EUA sancionam entidades chinesas ligadas ao programa de mísseis do Irão

Os Estados Unidos anunciaram hoje sanções contra seis entidades sediadas na China, incluindo Hong Kong, que acusaram de estar envolvidas na aquisição de componentes-chave para programas de 'drones' e mísseis balísticos do Irão.

© D.R.

“A ação de hoje, que se insere na campanha de pressão máxima do Presidente Trump sobre o regime iraniano, visa travar os esforços da entidade iraniana Pishtazan Kavosh Gostar Boshra (PKGB) para reconstituir a sua rede de compras e continuar a obter peças críticas de fornecedores estrangeiros”, frisou o Departamento de Estado norte-americano, em comunicado.

A diplomacia norte-americana garantiu que o Governo Trump vai utilizar “todos os meios disponíveis para expor e travar o crescente desenvolvimento e proliferação de UAV [drones] e mísseis do Irão, que desestabiliza o Médio Oriente e não só”.

“Estes programas produzem mísseis e drones que o Irão utiliza contra os nossos aliados e exporta para os seus grupos terroristas e para a Rússia”, sublinhou ainda.

Segundo um relatório confidencial citado pelas agências internacionais, a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) o Irão aumentou “de forma muito preocupante” as suas reservas de urânio enriquecido a 60%, um limiar próximo dos 90% necessários para fabricar uma arma nuclear.

Em 2015, o Irão e as grandes potências chegaram a um acordo que limitava o âmbito e as capacidades do programa atómico iraniano em troca do levantamento das sanções.

Esse acordo foi enfraquecido, primeiro porque os Estados Unidos o abandonaram no primeiro mandato do Presidente Donald Trump e, depois, porque o Irão decidiu ignorar as suas obrigações.

Já na segunda-feira os Estados Unidos tinham anunciado sanções contra 16 entidades e embarcações pelo seu envolvimento na indústria petrolífera do Irão.

“Esta rede de facilitadores de transporte ilícito ofusca e engana o seu papel no carregamento e transporte de petróleo iraniano para venda a compradores na Ásia. Já embarcou dezenas de milhões de barris de crude no valor de centenas de milhões de dólares”, apontou o Departamento de Estado.

O Presidente iraniano Massoud Pezeshkian acusou no início de fevereiro o seu homólogo norte-americano de querer “colocar a República Islâmica de rastos”.

“Trump diz ‘queremos falar [com o Irão]’, e assina num memorando conspirações para pôr a nossa Revolução de rastos”, disse Pezeshkian a uma multidão reunida em Teerão.

O chefe de Estado iraniano referia-se a um texto assinado dias antes pelo Presidente norte-americano que prevê novas sanções contra Teerão, sobretudo contra o setor petrolífero.

Esta política já tinha sido aplicada durante o seu primeiro mandato, com o objetivo de impedir que o país persa adquira uma arma nuclear e de forma a limitar as exportações de petróleo.

O Presidente dos Estados Unidos disse estar a assinar o documento porque “o mundo inteiro quer” e garantiu esperar não ter de o usar.

Trump indicou que está disposto a negociar com Teerão e até mesmo a conversar com o Presidente iraniano.

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