CHEGA espera eleger entre quatro a sete deputados nos Açores

O presidente do CHEGA/Açores disse hoje esperar eleger entre quatro a sete deputados nas legislativas regionais de 04 de fevereiro e criticou a "contrainformação" sobre a culpa do partido no chumbo do orçamento para 2024.

© Folha Nacional

“Cinquenta e sete deputados, isso é que é um bom resultado. Um resultado matematicamente realista, podemos estar a falar entre quatro a sete deputados, talvez até oito”, afirmou o líder regional do CHEGA, José Pacheco, em declarações aos jornalistas, à margem de uma arruada, em Angra do Heroísmo.

No primeiro dia de campanha, José Pacheco, atual deputado e cabeça de lista pelos círculos eleitorais de São Miguel e da compensação, saiu à rua na ilha Terceira, acompanhado pelo líder nacional do partido, André Ventura, distribuindo canetas e panfletos.

Num domingo à tarde, com poucas pessoas na rua, várias cumprimentaram os dirigentes do CHEGA e até pediram fotografias com André Ventura, mas também houve quem não poupasse nas críticas.

“Quando passar março, já não conhece os Açores”, atirou um homem sentado numa esplanada, dirigindo-se a André Ventura, que respondeu que tem vindo à região “mesmo fora das eleições”.

Questionado sobre se conhecia o deputado dos Açores, o homem disse que o via “sempre a discutir”, mas não sobre “as coisas certas”.

“Vocês são todos iguais. [Estive] três horas à espera de uma ambulância”, afirmou, acrescentando que “ninguém fala na Saúde”.

José Pacheco ainda lembrou que o partido propôs um Cheque Saúde, mas não conseguiu convencer o eleitor.

Em declarações aos jornalistas, antes do contacto com a população, o líder regional do CHEGA disse que há “contrainformação” nas ruas sobre a culpa do partido no chumbo do orçamento da região para 2024, mas que a maioria das pessoas percebe o que se passou.

“Se há partido que menos culpa tem nesta situação toda é o CHEGA e eu explico porquê. Nós abstivemo-nos, nem votámos contra, primeiro ponto. Segundo ponto, na mesma altura, dissemos que estávamos disponíveis para um segundo orçamento, que seria agora em fevereiro”, apontou.

José Pacheco disse que teve várias reuniões com o líder do PSD/Açores e presidente do Governo Regional, José Manuel Bolieiro, e que havia abertura para negociar um segundo orçamento.

“Só conversámos com o PSD, não admito falar com os outros partidos”, acrescentou.

Já André Ventura lançou o repto ao PSD para que esclareça, antes das eleições, se admite viabilizar um governo do PS.

“Se, como as sondagens mostram, o CHEGA deve crescer e podemos ter novamente o PS a crescer, se há três ‘players’ regionais, o PS, o PSD e o CHEGA, é importante dizer o que é que o PSD vai fazer caso haja uma maioria à direita entre PSD e Chega, mas o PS tenha mais um voto do que o PSD. Vai deixar o PS governar?”, questionou.

O Presidente da República decidiu dissolver o parlamento açoriano e marcar eleições antecipadas após o chumbo do Orçamento.

Onze candidaturas concorrem às legislativas regionais: PSD/CDS-PP/PPM (coligação que governa a região atualmente), ADN, CDU (PCP/PEV), PAN, Alternativa 21 (MPT/Aliança), IL, CHEGA, BE, PS, JPP e Livre.

Em 2020, o PS venceu, mas perdeu a maioria absoluta, surgindo a coligação pós-eleitoral de direita, suportada por uma maioria de 29 deputados após assinar acordos de incidência parlamentar com o CHEGA e a IL (que o rompeu em 2023). PS, BE e PAN tiveram, no total, 28 mandatos.

Últimas de Política Nacional

Mamadou Ba, dirigente do SOS Racismo e antigo assessor do Bloco de Esquerda, voltou a proferir declarações insultuosas a André Ventura, em reação ao debate televisivo entre Catarina Martins e o candidato presidencial apoiado pelo CHEGA.
A campanha presidencial de Gouveia e Melo volta a cruzar-se com figuras próximas de José Sócrates. Depois de ter manifestado desconforto com o apoio público do antigo primeiro-ministro, novas ligações entre a candidatura e o ex-líder socialista tornam-se agora mais evidentes.
O presidente do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC), Ricardo Penarroias, considera "exacerbada" e "doentia" a vontade do Governo em privatizar a TAP, questionando como pode ser Miguel Pinto Luz a liderar o processo.
O candidato presidencial André Ventura admite que não passar a uma segunda volta das eleições de janeiro será uma derrota e que, se lá chegar, será uma batalha difícil, porque estarão “todos contra” si.
O candidato presidencial, e líder do CHEGA, André Ventura escolhe o antigo Presidente da República Ramalho Eanes e a primeira-ministra italiana Giorgia Meloni como exemplos de liderança.
Um Presidente da República tem de fazer tudo para evitar o envio de jovens militares portugueses para a guerra na Ucrânia, disse hoje o candidato presidencial André Ventura, vincando que a Rússia tem de ser derrotada.
A Câmara de Vila Nova de Gaia revelou hoje ter determinado uma auditoria ao projeto Skyline/Centro Cultural e de Congressos, que levou a tribunal o ex-vice-presidente socialista Patrocínio Azevedo, juntamente com mais 15 arguidos, por suspeitas de corrupção.
O Ministério Público (MP) abriu um inquérito após denúncias de alegadas falsas assinaturas na lista de propositura da candidatura autárquica independente em Boticas, que foi rejeitada pelo tribunal e não foi a eleições.
O Ministério Público acaba de colocar um deputado socialista no centro de mais uma tempestade judicial: Rui Santos, ex-presidente da Câmara de Vila Real e atual deputado do PS, foi formalmente acusado de prevaricação e abuso de poder por alegadamente transformar a empresa municipal Vila Real Social numa peça de xadrez político ao serviço das suas ambições pessoais e partidárias.
A garantia é de Patrícia Almeida, mandatária nacional de André Ventura, deputada à Assembleia da República e militante fundadora do CHEGA. Para a dirigente, o recorde histórico de assinaturas “prova a força real do candidato” e mostra que “o país quer mudança e não teme assumir isso”. Patrícia Almeida assegura que Ventura é “o único capaz de defender os portugueses sem hesitações” e promete uma campanha firme, mobilizadora e “determinada a devolver Portugal aos portugueses”.