CDS-PP julgado por despedimento de funcionários

A primeira audiência da ação judicial apresentada por dois ex-funcionários do CDS-PP contra o partido na sequência do recente despedimento coletivo está agendada para terça-feira, em Lisboa, disse à Lusa um dos autores do processo.

De acordo com António Miguel Lopes, “a primeira audiência já está marcada para dia 31 de janeiro, pelas 15:00 no Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa – Juízo do Trabalho de Lisboa”.

Na sequência da perda de representação parlamentar nas eleições legislativas de há precisamente um ano, foram demitidos pelo menos seis trabalhadores da sede nacional do CDS-PP. António Miguel Lopes e Alexandra Uva foram dois deles e apresentaram “um processo conjunto em tribunal no final de outubro”.

Em declarações à agência Lusa, António Miguel Lopes, funcionário do partido há mais de duas décadas, indicou que o despedimento foi justificado pela direção centrista com “a perda da subvenção e a situação financeira” do CDS-PP.

O antigo funcionário referiu que os restantes trabalhadores chegaram a acordo com o partido, mas ele e Alexandra Uva não aceitaram as indemnizações que lhes foram propostas.

“Não pedimos nada além do que está na lei”, defendeu, alegando que “o despedimento é ilícito”.

António Miguel Lopes apontou não ter tido direito “à compensação devida” e lamentou que também ainda não tem direito a subsídio de desemprego.

Por isso, decidiram agir judicialmente contra o partido, exigindo “o valor justo da indemnização e o pagamento dos salários até transitar em julgado”. Os dois trabalhadores admitem a reintegração, mas consideram que dificilmente “há condições”.

O antigo funcionário do Caldas referiu ainda que foi criada uma comissão representativa dos trabalhadores, que era coordenada por António Miguel Lopes, mas acabou por se extinguir, e que houve reuniões em que “esteve presente a DGERT” (Direção-Geral do Emprego e das Relações do Trabalho).

De acordo com António Miguel Lopes, foram também solicitadas reuniões ao presidente do CDS-PP, Nuno Melo, mas nunca se concretizaram.

O trabalhador, que já exerceu várias funções, entre as quais de apoio ao gabinete do presidente do partido ou ao gabinete autárquico e chefe de departamento, indicou que recebeu a carta de despedimento em maio e o seu último dia de trabalho foi em agosto. Nos meses anteriores, queixa-se, esteve “numa sala o dia todo, sem fazer nada”.

“É muito triste sair assim, é um desgaste muito grande e desnecessário”, lamentou.

No final de 2019, na liderança de Assunção Cristas, o CDS-PP já tinha efetuado um despedimento coletivo no qual foram incluídos Alexandra Uva e António Miguel Lopes, tendo a trabalhadora impugnado o seu despedimento por extinção do posto de trabalho.

Em março do ano seguinte, já na liderança de Francisco Rodrigues dos Santos, a assessora foi readmitida.

De acordo com António Miguel Lopes, no seu caso o partido decidiu, na mesma altura, que o despedimento anunciado ficaria “sem efeito”.

Últimas de Política Nacional

O candidato presidencial e presidente do CHEGA, André Ventura, considerou hoje que, se a greve geral de 11 de dezembro, convocada pela CGTP e pela UGT, avançar, é “culpa” da forma “atabalhoada” com que o Governo tratou a questão.
Cerca de cem delegados vão debater o futuro do SNS e definir o plano de ação da Federação Nacional dos Médicos (Fnam) para os próximos três anos no congresso que decorre no sábado e domingo, em Viana do Castelo.
Portugal submeteu hoje à Comissão Europeia o oitavo pedido de pagamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), com a comprovação de 22 marcos e metas.
O candidato presidencial e Presidente do CHEGA, André Ventura, reafirmou esta sexta-feira, em conferência de imprensa, que o partido vai entregar no parlamento um voto de condenação ao discurso do Presidente de Angola, João Lourenço, proferido nas comemorações do 50.º aniversário da independência angolana.
O Grupo Parlamentar do CHEGA apresentou na Assembleia da República um projeto de resolução que recomenda ao Governo a suspensão imediata do Manual de Recomendações Técnicas Relativo ao Acompanhamento de Pessoas Transgénero Privadas de Liberdade, aprovado em 2022.
O presidente do CHEGA acusou hoje o PS de “traição ao povo português” por requerer ao Tribunal Constitucional a fiscalização preventiva da constitucionalidade da Lei da Nacionalidade e apelou à celeridade da decisão.
A Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) recomendou hoje o alargamento do acordo entre operadores de televisão para realizar os debates presidenciais, depois da queixa apresentada pela Medialivre, dona do Correio da Manhã.
A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, disse hoje que dado o investimento que é feito no setor, este já devia ter evoluído mais, atribuindo essa falta de evolução à forma como está organizado, daí a necessidade de reformas.
Em visita à Feira Nacional do Cavalo, na Golegã, André Ventura, candidato presidencial apoiado pelo CHEGA, afirmou que o mundo rural “deveria ter muito mais importância no debate político” e sublinhou a necessidade de defender “os grandes símbolos do país rural”, que considera frequentemente esquecidos pelas forças políticas do sistema.
O CHEGA apresentou uma proposta de alteração ao Orçamento do Estado para 2026 que pretende que estrangeiros não residentes, sem seguro ou qualquer acordo internacional, passem a assumir os custos dos cuidados de saúde prestados no Serviço Nacional de Saúde