A plataforma de vídeos TikTok refutou nesta quinta-feira as críticas da Amnistia Internacional, de ser um “espaço tóxico”, defendendo o trabalho feito para criar “diversas experiências de visualização” e remover conteúdo que viola as políticas da empresa.
A Amnistia Internacional (AI) advertiu na terça-feira que o TikTok “está a tornar-se um espaço cada vez mais tóxico e viciante”, potenciando o risco de os jovens acederem a conteúdos depressivos e relacionados com a automutilação.
Em resposta, e num curto comunicado atribuído a um porta-voz da plataforma de partilha de vídeos, o TikTok alega que “quando investigadores reviram os vídeos” analisados pela Amnistia Internacional, concluíram que “a maioria dos conteúdos (73%) não estava de todo relacionada com saúde mental”.
“Dos vídeos que faziam referência à saúde mental, a maioria centrava-se na partilha de experiências vividas, sem as romantizar”, refere o TikTok.
“Isso demonstra a eficácia do trabalho do TikTok para criar diversas experiências de visualização e, ao mesmo tempo, remover conteúdo que viola as nossas políticas”, adianta a empresa.
A AI considerou que “o TikTok comercializa-se como uma plataforma ‘online’ de entretenimento, criatividade e comunidade, mas está a tornar-se um espaço cada vez mais tóxico e viciante, o que pode ter impacto na autoimagem, na saúde mental e no bem-estar dos utilizadores mais jovens, correndo o risco de os fazer cair nas armadilhas de conteúdos depressivos e relacionados com a automutilação”,
A AI assinalou que “a forma intrusiva de privacidade do TikTok para gerar lucro rastreia tudo o que o utilizador faz na plataforma para recolher informações sobre os seus comportamentos”, procurando “prever os seus interesses, estado emocional e bem-estar”.