O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros Guo Jiakun condenou em conferência de imprensa “a ameaça do recurso à força nas relações internacionais e o enfraquecimento da paz e da estabilidade na América Latina e no Caribe”.
Segundo o diplomata, “as medidas coercivas unilaterais dos Estados Unidos contra navios estrangeiros em alegadas águas internacionais excedem limites razoáveis e necessários, violam o direito internacional e atentam contra direitos humanos fundamentais, incluindo o direito à vida”.
“As ações norte-americanas representam também uma ameaça potencial à liberdade e segurança da navegação e podem afetar a liberdade em alto-mar de que gozam todos os países ao abrigo da lei”, acrescentou Guo.
O porta-voz declarou ainda que a China “apoia o reforço da cooperação internacional para combater o crime transnacional” e apelou a Washington para que mantenha “uma cooperação policial e judicial normal, através de enquadramentos jurídicos bilaterais e multilaterais”.
Desde meados de agosto, os EUA destacaram no Caribe pelo menos oito navios de guerra, um submarino de ataque rápido de propulsão nuclear e mais de 4.500 militares, no que classificam como uma operação contra o tráfico de droga, mas que Caracas acusa de ser uma tentativa de “mudança de regime”.
Na quinta-feira, o ministro venezuelano dos Negócios Estrangeiros, Yván Gil, instou os países da América Latina e do Caribe a serem a “ponta de lança” para travar o que considerou a “loucura” dos EUA.