Trump fala na terça-feira, na Florida, dia em que vai a tribunal em Nova Iorque

©Facebook.com/DonaldTrump

O ex-Presidente dos Estados Unidos Donald Trump, acusado em Nova Iorque, anunciou que vai fazer uma declaração, a partir da Florida, na terça-feira, dia em que deverá comparecer num tribunal de Manhattan.

Trump “fará um discurso em Mar-a-Lago, em Palm Beach” às 20:15 (04:47 em Lisboa) na terça-feira, disse o seu gabinete em comunicado, ao mesmo tempo que se está a preparar para “uma batalha”, de acordo com os advogados.

Numa ação sem precedentes na história dos EUA, o republicano, de 76 anos, foi indiciado num caso relacionado com um pagamento de 130 mil dólares (120 mil euros) feito à estrela porno Stormy Daniels em 2016.

As acusações serão tornadas públicas na terça-feira.

O bilionário denunciou uma acusação “falsa e vergonhosa”, parte de uma “caça às bruxas”.

No domingo, os advogados continuaram a ofensiva mediática, dizendo estar confiantes de que o caso seria arquivado por um juiz.

“Este caso nem sequer é juridicamente correto. De facto, é uma piada. Não vai sobreviver a um desafio em tribunal”, disse um dos advogados Joe Tacopina, à televisão ABC.

“Penso que um juiz justo reconheceria provavelmente que algo está fundamentalmente errado, que estamos a atravessar o Rubicão com esta perseguição política”, referiu um outro advogados de Trump James Trusty, à estação Fox.

“E felizmente suspeito que a acusação será juridicamente frágil, e surgirá a oportunidade para um juiz fazer a coisa certa”, acrescentou.

Entretanto, o ex-Presidente está “a preparar-se para a batalha”, disse Tacopina.

Ambos os advogados reiteraram que Donald Trump, que pretende voltar a candidatar-se à presidência, depois de ter perdido as eleições de 2020, estava a ser acusado por razões políticas.

“Se ele não fosse um candidato presidencial, não teria sido indiciado”, disse Joe Tacopina, à CNN.

De acordo com os meios de comunicação social norte-americanos, o republicano deverá deixar a residência na Florida, na segunda-feira, para ir para Nova Iorque.

Na terça-feira, deverá comparecer num tribunal de Manhattan para ser formalmente notificado das acusações.

“Isto é um abuso absoluto de poder. Ele é um tipo duro (…), e alguém que vai estar pronto para esta batalha”, acrescentou Tacopina, à ABC.

Na sexta-feira, Trump anunciou ter angariado quatro milhões de dólares (3,7 milhões de euros) em 24 horas para a campanha, na sequência da acusação.

A acusação de terça-feira terá um ritual sem precedentes para um antigo chefe de Estado: o bilionário terá de declarar nome, idade, ocupação, submeter-se à recolha de impressões digitais e tirar uma fotografia, como acontece com todos os arguidos.

Últimas de Política Internacional

O coordenador nacional do Comité de Direitos Humanos do partido da oposição Vente Venezuela (VV), Orlando Moreno, exigiu a "libertação imediata" de Luis Palocz, ativista político detido há mais de cinco meses.
O ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Gideon Saar, agradeceu ao presidente norte-americano e ao seu Governo o veto único a uma resolução do Conselho de Segurança da ONU que permitia a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza.
Um tribunal russo condenou hoje um jovem com paralisia cerebral a 12 anos de prisão por alta traição por ter enviado 3.000 rublos (cerca de 33 euros) a um ucraniano, noticiou a plataforma independente Mediazona.
O ministro da Justiça francês lamentou hoje que as penas impostas a alguns dos detidos pelos graves distúrbios em Paris após a conquista do PSG da Liga dos Campeões "já não sejam proporcionais à violência” que o país vive.
A polícia húngara anunciou esta terça-feira (3 de junho) que proibiu a organização da “Marcha do Orgulho”, prevista para 28 de junho, na sequência da polémica lei que proíbe as manifestações LGBT+ com o argumento da proteção dos menores.
O parlamento da Polónia vai votar uma moção de confiança ao Governo no dia 11 de junho, após a vitória do candidato nacionalista da oposição, Karol Nawrocki, nas eleições presidenciais, anunciou hoje o primeiro-ministro polaco, Donald Tusk.
O primeiro-ministro dos Países Baixos, Dick Schoof, anunciou esta terça-feira a queda de todo o Governo, após a demissão dos cinco ministros ligados ao partido PVV, de Geert Wilders.
O líder do partido PVV dos Países Baixos, Geert Wilders, retirou hoje o partido da coligação governamental, devido a um desacordo sobre a imigração, abrindo caminho para eleições antecipadas.
O conservador Karol Nawrocki venceu a segunda volta das presidenciais de domingo na Polónia, com 50,89% dos votos, contra 49,11% do rival, o liberal Rafal Trzaskowski, após o escrutínio da totalidade dos votos, anunciou Comissão Eleitoral Nacional.
Os dois candidatos da segunda volta das eleições presidenciais na Polónia, hoje realizada, estão empatados, segundo uma sondagem à boca das urnas, que não permite antecipar um vencedor.