AFD promete encerrar fronteiras e promover “remigração” na Alemanha

O partido de direita Alternativa para a Alemanha (AfD) aprovou hoje um programa eleitoral que inclui promessas de encerrar fronteira, "remigração" de imigrantes, a saída do euro e a reintrodução do serviço militar obrigatório.

© LUSA/MARTIN DIVISEK

Num momento em que as sondagens lhe dão os melhores resultados desde há um ano e a colocam como segunda força nas eleições de 23 de fevereiro, a AfD aprovou o programa no congresso, que também nomeou a sua co-líder Alice Weidel como candidata oficial a chanceler nas eleições de fevereiro.

“Estamos a ficar cada vez mais fortes”, exclamou Weidel no final do congresso.

O programa adotado hoje inclui o polémico termo “remigração”, para designar a expulsão em massa de migrantes e pessoas com raízes estrangeiras.

A AfD afirma oficialmente que “remigração” se refere apenas à expulsão de imigrantes ilegais por meios legais.

Apesar do facto de a candidata Weidel ter uma mulher como companheira, com quem é mãe de dois filhos, os delegados votaram a favor da inclusão no programa de que a família tradicional, “pai, mãe e filhos”, é a célula básica da sociedade.

Votaram também contra a vacinação obrigatória para o sarampo das crianças em idade escolar na Alemanha.

O Congresso aprovou ainda a criação de uma nova organização juvenil integrada no partido.

De acordo com as sondagens mais recentes, a AfD está a gozar da sua maior popularidade desde há um ano, com uma subida de dois pontos no último mês para 21-22% nas intenções de voto.

O partido, que conta com o apoio explícito do magnata Elon Musk, um aliado do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, ficaria atrás apenas do bloco democrata-cristão de Friedrich Merz, que se situa nos 30%.

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