Sindicatos franceses organizam protestos nacionais contra reforma das pensões

©D.R.

Os sindicatos franceses organizam hoje o nono dia de protestos a nível nacional, em pouco mais de dois meses, contra a reforma das pensões prevendo-se a primeira grande mobilização sindical após a aplicação por decreto da nova lei.

Os serviços de informações da polícia francesa preveem uma forte participação nas mais de 300 manifestações convocadas em todo o país e que podem envolver entre 600 mil a 800 mil pessoas.

De acordo com a mesma fonte, é aguardada a presença do grupo coletes amarelos, sobretudo em Paris.

Assim, a polícia tenciona mobilizar 12 mil agentes em todo o país, cinco mil dos quais na capital

Na noite de quarta-feira voltaram a repetir-se marchas espontâneas e protestos em várias cidades de França tendo-se registado confrontos entre manifestantes e polícias.

As manifestações decorrem num dia em que ocorrem greves em vários setores, nomeadamente nos transportes, refinarias, recolha de resíduos e educação, assim como no setor da energia.

A paralisação que está a ser cumprida pelos controladores aéreos obrigou ao cancelamento antecipado de 30% dos voos no aeroporto de Orly (Paris) e 20% nos aeroportos de Marselha, Toulouse e Lyon.

Hoje, circulam apenas metade dos comboios de alta velocidade.

Os comboios que fazem longas ligações estão parados e 30% das viagens regionais estão afetadas pela greve.

Na periferia de Paris, a greve nos caminhos de ferro suprimiu entre 50% e 80% das ligações.

Na rede metropolitana da capital funcionam apenas as duas linhas automáticas (01 e 14) sendo que nas outras linhas o serviço encontra-se reduzido.

A paralisação nas refinarias mantém-se, assim como continuam presentes os piquetes de greve à entrada das instalações impedindo a saída de combustível.

Apesar de o Governo ter imposto o regresso ao trabalho a alguns funcionários nos depósitos de combustível, o número de postos de abastecimento sem carburantes continua a aumentar.

O bloqueio dos trabalhadores ao depósito de Gonfreville, na Normandia, que abastecem os aeroportos de Paris, pode provocar a suspensão de mais ligações aéreos.

Na capital, continua a greve à recolha de lixo que se prolonga há mais de duas semanas.

Na quarta-feira, a intervenção do Presidente Macron defendendo a reforma das pensões e assumindo o “preço político” da situação aumentou a tensão social em França.

Últimas de Política Internacional

A Venezuela tem 1.074 pessoas detidas por motivos políticos, segundo dados divulgados na quinta-feira pela organização não-governamental (ONG) Encontro Justiça e Perdão (EJP).
Na quarta-feira, o primeiro governo liderado por uma mulher em Itália cumpre três anos de mandato (iniciado a 22 de outubro de 2022).
A Polónia aprovou uma nova lei que isenta do pagamento de imposto sobre o rendimento todas as famílias com pelo menos dois filhos e rendimentos anuais até 140 mil zlótis (cerca de 33 mil euros).
O Parlamento Europeu (PE) adotou hoje legislação que facilita a retirada do direito de viajar sem visto para a União Europeia (UE) a partir de países que apresentem riscos de segurança ou violem os direitos humanos.
A Comissão Europeia disse hoje apoiar o plano do Presidente norte-americano, Donald Trump, para acabar com o conflito em Gaza, quando se assinalam dois anos da guerra e negociações indiretas estão previstas no Egito entre Israel e o Hamas.
O primeiro-ministro francês, Sébastien Lecornu, apresentou hoje a sua demissão ao Presidente, Emmanuel Macron, que a aceitou, anunciou o Palácio do Eliseu num comunicado, mergulhando a França num novo impasse político.
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, vai encontrar-se com o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, ao início da tarde, em Copenhaga, na Dinamarca, para uma reunião bilateral.
A presidente da Comissão Europeia saudou hoje o plano do Presidente norte-americano, Donald Trump, para terminar com a guerra em Gaza e que já tem aval israelita, indicando que a União Europeia (UE) “está pronta para contribuir”.
O partido pró-europeu PAS, da Presidente Maia Sandu, venceu as eleições legislativas na Moldova com mais de 50% dos votos, e deverá manter a maioria absoluta no Parlamento, segundo resultados oficiais após a contagem de 99,52% dos votos.
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, questionou hoje a utilidade das Nações Unidas, acusando a organização de não o ter ajudado nos esforços para resolver os conflitos no mundo, e criticou o reconhecimento da Palestina.