Anos sem trabalho ou regresso ao IRS dos pais não contam para os 10 do IRS Jovem

Os anos em que os jovens ficam sem trabalho ou voltam a integrar a declaração anual do imposto como dependentes interrompem a contagem dos 10 anos durante os quais é possível beneficiar do IRS Jovem, esclareceu a AT.

© Folha Nacional

Esta informação consta de um prospeto sobre o IRS Jovem, agora disponibilizado pela Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) no qual são dados vários exemplos sobre como deve ser feita a contagem dos 10 anos durante os quais se pode beneficiar deste regime – estando este número de anos ligado ao limite etário do beneficiário que são os 35 anos de idade.

Assim, um jovem que tenha começado a trabalhar em 2017, quando tinha 20 anos, e tenha interrompido o trabalho (após cinco anos numa empresa) para ser bolseiro de investigação nos anos de 2022 a 2024, entra em 2025 como estando no 6.º ano do IRS Jovem, o que lhe permite beneficiar de uma isenção de imposto sobre 50% do seu rendimento.

Da mesma forma, um jovem que terminou o doutoramento em 2023, com a idade de 29 anos (a 31/12/2023), tendo obtido rendimentos da categoria A no ano de 2024, mas que em 2025 fique desempregado, pode ‘apanhar’ o IRS Jovem em 2026 (se voltar a trabalhar) como estando no 2.º ano do benefício, ou seja, com isenção sobre 75% do rendimento.

Caso tenha trabalhado (e declarado IRS sozinho) nos anos 2017, 2018, 2019 e 2020; tenha voltado a ser considerado como dependente fiscal dos pais em 2021 e voltado a trabalhar (e a entregar declaração de IRS sozinho) em 2022, 2023 e 2024, é considerado como estando no 8.º ano do IRS Jovem em 2025.

O IRS Jovem entrou em 2025 com novas regras, contemplando um maior número de pessoas, com até 35 anos, incluindo as que até agora não estavam abrangidas, uma vez que o benefício deixa de estar ligado à conclusão de ciclos de estudos, além de passar a estar disponível por 10 anos (até agora eram cinco).

No modelo agora em vigor, o IRS Jovem contempla uma isenção de 100% no 1.º ano de obtenção de rendimentos, de 75% do 2.º ao 4.º ano, de 50% do 5.º ao 7.º ano e de 25% nos três anos restantes

A informação disponibilizada pela AT mostra também que quem tenha beneficiado do regime de IRS Jovem que vigorou até 2024, entra agora no novo regime, enquadrando-se no escalão de isenção correspondente ao ano de trabalho em que se encontra.

Os jovens que reúnem condições para beneficiar do IRS Jovem podem pedir à entidade empregadora para fazer a retenção na fonte já tendo em conta o ‘escalão’ de isenção em que se enquadram.

Em alternativa, podem manter a retenção na fonte ‘normal’ e fazer a opção pelo IRS Jovem quando preencherem a declaração anual do imposto, sendo o valor que descontaram a mais devolvido via reembolso.

Últimas de Economia

O escândalo da privatização da TAP volta a rebentar: o Ministério Público constituiu quatro arguidos por suspeitas de que a companhia aérea foi comprada… com o próprio dinheiro da TAP. A operação 'Voo TP789' desencadeou 25 buscas explosivas e está a abalar o setor da aviação nacional.
A taxa de inflação homóloga fixou-se, em outubro, nos 2,1% na zona euro, confirmou hoje o Eurostat, indicando que na União Europeia (UE) foi de 2,5%, com Portugal a apresentar a sexta menor (2,0%).
A Polícia Judiciária realizou hoje várias buscas no âmbito da privatização da TAP em 2015.
O Conselho Económico e Social (CES) considera "insuficiente o grau de clareza" das transferências internas da Segurança Social e recomenda que a Conta Geral do Estado (CGE) "passe a incluir dados detalhados" sobre a Caixa Geral de Aposentações (CGA).
O Banco Central Europeu (BCE) considerou que dez bancos importantes da zona euro tinham em 2025 provisões insuficientes para cobrir os riscos de exposições a crédito malparado, menos oito bancos que na revisão supervisora de 2024.
A Comissão Europeia decidiu hoje impor limites a importações de produtos de ligas de ferro (ferroligas) pela União Europeia (UE), como medida de proteção desta indústria.
O Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos (STI) exigiu hoje o reforço urgente da segurança, após recentes disparos contra serviços de finanças da Grande Lisboa, durante a madrugada, e alertou para o agravamento do clima de segurança nos trabalhadores.
O Ministério Público realizou buscas de grande escala na TAP para investigar suspeitas de corrupção e burla na privatização feita em 2015. O caso, reaberto com novos indícios da Inspeção-Geral de Finanças, ameaça reacender uma das maiores polémicas da empresa.
Nos primeiros nove meses do ano, foram comunicados ao Ministério do Trabalho 414 despedimentos coletivos, mais 60 face aos 354 registados em igual período de 2024, segundo os dados da Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT).
O Banco Central Europeu (BCE) anunciou hoje que vai solicitar mais informações aos bancos sobre os ativos de garantia que permitem mais financiamento.