Habitação: CHEGA exige intervenção de Provedora de Justiça sobre identificação de imóveis devolutos

©Folha Nacional

O líder do CHEGA pediu hoje a intervenção da Provedora de Justiça sobre a medida do Governo que estabelece que as empresas prestadoras de serviços essenciais vão ter de comunicar anualmente aos municípios os imóveis devolutos, considerando-a “pidesca”.

Em conferência de imprensa na sede nacional do CHEGA, André Ventura criticou a medida do Governo hoje noticiada pelo jornal Público, segundo a qual as empresas de água, gás, eletricidade ou telecomunicações, vão ter de informar anualmente os municípios dos imóveis que se encontrem devolutos.

“Esta é uma intenção pidesca. Colocar as empresas de prestação de serviços a denunciar casas que estejam vazias ou com pouca atividade é, ou está ao nível, das piores atividades pidescas que já tivemos em Portugal”, defendeu.

O líder do CHEGA disse estar “forte e firmemente convencido da ilegalidade e da inconstitucionalidade” dessa medida, razão pela qual o seu partido pediu a intervenção da Provedora de Justiça, Maria Lúcia Amaral, e da Comissão Nacional de Proteção de Dados (CNPD).

“Escrevemos à senhora Provedora de Justiça e à CNPD a pedir uma reação enérgica a esta intenção do Governo de colocar empresas que são prestadoras de serviços, que estão sujeitas a regras de proteção de dados, a dever de sigilo e de confidencialidade, a apresentarem relatórios ao Governo sobre a atividade dessas casas”, disse.

No mesmo sentido, Ventura referiu que também vai pedir a intervenção da Provedora de Justiça quanto à medida que estabelece que as licenças de alojamento local vão ser reavaliadas em 2030, sendo depois sujeitas a avaliação a cada cinco anos.

É “impensável que quem, há três anos, ou quatro ou cinco, fez um investimento autorizado, enquadrado, regulado por lei, para restaurar ou restabelecer imóveis, possa ver a licença dessa atividade cancelada sem qualquer indemnização que compense verdadeiramente o investimento que fez”, defendeu.

Além destes pedidos de intervenção à Provedora de Justiça, André Ventura anunciou também nesta conferência de imprensa que o Chega vai endereçar hoje 30 perguntas à ministra da Habitação, Marina Gonçalves, sobre o pacote “Mais Habitação”.

Entre as perguntas que o CHEGA decidiu enviar ao ministério, André Ventura destacou as que se prendem com a medida que estabelece o arrendamento coercivo de casas devolutas.

Segundo André Ventura, o partido perguntou a Marina Gonçalves quantos prédios devolutos é que o Estado tem, quando é que irão para o mercado e se serão prioritários em termos de arrendamento coercivo.

“Na perspetiva do CHEGA, não faz sentido colocar imóveis de cidadãos particulares no mercado quando os próprios imóveis do Estado ainda não estiverem no mercado”, disse.

Ventura referiu ainda que o CHEGA pretende também saber com que estudos e em que modelo é que o Governo se baseou para elaborar o pacote “Mais Habitação”, afirmando que o seu partido não encontrou nenhum país europeu que tenha aplicado o mesmo tipo de medidas.

O líder do CHEGA referiu que as 30 perguntas enviadas a Marina Gonçalves vão ser o “último caminho” antes de o seu partido decidir chamar, com caráter obrigatório, a ministra da Habitação para uma audição no parlamento.

“Se [as respostas] a estas 30 perguntas não forem satisfatórias, o que faremos é obrigar a ministra da Habitação, antes do debate de apresentação da proposta, a vir ao parlamento dar estes esclarecimentos”, disse.

Últimas de Política Nacional

O Ministério Público (MP) abriu um inquérito após denúncias de alegadas falsas assinaturas na lista de propositura da candidatura autárquica independente em Boticas, que foi rejeitada pelo tribunal e não foi a eleições.
O Ministério Público acaba de colocar um deputado socialista no centro de mais uma tempestade judicial: Rui Santos, ex-presidente da Câmara de Vila Real e atual deputado do PS, foi formalmente acusado de prevaricação e abuso de poder por alegadamente transformar a empresa municipal Vila Real Social numa peça de xadrez político ao serviço das suas ambições pessoais e partidárias.
A garantia é de Patrícia Almeida, mandatária nacional de André Ventura, deputada à Assembleia da República e militante fundadora do CHEGA. Para a dirigente, o recorde histórico de assinaturas “prova a força real do candidato” e mostra que “o país quer mudança e não teme assumir isso”. Patrícia Almeida assegura que Ventura é “o único capaz de defender os portugueses sem hesitações” e promete uma campanha firme, mobilizadora e “determinada a devolver Portugal aos portugueses”.
O oitavo debate das Presidenciais ficou hoje em suspenso. António José Seguro, candidato e antigo líder socialista, anunciou que não poderá marcar presença esta quinta-feira no duelo com João Cotrim Figueiredo, na RTP1, devido a um agravamento do seu estado de saúde.
No último dia do debate orçamental, André Ventura classificou o Orçamento do Estado como um documento “viciado e sem ambição”, acusando o Governo de manter a velha fórmula que, diz, tem destruído o país: mais impostos, mais burocracia e mais peso sobre quem trabalha.
Um despacho silencioso que entregou milhões ao Grupo Pestana e 22 escutas que ficaram na gaveta durante anos: dois episódios que voltam a colocar António Costa no centro de suspeitas políticas e judiciais.
O parlamento aprovou hoje o reforço da dotação orçamental do Tribunal Constitucional em 1,6 milhões de euros, por proposta do CHEGA, acedendo assim ao pedido feito pelos juízes do Palácio Ratton em audição parlamentar.
André Ventura deixou um recado direto ao país: Portugal deve condenar a Rússia, mas não enviará jovens portugueses para morrer na Ucrânia. O candidato presidencial exige clareza dos líderes políticos e garante que, se for eleito, evitará qualquer participação militar portuguesa no conflito.
O debate presidencial entre André Ventura e António José Seguro foi o mais visto da semana, superando largamente todos os restantes. No extremo oposto, o duelo entre Gouveia e Melo e João Cotrim de Figueiredo ficou no fundo da tabela, com a pior audiência registada.
André Ventura, presidente do CHEGA, marcou as comemorações do 25 de Novembro, defendendo o legado dos militares que travaram a deriva extremista e reafirmando que Portugal deve celebrar quem garantiu a liberdade e não quem tentou destruí-la.