Portugal com maior preço da UE de gás doméstico em paridade de poder de compra

O preço médio do gás doméstico na União Europeia (UE) aumentou, no segundo semestre de 2024, para 12 euros/100 kWh, com Portugal a apresentar o mais elevado (16,6 euros) em paridade de poder de compra, divulga o Eurostat.

© D.R.

Na UE, segundo os dados do serviço estatístico europeu, o preço médio do gás para consumo doméstico – incluindo taxas e impostos – aumentou, na segunda metade do ano, para os 12 euros, quer face aos 11,24 euros do período homólogo, quer comparando com os 1,68 euros por 100 kWh registados entre janeiro e junho de 2024.

Este aumento, para o valor mais alto dos preços do gás para uso doméstico desde o início da série (em 2008), interrompeu uma série de três recuos semestrais.

Expresso em paridade de poder de compra, Portugal registou, entre julho e dezembro de 2024, o preço mais alto do gás doméstico (16,6 euros por kWh) – acima do homólogo (16,3 euros) e do semestre anterior (14,42 euros) -, seguido pela Itália (16,49) e Suécia (16,08).

Os preços mais baixos foram, por seu lado, pagos pelos consumidores de gás doméstico na Polónia (4,72 euros por 100 kWh), Hungria (6,67 euros) e Croácia (5,57 euros).

Em euros, a Suécia registou os preços mais elevados, com 18,93 euros por 100 kWh, seguida dos Países Baixos (16,71 euros) e da Itália (15,86 euros), com Portugal no quarto lugar (13,66 euros/kWh).

Em contrapartida, a Hungria (3,20 euros por 100 kWh), a Croácia (4,60 euros) e a Roménia (5,40 euros) registaram os preços mais baixos.

De acordo com o Eurostat, o aumento dos preços do gás para consumo doméstico deve-se, em grande parte, ao aumento dos impostos em muitos países da UE, uma vez que as medidas de alívio anteriores foram reduzidas.

Últimas de Economia

Os consumidores em Portugal contrataram em outubro 855 milhões de euros em crédito ao consumo, numa subida homóloga acumulada de 11,3%, enquanto o número de novos contratos subiu 4%, para 157.367, divulgou hoje o Banco de Portugal (BdP).
O Governo reduziu o desconto em vigor no Imposto Sobre Produtos Petrolíferos (ISP), aplicável à gasolina sem chumbo e ao gasóleo rodoviário, anulando parte da descida do preço dos combustíveis prevista para a próxima semana.
Os pagamentos em atraso das entidades públicas situaram-se em 870,5 milhões de euros até outubro, com um aumento de 145,4 milhões de euros face ao mesmo período do ano anterior, segundo a síntese de execução orçamental.
O alojamento turístico teve proveitos de 691,2 milhões de euros em outubro, uma subida homóloga de 7,3%, com as dormidas de não residentes de novo a subir após dois meses em queda, avançou hoje o INE.
A taxa de inflação homóloga abrandou para 2,2% em novembro, 0,1 pontos percentuais abaixo da variação de outubro, segundo a estimativa provisória divulgada hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
O ‘stock’ de empréstimos para habitação acelerou em outubro pelo 22.º mês consecutivo, com um aumento homólogo de 9,4% para 109.100 milhões de euros, divulgou hoje o Banco de Portugal (BdP).
A proposta de lei de Orçamento do Estado para 2026 foi hoje aprovada em votação final global com votos a favor dos dois partidos que apoiam o Governo, PSD e CDS-PP, e com a abstenção do PS. Os restantes partidos (CHEGA, IL, Livre, PCP, BE, PAN e JPP) votaram contra.
O corte das pensões por via do fator de sustentabilidade, aplicado a algumas reformas antecipadas, deverá ser de 17,63% em 2026, aumentando face aos 16,9% deste ano, segundo cálculos da Lusa com base em dados do INE.
O indicador de confiança dos consumidores diminuiu em novembro, após dois meses de subidas, enquanto o indicador de clima económico aumentou, divulgou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).
Os gastos do Estado com pensões atingem atualmente 13% do PIB em Portugal, a par de países como a Áustria (14,8%), França (13,8%) e Finlândia (13,7%), indica um relatório da OCDE hoje divulgado.