Polícias são agredidos e suicidam-se, mas Amnistia ataca com “violência policial”

© Folha Nacional

Os elementos das forças de segurança continuam a ser perseguidos por associações nacionais e internacionais que teimam em transformar bandidos em vítimas e vítimas em bandidos e isto apesar de serem conhecidos alguns números relativos ao número de suicídios que existem nesta profissão, o que demonstra a pressão a que estes homens e mulheres estão sujeitos diariamente sem que tenham um acompanhamento adequado que os ajude.

Pelo contrário, a constante perseguição, conjugada com as dificuldades da profissão e, muitas vezes, somada a problemas pessoais, acaba por atirar polícias e militares para o fim do poço, o que tem terminado, demasiadas vezes, em suicídios.

Os dados mais recentes do Relatório Anual de Segurança (RASI) Interna, relativo ao ano passado, foi conhecido esta semana e mostra que a criminalidade geral aumentou 14,1% quando comparada ao ano de 2021, o que se traduz em mais 42.451 participações feitas às forças de segurança.

Os mesmos dados revelam que também a criminalidade violenta e grave subiu 14,4% relativamente ao ano anterior.

De acordo com o RASI, o roubo na via pública e o roubo por esticão representam mais de 50% da considerada criminalidade grave e violenta. Também a criminalidade grupal subiu (18%), bem como a delinquência juvenil (50,6%).

Lisboa e Setúbal continuam a ser os distritos com maior número de participações feitas às autoridades.

Ainda sobre a criminalidade violenta e grave, os crimes de violação foram os que mais subiram (+30,7%) relativamente ao ano de 2021.

Ao mesmo tempo que a criminalidade aumenta, também o número de agressões a elementos das forças de segurança sobe estatisticamente e em gravidade.  De acordo com uma notícia do Jornal de Notícias, datada de setembro do ano passado, ocorrem, em média, seis agressões por dia, seja a agentes da PSP ou a militares da GNR.

Em janeiro deste ano, um homem – com um extenso cadastro – arrancou o nariz a um militar da GNR à dentada, em Beja. Em Lisboa, mais precisamente no concelho de Loures, um polícia foi alvo de uma tentativa de atropelamento e na Amadora foi agredido quando tentava pôr cobro a uma situação de violência doméstica. Em Braga, um polícia foi cercado por uma família, injuriado e agredido à porta do Hospital de Braga.

Mas para além das agressões de que são alvo no cumprimento das suas funções, os polícias são também alvo de perseguições internas com a constante abertura de inquéritos à sua atuação. Esta pressão, somada à pressão mediática e à pressão que é própria da profissão, leva muitos elementos das forças de segurança a optar pelo suicídio.

Só este ano já foram cinco os agentes da PSP que colocaram termo à vida.

Os dois últimos ocorreram em apenas dois dias. No domingo, um agente de 48 anos a prestar serviço na divisão do Seixal foi encontrado morto por populares. No dia seguinte, em Almada, um polícia de 45 anos tirou a própria vida recorrendo à arma de serviço.

Antes, a 1 de janeiro, foi uma agente da polícia que se atirou da Ponte 25 de Abril e depois, em fevereiro, desta feita em Tomar, foi um agente da esquadra de Tomar, que usou a arma de serviço de um colega para se suicidar.

Apesar de o Folha Nacional ter entrado em contacto com a Direção Nacional da PSP e com o Comando Geral da GNR, nenhuma das duas entidades quis divulgar os números reais de suicídios que existem nas forças de seguranças.

No entanto, um estudo do Sindicato Independente de Agentes da PSP citado pelo Correio da Manhã revela que, desde o ano 2000 e até ao início deste ano, tinham colocado termo à vida um total de 169 polícias.

E, no entanto, a Amnistia Internacional prefere ignorar estes números para poder enxovalhar as duas instituições, destacando a “violência policial” como um dos “pontos negros identificados em Portugal”.

“Persistem os relatos de uso excessivo da força e de outros maus-tratos pela parte de polícias”, lê-se no relatório citado pelo jornal Expresso.

Segundo a mesma fonte, entre 23 de maio e 3 de junho do ano passado, peritos do Comité para a Prevenção da Tortura do Conselho da Europa visitou dez prisões e locais de detenção, quatro postos da GNR e 10 esquadras da PSP.

Infelizmente, e tendo em conta o que já é conhecido do relatório que resultou dessas visitas, os especialistas não referem as condições degradantes em que trabalham os elementos das forças de segurança: esquadras onde chove no interior, problemas de humidade, infestações dos mais variados tipos, falta de aquecimento no inverno, entre muitos outros aspetos que se encontram em qualquer uma das esquadras da PSP ou postos da GNR um pouco por todo o país.

Últimas do País

Seis em cada dez portugueses não têm dentição completa, revelou hoje o Barómetro da Saúde Oral 2025 da Ordem dos Médicos Dentistas (OMD), que destaca "desigualdades significativas" na prevenção e no acesso a cuidados de saúde oral.
Portugal apresentou, em 2024, uma taxa de 9,2% de trabalhadores em risco de pobreza, estando em nono lugar entre os Estados-membros e um ponto percentual acima da média da União Europeia (UE 8,2%), divulga esta segunda-feira o Eurostat.
O número de passageiros desembarcados nos Açores em viagens marítimas interilhas voltou a baixar em setembro, com menos 0,83% do que no período homólogo, segundo dados do Serviço Regional de Estatística (SREA).
Uma operação nacional da Polícia de Segurança Pública (PSP) detetou 19 infrações relacionadas com explosivos em pedreiras, num total de 52 ações de fiscalização, entre segunda e sexta-feira, lê-se em comunicado de hoje.
O Presidente da Unidade Local de Saúde Amadora-Sintra justificou hoje o pedido de demissão, alegando dever ético e responsabilidade pessoal, após análise detalhada dos factos relativos ao caso ocorrido na última semana envolvendo a morte de uma grávida.
O programa de Cirurgia Robótica em ortopedia da Unidade Local de Saúde (ULS) de Coimbra, a única entidade pública nacional que dispõe desta tecnologia, ultrapassou as 100 cirurgias no Hospital Geral (Covões), foi anunciado.
A administração do Hospital de Amadora-Sintra reconheceu hoje que a grávida de 36 anos que morreu na sexta-feira depois de ter tido alta dias antes estava a ser acompanhada nos cuidados de saúde primários desde julho.
A campanha de sensibilização para os riscos da condução sob a influência do álcool “Taxa Zero ao Volante” arranca na terça-feira, em Portugal continental e nas regiões autónomas dos Açores e Madeira, anunciaram as autoridades.
Os doentes urgentes estão hoje a esperar quase 20 horas para serem atendidos na urgência geral do Hospital Amadora-Sintra, uma demora que se deve à falta de alguns médicos e aos atendimentos emergentes que ali ocorreram, segundo fonte hospitalar.
Um bebé nasceu hoje no carro dos pais, durante a madrugada, cerca de duas horas depois de a mãe ter estado na Maternidade Daniel de Matos, em Coimbra, e enviada para