Multas passadas pela Polícia de Coimbra quase duplicaram em cinco anos

Os talões de autuação da Polícia Municipal de Coimbra quase duplicaram no espaço de cinco anos, sobretudo por estacionamento indevido, e o município considera que, mesmo assim, é preciso fazer mais fiscalização.

© D.R

Os talões de autuação passados pela Polícia Municipal de Coimbra (PMC) passaram de 13.095 em 2019 para 21.612 em 2024, um acréscimo de cerca de 70% no espaço de cinco anos, que ainda é mais substancial quando comparado com os talões passados em 2017 (8.382), referiu a autarquia, em dados enviados à agência Lusa.

De acordo com os dados, os autos de contraordenação também cresceram ao longo dos anos, mas de forma mais ligeira, passando de 9.250 em 2017 para 12.117 em 2024.

Sobre a discrepância entre os dois dados, o município explicou que o talão dá sempre origem a um auto de contraordenação, mas estes só podem ser elaborados de imediato quando a identidade do autor é conhecida, com todas as outras situações a obrigarem a diligências para apurar a identidade do infrator.

“Assim, a capacidade de elaborar autos é menor do que emitir o talão de transgressão”, explicou fonte oficial da Câmara de Coimbra.

No caso da receita registada nos cofres da autarquia com as multas pela Polícia Municipal, a evolução é significativa, passando de 133.747 euros em 2017 para 295.767 euros em 2023, em parte justificado pelas alterações no âmbito da transferência de competências.

Até 2020, 55% da receita dos autos de contraordenações leves de estacionamento ficava para o município, 35% para a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária e 10% para o Estado. Após esse ano, 100% da receita desse tipo de autos vai para a autarquia.

Contabilizando toda a receita, independentemente de para onde ela vai, o aumento é mais ligeiro, de cerca de 30%, que representa mais 75 mil euros em multas cobradas, entre 2017 e 2023.

Segundo informação enviada pela Câmara de Coimbra, a receita municipal registada em 2024 situa-se, de momento, em 281 mil euros, menos 14 mil euros face a 2023, mas o valor ainda não está fechado, com contraordenações ainda em fase de processamento.

Com o aumento de talões, tem também evoluído positivamente a receita que os Serviços Municipalizados dos Transportes Urbanos de Coimbra (SMTUC) têm tido com a gestão de parques de estacionamento e parcómetros.

Se em 2021 os SMTUC contabilizaram cerca de 585 mil euros de rendimento, em 2022 cresceu para 847 mil euros, acréscimo baseado sobretudo no aumento da receita em parcómetros, que continuou a crescer em 2023.

Em 2023, os SMTUC contabilizaram 1,07 milhões de euros na receita de parques e parcómetros, e, em 2024, de 1,09 milhões de euros.

Questionado pela agência Lusa, o presidente da Câmara de Coimbra, José Manuel Silva, disse que havia “um laxismo relativamente à fiscalização” no passado e admitiu acreditar que será preciso aumentar essa capacidade para assegurar uma mudança de comportamentos de automobilistas na cidade.

“Os comportamentos não se mudam de repente. Haia uma pessoa que tinha um veículo que estacionava sistematicamente em local proibido e, de vez em quando, era autuado, mas não ligava nenhuma. Só com autuações diárias e só ao fim da quinta autuação seguida é que esse automobilista deixou de estacionar o seu veículo em local proibido”, notou.

Apesar de considerar que as pessoas já notam que “há mais fiscalização”, José Manuel Silva afirmou que ainda há muitas queixas de que estas ações são insuficientes e disse concordar com essa posição.

“É verdade e precisa de ser mais efetiva”, disse à Lusa o autarca, defendendo uma fiscalização mais intensa em todas as frentes.

Últimas do País

Doze pessoas morreram e 433 pessoas foram detidas por conduçãoem sob efeito de álcool entre 18 e 24 de dezembro, no âmbito da operação de Natal e Ano novo, anunciaram hoje em comunicado a GNR e PSP.
Os doentes classificados como urgentes no hospital Amadora-Sintra enfrentam hoje tempos de espera de mais de 11 horas para a primeira observação nas urgências gerais, segundo dados do portal do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
O diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS), Álvaro Almeida, estimou hoje que há cerca de 2.800 internamentos indevidos nos hospitais, quer devido a situações sociais, quer a falta de camas nos cuidados continuados.
O quinto dia de greve dos guardas prisionais, convocada pela Associação Sindical dos Profissionais do Corpo da Guarda Prisional (ASPCGP), está a ter uma adesão que ronda os 80%, adiantou hoje a estrutura representativa.
Os trabalhadores das empresas de distribuição cumprem hoje um dia de greve, reivindicando aumentos salariais e valorização profissional, e voltam a parar no final do ano.
Dois agentes da PSP acabaram no hospital após serem atacados durante uma ocorrência num supermercado. Agressores fugiram e estão a monte.
Um homem é suspeito de ter matado hoje uma criança de 13 anos, morrendo de seguida numa explosão alegadamente provocada por si numa habitação em Casais, Tomar, num caso de suposta violência doméstica, informou a GNR.
O tribunal arbitral decretou hoje serviços mínimos a assegurar durante a greve dos trabalhadores da SPdH/Menzies, antiga Groundforce, marcada para 31 de dezembro e 1 de janeiro, nos aeroportos nacionais.
O Ministério da Administração Interna (MAI) disse hoje que foi registada uma diminuição das filas e do tempo de espera no aeroporto de Lisboa e que todos os postos têm agentes da PSP em permanência.
Quatro urgências de Ginecologia e Obstetrícia estarão fechadas na quarta-feira, número que sobe para cinco no Dia de Natal e seis na sexta-feira, dia de tolerância de ponto na administração pública, segundo o Portal do SNS.