Casal com 2 filhos e 3.000 euros de rendimento poupa 165 euros/ano de IRS

Um casal com dois filhos em que ambos os elementos ganham 1.500 euros mensais terá uma redução anual de 165 euros no IRS pago face ao previsto no OE2025, segundo simulações do Ministério das Finanças.

© Folha Nacional

Esta simulação foi feita tendo em conta a redução adicional das taxas do IRS no valor de 500 milhões de euros, a aplicar-se ainda este ano, com retroativos a janeiro, anunciada na quarta-feira pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro.

A proposta do Governo prevê decréscimos das taxas de IRS de 0,5 pontos percentuais entre o primeiro e terceiro escalões, 0,6 pontos percentuais entre o quarto e sexto e 0,4 pontos percentuais no sétimo e oitavo.

Já face a março de 2024 – somando assim a poupança desta descida do imposto com a poupança fiscal da descida de IRS da lei n.º 33/2024, de 07 de agosto, e com a descida do IRS do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025), em que houve uma atualização dos escalões e do mínimo de existência) – o mesmo casal terá uma poupança total de 694 euros.

Já se se tratar de um casal (ambos titulares e dois dependentes) em que ambos auferem um salário de 1.000 euros, a redução do IRS face ao OE2025 será nula (já que nesta simulação antes desta decida de IRS já não havia qualquer imposto a pagar), enquanto face a março de 2024 será de 423 euros.

Para salários de 2.000 euros (mesmo perfil familiar e considerando sempre valores brutos) a poupança ascenderá a 248 euros face ao OE2025 e a 1.133 euros relativamente a março de 2024, enquanto para ordenados de 2.500 euros se situa nos 332 euros e 1.492 euros, respetivamente, e nos de 3.000 euros nos 414 euros e 1.514 euros, pela mesma ordem.

No caso de apenas um titular sem dependentes, a poupança fiscal anual face ao que vigora no OE2025 varia entre os 34 euros para salários de 1.000 euros e os 207 euros para salários de 3.000 euros.

Já uma simulação para um casal sem dependentes prevê uma poupança fiscal anual, face ao atualmente em vigor, entre 67 euros (quando cada elemento ganha 1.000 euros brutos mensais) e 414 euros (quando o salário de cada titular é de 3.000 euros).

Considerando um pensionista com uma pensão até 1.000 euros (brutos), a poupança fiscal anual face ao OE2025 será de 34 euros, subindo este valor para os 83 euros nas pensões de 1.500 euros, para os 124 euros nas pensões de 2.000 euros, para os 166 euros nas reformas de 2.500 euros e para os 208 euros nas pensões de 3.000 euros.

O Conselho de Ministros aprovou na quarta-feira a proposta de lei para uma redução adicional no IRS no valor de 500 milhões de euros, a aplicar-se ainda este ano, medida que já deu entrada no parlamento.

Em comunicado, o Conselho de Ministros destacou que a proposta aprovada “permite um novo alívio da carga fiscal, reduzindo adicionalmente as taxas marginais em todos os escalões, até ao 8.º escalão”.

Na mesma nota, o Conselho de Ministros sublinhou que o Governo quer “aproximar, o mais possível, o valor do imposto retido àquele que é devido no final”.

“Assim, serão aprovadas novas tabelas de retenção na fonte que refletirão a redução de taxas do IRS, com efeito retroativo a janeiro”, pode ler-se.

Numa entrevista à RTP na quarta-feira à noite, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, destacou que esta será já a terceira descida do IRS em governos que lidera e prometeu “continuar a fazê-lo durante a legislatura”.

De acordo com o comunicado do Conselho de Ministros, esta redução de IRS em todos os escalões, à exceção do mais elevado, permite “aumentar o rendimento disponível, além do que já estava contemplado no Orçamento do Estado para 2025, beneficiando todas as famílias, em especial as da classe média”.

O Governo destacou ainda que, com a redução adicional, os escalões mais baixos e famílias da classe média vão sentir “um alívio fiscal ainda mais significativo face ao que estava previsto para o ano de 2024”.

Últimas de Economia

O Conselho da União Europeia (UE) aprovou hoje o acordo de pescas com o Canadá que duplica para 495 toneladas a quota de bacalhau de Portugal numa divisão da NAFO, reaberta em 2024 após 32 anos de encerramento.
Os ministros das Finanças da União Europeia (UE) devem hoje dar aval a que Portugal invista mais em defesa sem correr o risco de ter procedimento por défice excessivo, aprovando a ativação da cláusula de escape nacional.
A Euribor desceu hoje em todos os prazos em relação a sexta-feira, e a seis meses recuou para um novo mínimo desde 13 de outubro de 2022.
O Presidente dos Estados Unidos Donald Trump ameaçou impor uma tarifa adicional de 10% a qualquer país que se alinhe com as políticas do bloco BRICS, que descreveu como sendo contra Washington.
Os preços homólogos das habitações aumentaram, no primeiro trimestre, 5,4% na área do euro e 5,7% na União Europeia (UE), com Portugal a apresentar o maior aumento (16,3%) entre os Estados-membros, divulga hoje o Eurostat.
Os clientes dos bancos estão a celebrar com maior frequência empréstimos à habitação com taxas de juro mistas, tipologia que abrangeu mais de 80% do total de novos contratos em 2024, segundo o Banco de Portugal.
Os sindicatos que representam os trabalhadores da Altice disseram hoje que as rescisões na empresa já abrangeram cerca de 200 pessoas, segundo um comunicado hoje divulgado.
As transferências de clientes com contas bancárias em Portugal para instituições financeiras localizadas em paraísos fiscais aumentaram em 2024 para cerca de 8.000 milhões de euros, segundo dados publicados no Portal das Finanças.
O Serviço Nacional de Saúde (SNS) registou em 2024 um défice de cerca de 1.377 milhões de euros, representando uma deterioração de 741 milhões relativamente a 2023, anunciou hoje o Conselho das Finanças Públicas (CFP).
O reembolso do IRS totalizou 1.377,4 milhões de euros até maio, abaixo dos 2.020,6 milhões de euros reportados no mesmo período do ano passado, indicou a síntese de execução orçamental.