo prestou “o apoio necessário aos procuradores enviados para Grozny”, a capital da Chechénia, onde o avião tentou aterrar sem sucesso por duas vezes antes de se despenhar em Aktau, do outro lado do Mar Cáspio.

Estão também a ser realizadas investigações no local do acidente “com a participação de investigadores profissionais e especialistas do Azerbaijão, Cazaquistão, Rússia e Brasil”, sendo este último país o fabricante dos aviões da Embraer.

O Presidente do Azerbaijão, Ilham Aliev, disse no domingo que o avião da Azerbaijan Airlines, que voava de Baku para Grozny, esteva “sob fogo” em território russo e acusou Moscovo de querer esconder a sua responsabilidade pelo acidente.

Ilham Aliev exigiu um pedido público de desculpas e indemnizações.

O Presidente russo, Vladimir Putin, pediu desculpas a Aliyev no sábado e admitiu que foram feitos disparos de defesa aérea no dia da queda devido a um ataque de drones ucranianos, mas sem reconhecer que o avião tinha sido atingido.

Últimas de Política Internacional

A Venezuela tem 1.074 pessoas detidas por motivos políticos, segundo dados divulgados na quinta-feira pela organização não-governamental (ONG) Encontro Justiça e Perdão (EJP).
Na quarta-feira, o primeiro governo liderado por uma mulher em Itália cumpre três anos de mandato (iniciado a 22 de outubro de 2022).
A Polónia aprovou uma nova lei que isenta do pagamento de imposto sobre o rendimento todas as famílias com pelo menos dois filhos e rendimentos anuais até 140 mil zlótis (cerca de 33 mil euros).
O Parlamento Europeu (PE) adotou hoje legislação que facilita a retirada do direito de viajar sem visto para a União Europeia (UE) a partir de países que apresentem riscos de segurança ou violem os direitos humanos.
A Comissão Europeia disse hoje apoiar o plano do Presidente norte-americano, Donald Trump, para acabar com o conflito em Gaza, quando se assinalam dois anos da guerra e negociações indiretas estão previstas no Egito entre Israel e o Hamas.
O primeiro-ministro francês, Sébastien Lecornu, apresentou hoje a sua demissão ao Presidente, Emmanuel Macron, que a aceitou, anunciou o Palácio do Eliseu num comunicado, mergulhando a França num novo impasse político.
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, vai encontrar-se com o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, ao início da tarde, em Copenhaga, na Dinamarca, para uma reunião bilateral.
A presidente da Comissão Europeia saudou hoje o plano do Presidente norte-americano, Donald Trump, para terminar com a guerra em Gaza e que já tem aval israelita, indicando que a União Europeia (UE) “está pronta para contribuir”.
O partido pró-europeu PAS, da Presidente Maia Sandu, venceu as eleições legislativas na Moldova com mais de 50% dos votos, e deverá manter a maioria absoluta no Parlamento, segundo resultados oficiais após a contagem de 99,52% dos votos.
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, questionou hoje a utilidade das Nações Unidas, acusando a organização de não o ter ajudado nos esforços para resolver os conflitos no mundo, e criticou o reconhecimento da Palestina.