CHEGA questiona ministro sobre devolução de património às ex-colónias

Surpreendido com as recentes declarações do Ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, de que o Governo português se prepara para fazer uma lista de património com origem nas ex-colónias portuguesas com vista a devolvê-lo, o CHEGA não perdeu tempo e deu entrada de um pedido de esclarecimento por escrito dirigido ao Governo, concretamente ao Ministério da Cultura.

De acordo com o documento que o CHEGA deu entrada “Esta é uma temática que teve o seu primeiro vislumbre internacional em 2018, mas que parece agora ganhar relevo em Portugal”, sendo que agora “a decisão se encontra aparentemente tomada pelo Governo, indicando que este objectivo será feito “de forma discreta e longe da praça pública”, através de uma “inventariação mais fina”, alegadamente a realizar por académicos e diretores de museus.”

Segundo refere o Ministro da Cultura em entrevista ao “Expresso” estarão em causa “obras de arte, bens culturais, objetos de culto e até restos mortais ou ossadas retiradas das suas comunidades originais e levadas para países como Portugal, França, Alemanha, Bélgica, Espanha, Inglaterra ou Holanda”.

Ora, o CHEGA considera inadmissível e leviano afirmar em entrevista o “objectivo de devolver património com estreitas ligações à História Nacional e por isso a todo o povo português” e que o “Ministro da Cultura não pode ser confundido com ser dono ou definidor da Cultura”, sendo necessário “um esclarecimento público cabal, sendo claramente especificado à população portuguesa que tipo de material, em concreto, estamos a falar e, sobretudo, os critérios em que se funda a sua devolução”.

Acrescenta ainda que se torna “manifestamente incompreensível que tanto também tendo deixado Portugal nas suas ex-colónias sem que nunca tenha sido devidamente ressarcido do prejuízo material da sua retirada ultramarina, muito menos exigindo que tal acontecesse, possa o povo português ver alienar da esfera patrimonial do seu Estado, património que natural e reconhecidamente lhe pertence”.

Assim sendo, o CHEGA coloca seis questões concretas ao Ministro Pedro Adão e Silva, entre as quais “de que património concreto estamos a falar” e “quais os critérios que sustentam este alegado processo de devolução. Pergunta ainda “de que forma foram selecionados os alegados académicos e diretores de museus a quem alegadamente será atribuído o processo de inventariação do património em causa”, se o ministro considera que este procedimento “deve ser realizado sem que previamente se ausculte a população portuguesa quanto à sua realização” e por fim “sendo património público que está em causa”, se o ministro considera dignas as suas considerações de que este processo será alegadamente melhor sem debate público”.

Últimas de Política Nacional

O CHEGA afirmou hoje que o Governo pretende adiar para outubro a aprovação final da revisão da lei da nacionalidade, dando prioridade ao processo para sanar as inconstitucionalidades apontadas pelo Tribunal Constitucional na lei de estrangeiros.
A Câmara Municipal da Amadora, presidida pelo socialista Vítor Ferreira, adjudicou, por ajuste direto, uma obra de cimento de oito toneladas para celebrar Mário Soares ao artista urbano Alexandre Farto, conhecido como Vhils, pelo valor de 246 mil euros. A obra terá 2,5 metros de altura e cinco de comprimento, e será instalada na Praça da Liberdade, segundo revelou o jornal PÁGINA UM.
O Governo começa hoje a receber os partidos com assento parlamentar para discutir o Orçamento do Estado para 2026, o conflito no Médio Oriente, a lei da nacionalidade e dos estrangeiros e a criação de novas freguesias.
O CHEGA propõe aumentar as penas para quem for condenado por atear fogos florestais, prevendo a possibilidade de aplicação da pena máxima prevista no sistema português e a sua equiparação a terrorista.
A Câmara da Lousã aprovou hoje uma proposta de isenção de faturas de água para os cidadãos, empresas e coletividades com consumos extraordinários face ao combate ao incêndio que afetou aquele concelho.
O CHEGA vai questionar o primeiro-ministro e a Entidade para a Transparência, através do parlamento, sobre a oposição de Luís Montenegro ao acesso público de informação sobre imóveis que declarou, anunciou hoje o líder.
O líder do partido CHEGA, André Ventura, disse ontem que quer um Orçamento do Estado para 2026 que “reflita uma mudança de espírito de política de habitação” e propôs algumas medidas.
Vários partidos do sistema, nomeadamente o PS e o VOLT, estão empenhados em tentar impedir a presença do CHEGA nas próximas eleições autárquicas.
O Chega quer proibir a exploração económica das áreas ardidas durante 10 anos e a venda de madeira queimada, aumentar as penas para os incendiários e a criação de um fundo de apoio às famílias dos bombeiros.
O líder do Chega considerou hoje que o Presidente da República foi "extremamente imprudente" quando disse que o seu homólogo dos Estados Unidos funciona como um "ativo soviético", acusando-o de "a perder credibilidade".