PSP desmantela organização “altamente sofisticada e perigosa” em operação de tráfico de droga

A PSP anunciou hoje que desmantelou na Grande Lisboa uma organização criminosa “altamente sofisticada e perigosa" numa operação em que apreendeu a maior quantidade de droga de sempre e em que a investigação cumpriu “todos os protocolos” com a PJ.

© Instagram PSP

“Esta é uma investigação que tem alvos sofisticados, como se pode ver pelo volume apreendido de haxixe, armas utilizadas e dinheiro. Foi uma investigação que exigiu muita resiliência, muita entrega e muita minucia ao nível das diligências de investigação”, disse o comandante da Divisão de Investigação Criminal (DIC), Rui Costa, numa conferência de imprensa de balanço final de uma operação de combate ao tráfico de droga na zona da Grande Lisboa.

Nesta operação, que a PSP realizou entre sexta-feira e segunda-feira nas zonas de Alcácer do Sal e concelhos de Almada, Sintra, Seixal e Montijo, foram detidas sete pessoas, que ficaram em prisão preventiva, e apreendidas 5.800 quilos de haxixe, um valor estimado no mercado ilícito superior a vários milhões de euros, nove armas de fogos, entre quais duas metralhadores, 580 mil euros, duas lanchas rápidas e seis embarcações.

O comandante da DIC sublinhou que se trata de “uma organização altamente sofisticada” que exigiu que os polícias tivessem “altamente armados, reforçados, quer na intervenção e na realização de todas as diligências”.

Rui Costa destacou que o grupo criminoso tinham em seu poder pistolas metralhadoras, munições, equipamentos de inibição de sinal, e muitos cuidados de autoproteção, como cães de raça perigosa e videovigilância.

Destacando a complexidade da operação, o comandante da DIC afirmou que esta investigação não é igual às centenas das operações operacionais que a PSP desenvolve em todo o país.

“Esta exigiu um esforço suplementar de reforço de meios, de tecnicidade, de suporte e supervisão”, disse, acrescentando que a investigação vai continuar e poderá ter ramificações internacionais.

O comandante do comando metropolitano de Lisboa (Cometlis) da PSP, Luís Elias, referiu que os arguidos são “fortemente indiciados de integrarem uma organização criminosa que se dedica à aquisição para posterior venda de elevada quantidade de haxixe na zona da Grande Lisboa”.

Luís Elias, disse também que os suspeitos utilizavam instalações para armazenamento do produto estupefaciente, localizadas em zonas facilitadoras do seu transporte por água e possuindo armamento, equipamento de comunicações e apoio logístico que “demonstram um elevado grau de sofisticação e perigosidade”.

O comandante do Cometlis indicou que a investigação foi desenvolvida pela PSP ao longo dos últimos oito meses sob a direção do Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa.

Questionado se esta investigação foi feita à revelia da Polícia Judiciária, que segundo a lei tem a competência reservada para investigar o tráfico de droga, Luís Elias respondeu: “A direção do inquérito compete ao Ministério Público. A PSP enquanto órgão de policia criminal efetuou todo este inquérito, estas investigações, sob a direção do MP e foram cumpridos os protocolos previstos”.

O responsável disse ainda que “foram comunicadas as identidades dos principais suspeitos à PJ em momento oportuno”.

Com esta operação, a PSP está convicta de que “conseguiu interromper o fluxo de distribuição de haxixe para redes criminosas em todo o país”.

Os sete detidos, com idades entre os 27 e os 50 anos e alguns com antecedentes criminais, estão indiciados pelos crimes de tráfico de estupefacientes agravado, associação criminosa e detenção, uso e porte de arma proibida.

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