Trump vai dar entre “10 a 12 dias” até aplicar sanções a Moscovo

O Presidente dos Estados Unidos vai dar ao homólogo russo, Vladimir Putin, entre “10 a 12 dias" para acabar a guerra na Ucrânia, caso contrário vai aplicar sanções a Moscovo.

© Facebook de Donald J. Trump

“Estou a estabelecer um novo prazo de cerca de 10 ou 12 dias a partir de hoje. Não há razão para esperar. Não vemos qualquer progresso”, adiantou Donald Trump, a partir de Turnberry, na Escócia.

A Ucrânia saudou a decisão e “a firmeza” de Trump ao anunciar a intenção de encurtar o prazo das sanções.

“Obrigado ao Presidente [Donald Trump] por mostrar firmeza e enviar uma mensagem clara de paz através da força”, sublinhou o chefe do gabinete da Presidência ucraniana, Andri Iermak, na rede social X.

Trump acrescentou estar “muito desiludido” com Putin depois de ter anunciado a 14 de julho que ia aplicar sanções a Moscovo em 50 dias caso a Rússia não terminasse a ofensiva na Ucrânia.

Nessa mesma ocasião, o Presidente dos EUA avançou que ia enviar equipamento militar a Kiev através da NATO, incluindo sistemas de defesa aérea Patriot.

Os russos continuam a ganhar terreno na Ucrânia, tendo a terceira ronda de conversações de paz entre russos e ucranianos terminado, na quarta-feira, em Istambul, Turquia, sem progressos.

A Rússia tem feito avanços e conseguido conquistar localidades na região de Dnipropetrovsk, no centro-leste da Ucrânia.

No início deste mês, a Rússia reivindicou a tomada da primeira cidade, Dachnoye, naquela região.

O Presidente russo exige que Kiev ceda as regiões ucranianas anexadas pela Rússia e que a Ucrânia renuncie à adesão à NATO. Condições inaceitáveis para as autoridades ucranianas e para os aliados ocidentais.

A Ucrânia, por sua vez, exige a retirada total do Exército russo do território, ocupado em cerca de 20%.

Na sexta-feira, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, garantiu que as discussões com Moscovo sobre um futuro encontro com Putin começaram, enquanto a presidência russa (Kremlin), por sua vez, considerou tal encontro improvável nos próximos 30 dias.

A Ucrânia tem contado com ajuda financeira e armamento dos aliados ocidentais desde que a Rússia invadiu o país, em 24 de fevereiro de 2022.

Os aliados de Kiev também têm decretado sanções contra setores-chave da economia russa para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra na Ucrânia.

Últimas de Política Internacional

O primeiro-ministro de Espanha, Pedro Sánchez, vai na quinta-feira ser ouvido numa comissão de inquérito parlamentar sobre suspeitas de corrupção no governo e no partido socialista (PSOE), num momento raro na democracia espanhola.
A Venezuela tem 1.074 pessoas detidas por motivos políticos, segundo dados divulgados na quinta-feira pela organização não-governamental (ONG) Encontro Justiça e Perdão (EJP).
Na quarta-feira, o primeiro governo liderado por uma mulher em Itália cumpre três anos de mandato (iniciado a 22 de outubro de 2022).
A Polónia aprovou uma nova lei que isenta do pagamento de imposto sobre o rendimento todas as famílias com pelo menos dois filhos e rendimentos anuais até 140 mil zlótis (cerca de 33 mil euros).
O Parlamento Europeu (PE) adotou hoje legislação que facilita a retirada do direito de viajar sem visto para a União Europeia (UE) a partir de países que apresentem riscos de segurança ou violem os direitos humanos.
A Comissão Europeia disse hoje apoiar o plano do Presidente norte-americano, Donald Trump, para acabar com o conflito em Gaza, quando se assinalam dois anos da guerra e negociações indiretas estão previstas no Egito entre Israel e o Hamas.
O primeiro-ministro francês, Sébastien Lecornu, apresentou hoje a sua demissão ao Presidente, Emmanuel Macron, que a aceitou, anunciou o Palácio do Eliseu num comunicado, mergulhando a França num novo impasse político.
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, vai encontrar-se com o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, ao início da tarde, em Copenhaga, na Dinamarca, para uma reunião bilateral.
A presidente da Comissão Europeia saudou hoje o plano do Presidente norte-americano, Donald Trump, para terminar com a guerra em Gaza e que já tem aval israelita, indicando que a União Europeia (UE) “está pronta para contribuir”.
O partido pró-europeu PAS, da Presidente Maia Sandu, venceu as eleições legislativas na Moldova com mais de 50% dos votos, e deverá manter a maioria absoluta no Parlamento, segundo resultados oficiais após a contagem de 99,52% dos votos.