Chega anuncia que votará contra eventual moção de confiança ao Governo

O presidente do CHEGA anunciou hoje que o partido votará contra uma eventual moção de confiança que seja apresentada pelo Governo, argumentando que o primeiro-ministro "não respondeu a nenhuma das questões fundamentais".

© Folha Nacional

Em declarações aos jornalistas na sede do partido, em Lisboa, transmitidas pela RTP, o presidente do CHEGA, André Ventura, afirmou que, embora não tenha reunido com os órgãos do partido, é “consensual e incontornável o sentimento de que é impossível viabilizar a confiança de um primeiro-ministro com este grau de suspeição sobre si próprio”.

“Se o fizéssemos estaríamos a trair tudo aquilo em que acreditamos. Estaríamos a trair toda a história que defendemos e que levou, por exemplo, à queda do governo de Miguel Albuquerque na Madeira”, acrescentou André Ventura.

André Ventura disse também que Montenegro “não respondeu a nenhuma das questões fundamentais que o país, a oposição, os jornalistas, o escrutínio democrático exigiam que respondesse hoje”.

Ventura disse ainda que o primeiro-ministro Luís Montenegro tem “gosto pelo desastre” por querer “ocultar tudo aquilo” por que está a ser escrutinado e “achar que se pode cobrir tudo com um manto de futuras eleições ou de uma futura confiança”.

“Esta é uma crise provocada pela sua falta de transparência, pela sua falta de honestidade e ética e pela miserável tentativa final de manipular os portugueses apelando a sentimentos familiares e pessoais”, atirou.

O primeiro-ministro admitiu hoje avançar com uma moção de confiança ao Governo se os partidos da oposição não esclarecerem se consideram que o executivo “dispõe de condições para continuar a executar” seu o programa.

Últimas de Política Nacional

Cristina Vaz Tomé, antiga secretária de Estado da Gestão da Saúde, será nomeada presidente do conselho de administração do Metro de Lisboa. A informação foi avançada esta segunda-feira pela revista Sábado e marca a primeira escolha do novo Governo de Luís Montenegro para a liderança daquela empresa pública, que até agora mantinha uma administração nomeada pelo anterior executivo de António Costa.
A CGD venceu em tribunal uma ação contra Joaquim Barroca, ex-líder do Grupo Lena, e a sua ex-mulher, por causa de uma venda simulada de uma casa de luxo. A moradia foi vendida em 2017 por 148 mil euros, mas Barroca manteve o direito de lá viver. O tribunal considerou a transação inválida e ordenou a devolução do imóvel ao banco público.
O presidente do CHEGA disse hoje que tem um “princípio de acordo” com a AD quanto a algumas linhas orientadoras para mudar a lei da nacionalidade, assumindo houve o “compromisso de bloquear uma série de audições” pedidas pela esquerda.
Apesar do sucessivo boicote dos partidos do Sistema, André Ventura quer alterar o Código Penal, permitindo que crimes como a corrupção, o homicídio e a violação possam ser criminalmente perseguidos a qualquer momento.
O Estado está a virar as costas aos seus próprios cidadãos, deixando os portugueses em segundo plano enquanto promove uma política de privilégios para quem pouco ou nada contribuiu.
A proposta de lei do Governo para baixar as taxas de IRS em 2025 foi aprovada hoje na especialidade com os votos a favor do PSD, CDS-PP, CHEGA e IL.
O CHEGA vai pedir a realização de um debate de urgência na sexta-feira sobre a privatização parcial da TAP para que o Governo explique ao parlamento os contornos do negócio, anunciou hoje o presidente do partido.
PSD, CHEGA, IL e CDS-PP defenderam hoje o agravamento das penas da ocupação ilegal de habitações, enquanto os partidos da esquerda consideraram que se trata apenas de perceções e acusaram a direita de populismo.
A necessidade de uma comissão de inquérito ao INEM uniu hoje vários partidos no parlamento, com a bancada do PSD a considerar a sua criação precipitada, mas a não se opor à proposta apresentada pela Iniciativa Liberal.
A ministra da Justiça reconheceu hoje ter existido uma fragilidade na fuga de dois reclusos no Estabelecimento Prisional de Alcoentre, onde estavam 17 guardas para cerca de 460 detidos, considerando ter-se tratado de uma “mera coincidência”.