Rússia e Ucrânia trocam ataques aéreos quando é discutido cessar-fogo

Rússia e a Ucrânia trocaram fortes ataques aéreos na última noite, com ambos os lados a reportarem mais de 100 drones inimigos sobre os respetivos territórios.

© Facebook de Volodymyr Zelensky

Os ataques ocorreram menos de 24 horas depois de o presidente da Rússia, Vladimir Putin, se ter reunido com o enviado dos Estados Unidos, Steve Witkoff, para discutir detalhes da proposta norte-americana para um cessar-fogo de 30 dias na guerra.

Na Rússia, o governador regional de Volgogrado, Andrei Bocharov, confirmou que destroços de drones causaram um incêndio em Krasnoarmeysky, perto de uma refinaria de petróleo, mas não adiantou mais pormenores.

Os aeroportos próximos suspenderam temporariamente os voos, informaram os meios de comunicação locais. Não há registo de vítimas.

A refinaria de Volgogrado foi alvo das forças de Kiev em diversas ocasiões desde que Moscovo lançou a invasão da Ucrânia em larga escala há mais de três anos, sendo o ataque mais recente a 15 de fevereiro com drones.

O Ministério da Defesa russo disse ter abatido 126 drones ucranianos, 64 dos quais na região de Volgogrado.

Já a força aérea da Ucrânia disse hoje que a Rússia lançou 178 drones e dois mísseis balísticos sobre o país durante a última noite. Cerca de 130 drones foram abatidos, enquanto outros 38 foram perdidos enquanto se dirigiam aos seus alvos.

A Rússia atacou instalações energéticas, causando danos significativos, disse a empresa privada de energia ucraniana Dtek.

A Rússia atingiu a infraestrutura energética nas regiões de Dnipropetrovsk e Odessa, disse a Dtek hoje, acrescentando que alguns moradores ficaram sem eletricidade.

Esta semana, Kiev aceitou a proposta norte-americana de um cessar-fogo de 30 dias, mais de três anos após a invasão russa, mas Putin expressou reservas sobre este plano e levantou “questões importantes” que precisam de ser abordadas antes que se possa chegar a uma trégua.

Hoje de manhã, decorre uma cimeira por videoconferência sobre a Ucrânia organizada pelo Reino Unido.

Cerca de 25 líderes de países europeus (incluindo Portugal, com o primeiro-ministro, Luís Montenegro), da NATO, da Comissão Europeia, do Canadá, da Austrália, da Nova Zelândia e da Ucrânia deverão participar nesta reunião virtual.

A reunião virtual tem como objetivo esclarecer de que forma os países participantes podem contribuir para uma paz duradoura na Ucrânia no caso de um acordo de cessar-fogo.

Últimas do Mundo

A defesa de Jair Bolsonaro afirmou hoje que não há "uma única prova" que ligue o ex-Presidente brasileiro a qualquer tentativa de golpe de Estado e afirmou que o arguido delator "mentiu".
O GPS do avião utilizado pela presidente da Comissão Europeia numa visita à Bulgária foi alvo de interferência e as autoridades búlgaras suspeitam que foi uma ação deliberada da Rússia.
Mais de 800 pessoas morreram e cerca de 2.700 ficaram feridas na sequência de um sismo de magnitude 6 e várias réplicas no leste do Afeganistão na noite de domingo, anunciou hoje o Governo.
Pelo menos três civis morreram e seis ficaram feridos em ataques russos na região ucraniana de Donetsk nas últimas 24 horas, declarou hoje o chefe da administração militar regional, Vadim Filashkin, na rede social Telegram.
Um navio de guerra norte-americano entrou no canal do Panamá em direção às Caraíbas, testemunhou a agência France-Presse, numa altura em que os planos de destacamento militar de Washington naquela região está a provocar a reação venezuelana.
O número de fogos preocupantes em Espanha desceu de 12 para nove nas últimas 24 horas, mas "o final" da onda de incêndios deste verão no país "está já muito próximo", disse hoje a Proteção Civil.
O presidente do Conselho Europeu, António Costa, denunciou que mísseis russos atingiram hoje a delegação da União Europeia (UE) em Kyiv, na Ucrânia.
O Governo de Espanha declarou hoje zonas de catástrofe as áreas afetadas por 113 grandes incêndios no país nos últimos dois meses, 15 dos quais continuam ativos, disse o ministro da Administração Interna, Fernando Grande-Marlaska.
Mais de dois mil milhões de pessoas ainda não têm acesso a água potável em condições de segurança, alertou hoje a ONU num relatório que expressa preocupação com o progresso insuficiente na cobertura universal do fornecimento de água.
O primeiro-ministro israelita saudou hoje a decisão do Governo libanês, que aceitou a proposta norte-americana sobre o desarmamento do Hezbollah, e admitiu retirar as forças de Israel do sul do Líbano.