CHEGA está disponível para dialogar após as eleições

O líder parlamentar do CHEGA, Pedro Pinto, disse hoje que o partido está disponível para diálogos com outras forças políticas após as eleições legislativas de domingo, nomeadamente com a AD, mas não com Luís Montenegro.

© Folha Nacional

“Não é para qualquer entendimento e muito menos a todo custo, o CHEGA nunca foi assim. O CHEGA é um partido responsável, estamos sempre disponíveis para falar, depende do que é que os portugueses vão decidir e o que nos vão dar no próximo domingo”, afirmou o cabeça de lista por Faro.

Pedro Pinto defendeu que “é para o interesse de todos os portugueses que todos os partidos possam conversar, pelo menos os partidos do mesmo espetro político”.

“Nós não queremos conversar com o Partido Socialista. Com a AD estamos obviamente disponíveis a conversar”, mas sem Luís Montenegro, indicou o deputado, rematando: “Com Luís Montenegro estamos falados”.

Pedro Pinto falava aos jornalistas no arranque de uma visita ao Mercado do Livramento, em Setúbal, que contou com mais de uma centena de apoiantes, mas na qual não esteve André Ventura. Por questões de saúde, o líder do CHEGA vai falhar o encerramento da campanha, mas fez uma video chamada com alguns dirigentes no final desta iniciativa.

Na altura, Pedro Pinto foi também instado a comentar a manchete do Expresso, que refere que o Presidente da República está disposto a adiar a nomeação do primeiro-ministro para dar tempo aos partidos para que negoceiem um Governo que passe no parlamento.

“É perfeitamente normal e é razoável o que diz o Presidente da República, porque também quer dar estabilidade ao país, e nós também queremos. Aliás, o garante da estabilidade nesta campanha eleitoral, o garante da estabilidade do país, é o CHEGA, por isso é que concentrar os votos no CHEGA é o mais importante, porque já se viu que quer o PSD, quer o Partido Socialista, não dão estabilidade ao país”, defendeu o líder parlamentar do Chega.

Pedro Pinto deixou também um derradeiro apelo ao voto neste que é o último dia da campanha para as eleições legislativas de domingo.

“Há três partidos que podem ganhar as eleições, a AD, o PS e o CHEGA. E nós temos que votar no CHEGA, não podemos andar a desperdiçar votos noutros partidos pequenos, noutros partidos que não vão eleger”, sustentou.

Questionado sobre o estado de saúde do líder do partido, Pedro Pinto disse que André Ventura “está a recuperar bem” e “está forte, está em recuperação” e antecipou que estará presente na noite eleitoral.

“O partido não fica frágil porque André Ventura continua a liderar o partido. O André Ventura continua com a sua força a dar-nos as suas indicações e nós também somos o rosto do partido. Agora, obviamente que quem manda é o líder, e ele é o nosso líder, e é ele que nós seguimos. Não é uma questão de fragilidade, acho que o  CHEGA está a dar até o contrário, está a dar uma prova que continuamos na rua sem André Ventura”, defendeu.

O líder parlamentar mostrou-se também convicto de que o CHEGA terá “um grande resultado” e vai ser “a grande surpresa destas eleições”.

Últimas de Política Nacional

O presidente do CHEGA defendeu hoje que a transformação do país se consegue através dos votos e da democracia, não com recurso a violência, e saudou as autoridades pelo desmantelamento de uma milícia armada de extrema-direita.
Os deputados do CHEGA Diogo Pacheco de Amorim e Filipe Melo foram hoje eleitos vice-presidente da Assembleia da República e vice-secretário, respetivamente, depois de terem falhado a primeira eleição.
Três quartos dos 22.200 milhões de euros do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) não tinham execução orçamental no final de 2024, decorrido mais de metade do prazo previsto para a implementação do plano, avança hoje o CFP.
O CHEGA vai voltar a indicar os deputados Diogo Pacheco de Amorim para vice-presidente e Filipe Melo para vice-secretário da Mesa da Assembleia da República na nova eleição que vai decorrer hoje.
O programa do XXV Governo Constitucional é hoje apresentado e discutido na Assembleia da República a partir das 10:00, arrancando com uma intervenção do primeiro-ministro, Luís Montenegro, sem limite de tempo.
O presidente do CHEGA, André Ventura, admitiu hoje avançar com uma comissão parlamentar de inquérito, levantando suspeitas de "atribuição criminosa" da nacionalidade portuguesa.
O deputado municipal do CHEGA Bruno Mascarenhas é o candidato do partido à presidência da Câmara Municipal de Lisboa nas próximas eleições autárquicas, foi hoje divulgado.
A Sedes (Associação para o Desenvolvimento Económico e Social)pediu hoje ao Governo que coloque no centro da ação governativa seis reformas, entre as quais da Segurança Social, fiscal ou da administração pública.
Uma sondagem da Pitagórica para o Jornal de Notícias e a TSF revela que 74 % dos portugueses são a favor da redução do número de deputados na Assembleia da República.
Enquanto Marcelo Rebelo de Sousa dizia que ser português ou imigrante é a mesma coisa e que não há portugueses puros, o líder do CHEGA rejeitou a tentativa de “culpabilização histórica”.