Ventura considera “patetice” José Luís Carneiro dizer que PS continua 2ª força

O presidente do CHEGA, André Ventura, classificou hoje como “uma patetice” o candidato à liderança socialista José Luís Carneiro considerar que o PS se mantém como segunda força política por ter mais votos do que o CHEGA.

EPA/ANTONIO COTRIM

“Até o dr. José Luís Carneiro sabe que isto é uma patetice, porque num sistema representativo que se converte em mandatos, os mandatos à Assembleia da República são a representação da força dos partidos”, afirmou, acusando os socialistas de quererem “enganar as pessoas”.

O líder do CHEGA falava aos jornalistas à saída de uma audiência de menos de uma hora com o Presidente da República, no Palácio de Belém, e voltou a assumir-se como líder da oposição.

André Ventura considerou isto mostra como o PS “não é o partido da alternativa, é o partido da pequena coisa, do lugar”.

“O que está a preocupar o Partido Socialista não é ter perdido um milhão de votos ou deixar de poder influenciar a governação, o que está a preocupar o Partido Socialista é deixar de poder nomear ‘tachos’ para os lugares da administração pública e perder aquilo que se chama o segundo partido”, acusou.

“Meus amigos, levem a bicicleta. Se é isso que gostam de levar bicicletas para casa, levem-nas. Eu estou preocupado em transformar a vida das pessoas”, afirmou, afirmando que o PS está “no mau caminho, à beira do precipício, gosta de pôr o pé ainda mais à frente para continuar a cair mais”.

O candidato à liderança socialista José Luís Carneiro defendeu hoje que o PS, por ter tido mais votos do que o CHEGA, manteve-se como a “segunda força mais importante na relação de confiança com os portugueses”.

Em declarações aos jornalistas após um encontro com a direção da UGT, José Luís Carneiro afirmou que a “maioria dos portugueses escolheu o PS para segundo partido” e que, na definição de quem é a segunda força política, o que conta são o número de votos – porque “cada voto conta” – e não o número de deputados eleitos.

Carneiro disse que esta não é uma opinião sua, mas sim uma questão “aritmética”, concluindo que se o PS teve a candidatura com o segundo maior número de votos é a “segunda força mais importante na relação de confiança com os portugueses”.

O CHEGA tornou-se esta quarta-feira a segunda força política em termos de representação parlamentar, ultrapassando o PS, ao eleger dois dos quatro deputados dos círculos da emigração.

O partido de André Ventura elegeu, no total, 60 deputados, enquanto o PS se fica pelos 58, ao passo que, em número de votos, os socialistas continuam à frente. O PS teve 1.442.194 votos e o CHEGA 1.437.881 votos.

Últimas de Política Nacional

O Tribunal de Contas (TdC) condenou três funcionários da Câmara de Pedrógão Grande por infrações financeiras, no caso relativo ao desvio de dinheiro do município, segundo a sentença à qual a Lusa teve hoje acesso.
O objetivo é simples: perceber quanto dinheiro é gasto independentemente da sua natureza, em cada ministério. A sua implementação? O início da legislatura.
De 58 passaram a 60 deputados, depois de eleger dois novos deputados pelos círculos Fora da Europa e da Europa, ultrapassando o PS que não elegeu nenhum. “Obrigado e parabéns a todos nós!”
O presidente do CHEGA, André Ventura, classificou hoje como “uma patetice” o candidato à liderança socialista José Luís Carneiro considerar que o PS se mantém como segunda força política por ter mais votos do que o CHEGA.
O presidente do CHEGA, André Ventura, disse hoje que o partido não vai acompanhar a moção de rejeição do programa do próximo governo anunciada pelo PCP, considerando que uma nova crise política “é indesejável”.
Henrique Gouveia e Melo, antigo chefe do Estado-Maior da Armada e ex-coordenador da ‘task force’ da vacinação contra a covid-19, apresenta hoje, em Lisboa, a sua candidatura à Presidência da República.
"Esta vitória prova que os emigrantes estão cansados de serem esquecidos por PS e PSD, e reconhecem que só o CHEGA os defende com coragem, com verdade e com determinação”, disse André Ventura.
O CHEGA vai propor uma alteração à Lei de Enquadramento Orçamental para obrigar os governos a apresentar o valor estimado de "desperdício, de desvio e de fraude" em cada ministério.
Os votos dos emigrantes portugueses, que decidirão qual o segundo partido mais votado nas últimas legislativas em Portugal, começam hoje a ser contabilizados em Lisboa, estando marcado o seu apuramento final para quarta-feira.
O presidente do Conselho Regional de Lisboa (CRL) da Ordem dos Advogados (OA) apelou hoje ao Ministério da Justiça que crie uma sala para megajulgamentos em Lisboa, alegando que o Tribunal de Monsanto, na capital, não é solução.