“As posições do Reino Unido e da UE em matéria de política externa e de segurança estão estreitamente alinhadas em muitas questões relacionadas com as perspetivas e os desafios globais, à luz de valores partilhados, incluindo a promoção da democracia e o empenhamento na defesa do direito internacional”, referiu um documento publicado no seguimento da cimeira, a primeira de alto nível desde que Londres saiu do bloco comunitário em 2020.
O pacto visa reforçar a cooperação em questões como o apoio à Ucrânia, iniciativas de segurança e defesa, incluindo a indústria da defesa, mobilidade de equipamento e pessoal e segurança espacial.
A parceria prevê encontros regulares de alto nível e consultas estratégicas entre responsáveis da UE e do Governo britânico, bem como a colaboração em missões de paz, cibersegurança, combate a ameaças híbridas e a proteção de infraestruturas críticas, como cabos de telecomunicações e de eletricidade submarinos.
O pacto não assegura imediatamente o acesso das empresas britânicas da indústria de defesa ao programa militar europeu Ação de Segurança para a Europa (SAFE, na sigla em inglês), que vai mobilizar 150 mil milhões de euros em créditos para a aquisição conjunta de equipamento militar.
Mas esta parceria abre o caminho a negociações sobre os termos da participação nos concursos europeus de aquisição de armamento.
A parceria faz parte de uma série de acordos que vão ser hoje anunciados pelo primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e pelo líder do Conselho Europeu, António Costa, reunidos hoje na capital britânica.