Chega quer ouvir no parlamento cardeal-patriarca de Lisboa e membros da comissão independente

©️ Partido CHEGA

O Chega quer ouvir no parlamento o cardeal-patriarca de Lisboa e os membros da comissão independente que estudou os abusos sexuais de crianças na Igreja Católica e vai propor um conjunto de iniciativas legislativas sobre o tema.

“O Chega decidiu chamar ao parlamento, e à primeira comissão [de Assuntos Constitucionais], não só o senhor cardeal-patriarca de Lisboa, Manuel Clemente, bem como todos os membros da comissão [independente] que fizeram parte do estudo e da análise de abusos sexuais de menores na Igreja Católica, e magistrados especializados nesta área”, anunciou André Ventura, em conferência de imprensa, no parlamento.

Na opinião do líder do Chega, é importante ouvir estas entidades para perceber qual a “melhor forma” de legislar neste âmbito.

O partido vai também propor a criação de um grupo de trabalho parlamentar “especificamente destinado aos abusos sexuais de menores e ao acompanhamento desta matéria”.

O objetivo, explicou, é ter na Assembleia da República um grupo permanente de “aperfeiçoamento legislativo, institucional, de trabalho”, de forma a constituir “um edifício jurídico sólido em matéria de combate ao abuso sexual de menores”.

No próximo dia 09 de março, o Chega marcou um debate potestativo dedicado ao tema do “Combate ao abuso sexual de menores em Portugal” e vai apresentar um conjunto de cinco iniciativas legislativas, tendo Ventura destacado o aumento dos prazos de prescrição deste tipo de crimes nos termos em que a comissão independente dedicada aos abusos na Igreja Católica propôs.

“O atual prazo de prescrição para estes crimes, na generalidade, é de 10 anos, nós propomos o aumento para 15 anos”, disse, acrescentando que o Chega quer também mudar o início de contagem deste prazo, propondo que “apenas se comece a contar aos 30 anos da vítima”.

“Ou seja, apenas quando vítima faz 30 anos comece a contar este prazo de prescrição, seja ele dos 10 anos atuais ou dos 15 que o Chega propõe”, acrescentou.

Na opinião de Ventura, existe a possibilidade de “um amplo consenso” nesta matéria, permitindo que casos recentes “não se voltem a repetir sem que a justiça possa atuar”.

Últimas de Política Nacional

Afonso Camões apresentou esta terça-feira a demissão do cargo de mandatário distrital da candidatura de Henrique Gouveia e Melo, justificando a decisão com a necessidade de evitar “embaraços” ao ex-chefe da Marinha na corrida a Belém.
Portugal arrecadou 5,9 mil milhões de euros em impostos ambientais em 2024, alcançando o valor mais elevado de sempre e um crescimento de 4,2% face a 2023.
A sondagem ICS/ISCTE mostra Ventura a liderar nos atributos “líder forte” (22%) e “preocupação com as pessoas” (19%), superando os restantes candidatos.
Todos os autarcas do PSD que integraram o executivo da Junta de Freguesia de Fátima no mandato de 2017-2021 foram constituídos arguidos no âmbito do processo relativo às obras da Casa Mortuária de Fátima, estando acusados do crime de peculato.
O partido CHEGA alertou para os "graves prejuízos" causados pelo vírus da língua azul nas explorações de ovinos no Alentejo e questionou o Governo sobre medidas para travar a doença e apoios aos criadores.
Ribeiro e Castro, antigo líder do CDS e presidente da Sociedade Histórica da Independência de Portugal, criticou duramente o Governo, afirmando sentir “embaraço” por ter votado AD.
As subvenções vitalícias atribuídas a antigos responsáveis políticos e ex-juízes do Tribunal Constitucional deverão representar um encargo de 10,57 milhões de euros em 2026, valor que traduz uma subida próxima de 19% face aos 8,9 milhões orçamentados para 2025. Trata-se da despesa mais elevada desde 2019.
André Ventura reafirmou que pretende usar a Presidência da República como ponto de partida para uma mudança profunda no país. Em entrevista com Pedro Santana Lopes, no programa Perceções e Realidades do NOW, o candidato presidencial apoiado pelo CHEGA afirmou já estar habituado a enfrentar “todos contra nós”.
O presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, disse hoje, depois de visitar Marcelo Rebelo de Sousa no Hospital de São João, no Porto, onde o chefe de Estado foi operado, que não o vai substituir no cargo.
O Ministério Público questionou a alegada deslocação do antigo primeiro-ministro José Sócrates aos Emirados Árabes Unidos, admitindo que a viagem, a ter acontecido, poderá fazer parte de um plano de fuga e que as medidas de coação podem mudar.