André Ventura espera que Papa Leão XIV seja “sinal de esperança”

O presidente do CHEGA, André Ventura, disse hoje esperar que o novo Papa seja "um sinal de esperança" e de reforma e considerou que Leão XIV pode seguir os passos de Francisco numas causas, mas diferenciar-se noutras.

© D.R.

Em declarações aos jornalistas no concelho de Guimarães, distrito de Braga, André Ventura saudou a escolha do cardeal norte-americano Robert Francis Prevost como novo Papa, manifestando esperança, e considerando que “é um momento importante para a Igreja Católica” e “um dia feliz e é um dia bom para todos os católicos”.

“Acho que é um nome que nos dá esperança de que no futuro possamos ter uma Igreja interventiva em áreas importantes”, afirmou, defendendo que é preciso uma “Igreja firme, forte em matéria de convicções, em todas as áreas, desde a espiritualidade, à imigração, ao acolhimento, ao combate à pobreza”.

À entrada para um jantar-comício, o líder do CHEGA disse esperar que o novo Papa “seja um sinal de reforma para a Igreja” e “de doutrina”.

O líder do CHEGA considerou que “é normal” que um novo Papa siga os passos do seu antecessor, até certo ponto, mas ressalvou que “cada Papa tem a sua marca, cada Papa tem o seu estilo”.

“E eu estou mesmo convencido de que este Papa pode ser um sinal de esperança”, indicou.

Sobre a nacionalidade do novo Papa Leão XIV, o líder do CHEGA recusou que exista “uma simbologia de natureza política”.

“Como crente, acredito que esta é a escolha que a Igreja precisava para este momento, e é a escolha que foi feita num contexto específico, mas que não atende a razões políticas”, sustentou.

O líder do CHEGA defendeu que “há coisas que era importante que a Igreja Católica seguisse” e há outras em que “poderia ser diferente”, como na “questão da imigração na Europa, e também da questão da relação da Igreja Católica com as outras igrejas”.

“Este Papa tem umas condições únicas no mundo, face um contexto de instabilidade e de incerteza, para ser uma voz de esperança, de combate à pobreza, de combate ao privilégio, como foi o Papa Francisco também nessa matéria, mas que possa eventualmente acrescentar um tom diferente em matérias que nós achamos que também devem ser diferentes, como é o caso do combate à imigração ilegal”, defendeu.

Ventura argumentou também que “nos Estados Unidos da América, no Brasil, e noutros países, há um crescimento das igrejas protestantes muito acentuado e muito grande, que a Igreja Católica tem de ser capaz também de lidar e de integrar”.

“Nesse aspeto, eu acho que este Papa pode ser um pouco diferente do Papa Francisco, noutros aspetos espero que siga o seu legado e que siga o seu contributo”, afirmou.

André Ventura admitiu criticar Leão XIV, como fez com Francisco, caso não concorde com alguma posição.

Quanto ao papel do líder da Igreja Católica no contexto geopolítico internacional, André Ventura afirmou que o Vaticano já foi “mediador em conflitos, em imensos conflitos no mundo, com sucesso” e considerou que o “Papa pode ter um papel aqui importante”.

Já no que toca às relações entre os Estados Unidos da América e a Europa, pode “ajudar a estabilizar relações de espiritualidade e de civilização”.

O cardeal norte-americano Robert Francis Prevost, de Chicago, foi hoje eleito papa pelos 133 cardeais reunidos em Roma e assumiu o nome de Leão XIV.

Os cardeais reunidos na Capela Sistina elegeram o 267.º bispo de Roma e também líder da Igreja Católica no segundo dia do conclave.

Robert Francis Prevost, de 69 anos, é o primeiro norte-americano a ser eleito Papa.

Últimas de Política Nacional

Mamadou Ba, dirigente do SOS Racismo e antigo assessor do Bloco de Esquerda, voltou a proferir declarações insultuosas a André Ventura, em reação ao debate televisivo entre Catarina Martins e o candidato presidencial apoiado pelo CHEGA.
A campanha presidencial de Gouveia e Melo volta a cruzar-se com figuras próximas de José Sócrates. Depois de ter manifestado desconforto com o apoio público do antigo primeiro-ministro, novas ligações entre a candidatura e o ex-líder socialista tornam-se agora mais evidentes.
O presidente do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC), Ricardo Penarroias, considera "exacerbada" e "doentia" a vontade do Governo em privatizar a TAP, questionando como pode ser Miguel Pinto Luz a liderar o processo.
O candidato presidencial André Ventura admite que não passar a uma segunda volta das eleições de janeiro será uma derrota e que, se lá chegar, será uma batalha difícil, porque estarão “todos contra” si.
O candidato presidencial, e líder do CHEGA, André Ventura escolhe o antigo Presidente da República Ramalho Eanes e a primeira-ministra italiana Giorgia Meloni como exemplos de liderança.
Um Presidente da República tem de fazer tudo para evitar o envio de jovens militares portugueses para a guerra na Ucrânia, disse hoje o candidato presidencial André Ventura, vincando que a Rússia tem de ser derrotada.
A Câmara de Vila Nova de Gaia revelou hoje ter determinado uma auditoria ao projeto Skyline/Centro Cultural e de Congressos, que levou a tribunal o ex-vice-presidente socialista Patrocínio Azevedo, juntamente com mais 15 arguidos, por suspeitas de corrupção.
O Ministério Público (MP) abriu um inquérito após denúncias de alegadas falsas assinaturas na lista de propositura da candidatura autárquica independente em Boticas, que foi rejeitada pelo tribunal e não foi a eleições.
O Ministério Público acaba de colocar um deputado socialista no centro de mais uma tempestade judicial: Rui Santos, ex-presidente da Câmara de Vila Real e atual deputado do PS, foi formalmente acusado de prevaricação e abuso de poder por alegadamente transformar a empresa municipal Vila Real Social numa peça de xadrez político ao serviço das suas ambições pessoais e partidárias.
A garantia é de Patrícia Almeida, mandatária nacional de André Ventura, deputada à Assembleia da República e militante fundadora do CHEGA. Para a dirigente, o recorde histórico de assinaturas “prova a força real do candidato” e mostra que “o país quer mudança e não teme assumir isso”. Patrícia Almeida assegura que Ventura é “o único capaz de defender os portugueses sem hesitações” e promete uma campanha firme, mobilizadora e “determinada a devolver Portugal aos portugueses”.