A atribuição do Prémio Nobel da Paz tem, ao longo da história, distinguido líderes e personalidades que contribuíram de forma significativa para a promoção da estabilidade, da diplomacia e da resolução de conflitos. Embora seja uma figura altamente polarizadora, Donald J. Trump, 45.º Presidente dos Estados Unidos e atual candidato à reeleição, merece ser seriamente considerado para este prémio, pelas iniciativas concretas e resultados alcançados no domínio da paz internacional. Apesar das críticas internas e da sua postura muitas vezes controversa, os factos mostram que Trump foi, em vários momentos, um dos poucos líderes globais a ousar romper com o status quo e a obter progressos reais em cenários de conflito que pareciam insolúveis.
O contributo mais sólido e incontornável de Trump para a paz mundial foram os Acordos de Abraão, assinados em 2020. Sob a mediação direta da administração Trump, Israel estabeleceu relações diplomáticas formais com vários países árabes, nomeadamente os Emirados Árabes Unidos, o Bahrein, o Sudão e Marrocos. Este feito rompeu décadas de paralisia diplomática.
Estes acordos não só promoveram a estabilidade regional, como abriram caminho ao intercâmbio económico, turístico e tecnológico entre países historicamente inimigos. Mais do que promessas vagas, foram assinados documentos concretos, com benefícios tangíveis para as populações envolvidas. A normalização de relações entre Israel e países árabes moderados diminui o risco de conflitos armados no Médio Oriente.
Outro momento histórico protagonizado por Trump foi a sua aproximação à Coreia do Norte. Foi o primeiro presidente dos EUA a encontrar-se pessoalmente com um líder norte-coreano, Kim Jong-un. Apesar das críticas e do ceticismo, o simples facto de os dois líderes sentarem-se à mesa e manterem um canal direto de comunicação contribuiu para uma redução significativa das tensões nucleares na Península Coreana entre 2017 e 2019.
Durante o auge do confronto retórico, muitos analistas temiam um conflito militar iminente. A diplomacia arriscada de Trump conseguiu inverter essa trajetória, levando a uma moratória temporária nos testes nucleares e balísticos da Coreia do Norte. Embora a paz total ainda não tenha sido alcançada, não se pode negar que o clima de guerra iminente foi travado graças a essa ousadia diplomática.
Donald Trump também seguiu a sua promessa de reduzir o envolvimento militar dos EUA em conflitos externos prolongados. Reduziu significativamente a presença militar americana no Afeganistão, Iraque e Síria, numa tentativa de pôr fim às chamadas “guerras eternas”.
Embora muitas vezes criticado por pressionar os aliados da NATO, Trump defendeu uma posição que, na prática, visa fortalecer a aliança e evitar confrontos desnecessários. Ao exigir que os países europeus cumprissem os compromissos de investimento em defesa, Trump promoveu um equilíbrio de responsabilidades que, paradoxalmente, reduz o risco de conflitos futuros. Uma NATO financeiramente equilibrada e coesa tem maior capacidade de dissuasão, evitando o recurso à guerra.
Outro aspeto que distingue Trump é a sua postura pacifista, em comparação com líderes tradicionalmente belicistas. Recusou iniciar novas intervenções militares de larga escala, optou por abordagens económicas, como sanções, e privilegiou o diálogo direto, mesmo com regimes autoritários.
A atribuição do Prémio Nobel da Paz não se destina a premiar personalidades perfeitas ou isentas de polémicas, mas sim a reconhecer feitos concretos na promoção da paz. À luz dos resultados obtidos, Donald Trump apresenta um conjunto de ações que, independentemente das opiniões pessoais ou partidárias, contribuíram para diminuir o risco de conflito e fomentar a estabilidade mundial. Por isso, merece ser seriamente considerado para esta distinção. E com grande justiça.
Pergunta: E quem foi o (único) político português convidado para a tomada de posse de Mr. Trump?