Segundo as estatísticas de fluxos entre estados do mercado de trabalho, do total de pessoas desempregadas no terceiro trimestre, 51,9% continuavam desempregadas no quarto trimestre (169,4 mil), 24,5% passaram a ter emprego (80,0 mil) e 23,5% passaram para a inatividade (76,8 mil).
Já do total de pessoas que estavam empregadas no terceiro trimestre, 95,6% (4.795,2 mil) permaneceram nesse estado no quarto trimestre, enquanto 1,8% passaram para o desemprego (90,9 mil) e 2,6% para a inatividade (129,4 mil).
O INE diz que o resultado é que o fluxo líquido do emprego (total de entradas menos o total de saídas) entre trimestres foi negativo em 35 mil pessoas, enquanto o fluxo líquido do desemprego foi positivo em 28,5 mil pessoas. Assim, o total de pessoas que transitaram para o desemprego (185,2 mil) foi superior ao total das que saíram desse estado (156,8 mil).
Por sexo, estima o INE que 20,3% dos homens desempregados (30,2 mil) e 28,1% das mulheres desempregadas (49,8 mil) no terceiro trimestre transitaram para o emprego no último trimestre. No mesmo período, 22,6% dos homens (33,7 mil) e 24,3% das mulheres (43,1 mil) no desemprego passaram à inatividade.
Ainda do terceiro para o quarto trimestre de 2023, 30,3% dos desempregados de curta duração (62,3 mil) e 14,9% dos inativos pertencentes à “força de trabalho potencial” (22,1 mil) transitaram para o emprego.
No mesmo perídodo passaram para um trabalho por conta de outrem 11,3% das pessoas que tinham um trabalho por conta própria (79,2 mil) e 22,1% das pessoas que se encontravam desempregadas (72,0 mil).
Os dados hoje divulgados indicam também que do total de trabalhadores por conta de outrem que, no terceiro trimestre, tinham um contrato de trabalho com termo ou outro tipo de contrato, 20,6% passaram a ter um contrato sem termo no quarto trimestre (155,1 mil).
Ainda do número de pessoas que, no terceiro trimestre de 2023, tinham um emprego a tempo parcial, 20,7% passaram a trabalhar a tempo completo no quarto trimestre (84,8 mil).
Já comparando 2023 com 2022, o INE indica que do total de pessoas que estavam desempregadas em 2022, 36,0% (114,8 mil) permaneceram nesse estado em 2023, enquanto 41,0% passaram a ter emprego (130,7 mil) e 23,1% passaram para a inatividade (73,6 mil).