“O operacional foi abordado por residentes de um acampamento localizado perto do poço que pertence à anarquia que também queriam retirar água”, cita o CM.
As agressões “violentas com uma barra de madeira” tomaram lugar logo após o bombeiro ter informado o grupo em questão de que tal só era possível com a autorização da autarquia. O bombeiro foi transportado para o hospital de Beja com ferimentos graves nas costas e na cabeça.
Mas estes tipos de agressões são corriqueiros e são vários os relatos de agressões feitas contra Bombeiros portugueses, em horário de trabalho, que impedem, por vezes, que estes profissionais possam exercer as suas funções na sua plenitude.
“Queria lamentar profundamente que a comunidade cigana continue a ter impunidade em Portugal. É um caso atrás de outro, enquanto o país adormece e vira para o lado, sem perceber que há um problema real que tem de ser resolvido”, declarou André Ventura. Para o líder do CHEGA, “há um problema profundo de impunidade com
a comunidade cigana. De desrespeito profundo, alicerçado em décadas.” Por essa razão, sublinhou: “Não queremos impunidade para ninguém.”
Um desses exemplos de agressões a bombeiros remonta à noite de Natal, de 2022, quando dois bombeiros e dois GNR ficaram feridos depois de os bombeiros terem sido acionados para
uma agressão na freguesia de Mazarefes. “Ao socorrer o homem agredido, a família da vítima recebeu o socorro com violência”, relataram. “A GNR
foi chamada ao local sendo que dois agentes também terminaram feridos resultando na detenção do pai e irmão do homem agredido.”
Um outro caso mais recente, aconteceu em Vila Nova de Famalicão, quando os Bombeiros Voluntários de Riba de Ave foram chamados à freguesia de
Carreira, para prestar socorro a um indivíduo agredido. No fim da ocorrência, “já com a vítima no interior da ambulância, o suposto agressor entendeu ameaçar os bombeiros com uma arma de fogo e partir um vidro lateral da viatura”, contaram.
As agressões a bombeiros estendem-se até ao combate de incêndios, tal como aconteceu no ano passado, em Resende, quando um bombeiro ficou ferido num braço após ter sido atacado com uma forquilha por um popular. O agressor com mais de 50 anos, “foi detido pela GNR que imediatamente chegou ao local, até porque andavam no teatro de operações”. Perante este cenário, o Presidente do CHEGA considerou ser importante “alertar o poder político, parlamentar, governamental e presidencial” e, por isso, enviou uma carta ao Presidente da República para analisar a situação da segurança em Portugal, defendendo que Marcelo Rebelo de Sousa deve abordar o “estado de insegurança brutal” que se vive no nosso país.
“Era importante que fosse aconselhado ou pelo menos que ouvisse as forças vivas da sociedade sobre o que se passa em Portugal em matéria de segurança”, declarou o líder do CHEGA.
“É tempo que o mais alto magistrado da nação, que noutros momentos falou sobre tudo e mais alguma coisa, tenha a coragem, mesmo que não seja politicamente correto, de dizer aos portugueses que vivemos tempos de insegurança e que tudo fará para combater essa insegurança”, acrescentou.