Adesão à greve dos revisores, bilheteiras e chefias superior a 90%

A adesão à greve de 24 horas dos revisores, das bilheteiras e chefias diretas estava às 08:00 acima dos 90%, disse à Lusa Luís Bravo, do Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI).

“A adesão à greve está a ser maciça, acima dos 90% em todo o país”, disse Luís Bravo, acrescentando que a paralisação é de 24 horas, mas ainda poderá ter efeitos no sábado.

De acordo com o sindicalista, na origem da greve está o empobrecimento contínuo dos trabalhadores especializados.

“Entre 2010 e 2020 tivemos os salários congelados praticamente todos os anos. No ano passado tivemos um aumento salarial de 0,9% com uma inflação média de 7,8%, sendo que a inflação dos produtos essenciais, aqueles que os trabalhadores com o salário mínimo não podem fugir, se situou perto dos 20% de aumento”, explicou.

Luís Bravo disse que a proposta salarial que a empresa apresentou ronda em média 3,49%, uma proposta muito inferior à inflação, inclusive inferior aquela que foi aplicada aos funcionários públicos.

“Queremos esclarecer a população, que os funcionários ferroviários não são funcionários públicos, são trabalhadores especializados, de laboração continua, trabalham 40 horas semanais e estamos perante uma situação que por via do congelamento e aumento do salário mínimo nacional, temos trabalhadores especializados que nos próximos dois anos vão ter como salário base o salário mínimo nacional. Isto é dramático”, sublinhou.

O sindicalista indicou também que os trabalhadores estão preocupados com as questões relacionadas com a segurança de circulação de comboios.

“Nós convivemos todos os dias com os utentes nos comboios e sentimos a falta de policiamento, especialmente nas áreas urbanas de Lisboa e Porto. Neste momento, a partir das 21:00 é raro ver-se um agente nos comboios e estações. Há um sentimento de insegurança por parte dos utentes e também não para de aumentar o número de agressões a trabalhadores”, disse.

Segundo Luís Bravo, os trabalhadores querem ver esta situação resolvida com urgência, tendo o sindicato já pedido uma reunião ao Ministro da Administração Interna há meses e que ainda não obtiveram resposta.

Além dos revisores, das bilheteiras e chefias diretas, também os trabalhadores com as categorias de Maquinista ou Maquinista Técnico cumprem entre as 00:00 de hoje e as 24:00 do dia 16 de fevereiro de 2023, uma greve à prestação de trabalho a todos os períodos normais de trabalho diários que tenham a duração prevista superior a 07:30.

Por causa das greves e segundo fonte da CP – Comboios de Portugal, nenhuma das 69 ligações ferroviárias previstas para entre as 00:00 e as 06:00 de hoje se realizou.

Este é o terceiro dia seguido em que as greves no setor ferroviário têm afetado a circulação de comboios.

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