UE reitera que Teerão não deve ter armas nucleares

A chefe da diplomacia europeia sublinhou hoje, junto do Governo iraniano, que a UE "sempre foi clara" na posição de que Teerão não deve ter armas nucleares.

© Facebook de Kaja Kallas

“A UE sempre foi clara: o Irão nunca deve ser autorizado a adquirir uma arma nuclear”, disse Kaja Kallas, numa mensagem nas redes sociais, após ter conversado com o ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Abbas Araghchi.

Para a alta representante da UE para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, “o risco de uma nova escalada na região é perigosamente alto”.

“A diplomacia deve prevalecer”, instou Kaja Kallas, acrescentando: “Somente a diplomacia pode levar a uma solução duradoura. A UE está pronta para apoiá-la”.

O Irão anunciou a morte de mais três cientistas nucleares em ataques israelitas, elevando para nove o número de especialistas do programa nuclear mortos por Israel desde o início dos ataques, na madrugada de sexta-feira.

Até o momento, as autoridades iranianas relataram oficialmente 78 mortos e 320 feridos, enquanto a imprensa iraniana avançou que mais 60 pessoas morreram num ataque a um prédio em Teerão.

O Irão respondeu na noite passada com pelo menos três ataques com mísseis contra Telavive, matando três pessoas e ferindo cerca de 38, segundo a imprensa israelita.

O ataque israelita ao Irão e a resposta do regime de Teerão ameaçam inviabilizar a cimeira do G7, marcada para a cidade canadiana de Kananaskis entre domingo e terça-feira, tendo os conflitos na Ucrânia e em Gaza, bem como a guerra comercial iniciada pelos Estados Unidos, como questões centrais.

Últimas de Política Internacional

O Tribunal Constitucional indicou esta terça-feira que não admitiu as candidaturas às eleições presidenciais de Joana Amaral Dias, Ricardo Sousa e José Cardoso.
A Comissão Europeia anunciou hoje uma investigação formal para avaliar se a nova política da `gigante` tecnológica Meta, de acesso restrito de fornecedores de inteligência artificial à plataforma de conversação WhatsApp, viola regras de concorrência da União Europeia.
O Sindicato de Trabalhadores da Imprensa na Venezuela (SNTP) e o Colégio de Jornalistas (CNP), entidade responsável pela atribuição da carteira profissional, denunciaram hoje a detenção de um jornalista que noticiou a existência de um buraco numa avenida.
O Tribunal Constitucional da Polónia ordenou hoje a proibição imediata do Partido Comunista da Polónia (KPP), alegando que os objetivos e atividades do partido, refundado em 2002, violam a Constituição.
A Administração Trump suspendeu todos os pedidos de imigração provenientes de 19 países considerados de alto risco, dias após um tiroteio em Washington que envolveu um cidadão afegão, anunciou o Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos.
Federica Mogherini, reitora do Colégio da Europa e ex-chefe da diplomacia da União Europeia (UE), foi indiciada pelos crimes de corrupção, fraude, conflito de interesse e violação de segredo profissional, revelou a Procuradoria Europeia.
O Presidente ucraniano apelou hoje para o fim da guerra, em vez de apenas uma cessação temporária das hostilidades, no dia de conversações em Moscovo entre a Rússia e os Estados Unidos sobre a Ucrânia.
O primeiro-ministro de Espanha, Pedro Sánchez, considerou hoje que a situação na Catalunha só se normalizará totalmente se o líder separatista Carles Puigdemont for amnistiado e regressar à região, tendo reconhecido "a gravidade da crise política" que enfrenta.
A Comissão Europeia confirmou hoje que foram realizadas buscas nas instalações do Serviço de Ação Externa da União Europeia (UE), em Bruxelas, mas rejeitou confirmar se os três detidos são funcionários do executivo comunitário.
A ex-vice-presidente da Comissão Europeia e atual reitora da Universidade da Europa Federica Mogherini foi detida hoje na sequência de buscas feitas pela Procuradoria Europeia por suspeita de fraude, disse à Lusa fonte ligada ao processo.